quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Carta Póstuma a Armindo Augusto de Abreu
Ponta Delgada, 05 de Novembro de 2012
Meu bom e querido amigo Armindo,
Eterna saudade.
Na imensa abóboda celeste, junto do Cruzeiro do Sul,
brilha intensamente mais uma estrela desde 13 de Outubro de 2012. Na eternidade,
a luz que sempre foste, continuará a iluminar a mente e o coração de todos que
na terra amaste e que te amam.
O nosso encontro deu-se graças à Web e não foi um
acaso… Pesquizava sobre a Globalização e detive-me num teu artigo, “O Sombra”,
no qual denuncias as origens obscuras de um Poder que vem há muito
estabelecendo uma Nova Ordem Internacional contra a soberania dos povos e
Nações. O texto, que li de um só fôlego, apesar de extenso, deu-me a chave para
compreender a raiz dos nossos problemas económicos e a partir dele, quis
conhecer-te. Mandei-te de imediato uma mensagem manifestando o meu apreço e o desejo
de manter correspondência contigo, ao que respondeste positivamente. Lembraste?
Isso ocorreu por volta de 1999. Nasceu assim a nossa amizade que se foi
cimentando ao longo do tempo com imenso proveito espiritual e intelectual
sobretudo para mim. Todavia sinto que, do muito que me deste, de que te estou
eternamente agradecido, haveria muito mais para me dares… Daí, perdoa-me o
egoísmo, sinto uma certa revolta por nos teres deixado… Tinhas tanto do teu
saber para nos dar…
Em Outubro de 2000, viajei ao nosso querido Rio, em
visita aos meus primos de Vila Isabel. Foi então a oportunidade sublime de te
conhecer pessoalmente. Na véspera liguei-te e tu marcaste o encontro junto a um
restaurante no Leme, cujo nome não retive. Não tinha qualquer ideia da tua
aparência. Fiquei por ali à espera, procurando adivinhar em cada transeunte a
tua pessoa. De repente, oiço atrás de mim alguém chamar-me pelo nome próprio,
familiarmente. Virei-me e vejo-te. De porte alto e forte, em traje desportivo, te
apresentaste com um sorriso afável de quem estende incondicionalmente a mão da
amizade. E assim foi, na verdade. Conduziste-me ao restaurante e numa mesa
apresentaste-me a outros dois teus amigos que aguardavam. Explicaste que não
gostavas de almoçar sozinho e quando se apresentava mais do que um conviva,
arranjavas um terceiro para não ficar a mesa com um número ímpar de comensais.
Achei piada. O almoço foi de luxo e foi, não tanto pela gastronomia, muita rica,
mas pelos convivas e pelas ideias trocadas. Ali se formou logo uma empatia de
confrades preocupados com o futuro do Mundo. Conversámos tanto que nos
esquecemos do tempo… Quase que pegava com o jantar. O gerente veio ter connosco
e nos disse delicadamente que apesar de estar na hora de encerrar o serviço, podíamos
continuar a nossa edificante cavaqueira sem problemas. A nossa confraria
despertou-lhe atenção… Em resposta, convidaste-o a participar, pois estávamos a
tentar resolver os momentosos problemas da Humanidade… Saímos e já na rua
comentaste o modo inteligente e gentil que o sujeito arranjou para se livrar de
nós. Aquele nosso primeiro encontro revelou logo ali o ser humano de excelência
que és.
Em Janeiro de 2005 vieste a Portugal com o teu filho
Gustavo, do qual falas sempre com muito carinho, sem esquecer da Bruna e da tua
Neyde, esposa dedicada. Foi a oportunidade para te mostrar um pouco de Lisboa e
arredores e de nos conhecermos melhor. Em dois dias, entre uma visita ao Castelo
de São Jorge, à Torre de Belém e à romântica Sintra, falámos de História, de
Política, de Religião e um pouco de nós mesmos. Eu te ouvi embebecido com o
manancial de conhecimentos que debitavas a cada momento. Uma autêntica
enciclopédia ambulante. Pensei com os meus botões. Em visita ao Palácio da
Pena, que se ergue na crista da Serra de Sintra, na Sala dos Brasões, apontaste
para o da família dos Abreus, que é o sobrenome que herdaste dos teus avós
paternos, e dele falaste com orgulho das tuas raízes portuguesas. Vislumbrei,
nesse momento mágico, alguma emoção nos teus olhos. Houve vários momentos
marcantes, tantos que tornariam esta minha carta demasiado longa… Mas o mais
significativo para mim foi o de alargares o meu horizonte político, na altura
ainda muito confinado aos estereótipos e dogmas da análise do Materialismo
Marxista. Embora já duvidasse da “bondade” de algumas propostas da Esquerda, foi
contigo que percebi quanto errada é a ideologia marxista-leninista, que havia
abraçado na juventude. Disseste-me nomeadamente que o Comunismo é uma canoa
furada… ou seja, um sonho irrealizável, uma ilusão criada para dar uma falsa
esperança ao povo sofrido, feita no interesse da Nova Ordem Mundial. Mais, que
Karl Marx nunca pôs em causa o Capital, apenas o queria sob a tutela de um
Estado Comunista, que a História veio a demonstrar que foi e é tão ou mais
explorador que o Capitalismo. A leitura do teu livro “O Poder Secreto”, uma
obra de grande estofo enciclopédico, no qual me honras ao incluir o meu nome
entre aqueles que de algum modo colaboraram contigo, compreendi com toda a
clareza o engano que representa o Comunismo. Foste tu que me abriste os olhos. Grato
por isso.
Em Maio de 2009, vieste a São Miguel visitar-me. Fui
ao Aeroporto buscar-te e eis a grande e generosa surpresa: trouxeste uma mala
cheia de exemplares de um pequeno livro que editaste, com a colaboração prestimosa
do teu amigo César Caldas, e que reproduz uma minha crónica, autobiográfica,
sob o título “O meu boné inglês”. Na mão e antes que te abraçasse, entregaste-me
um exemplar. Olhei-o e logo identifiquei do que se tratava… Tu sorridente e eu
emocionado abraçámo-nos. No caminho para o hotel, ainda emocionado, te disse
que mais uma vez o Brasil, tua Pátria e minha de adoção, na tua pessoa, gratificava-me
com a sua solicitude, solicitude tamanha que me deu inclusive uma mãe… Estranhei
que uns tempos antes me pedisses o reenvio da crónica e uma foto minha, mas
nunca me passou pela cabeça para que fim. Confiei simplesmente. Em boa hora o
fiz. Todavia criaste-me um problema: que fazer com 100 exemplares? Na ocasião
frequentava a Universidade Sénior de Ponta Delgada. Lembraste-me que deveria
começar por divulgá-lo entre os colegas. Assim foi. Tinha por aqueles dias a
apresentação de um trabalho de História sobre a migração açoriana para o Brasil
colonial. Convidei-te para assistir. No final, fiz a distribuição do livro,
depois de uma pequena introdução, informando que o mesmo se devia à tua
bondade. Pediste a palavra e em rasgados elogios promoveste-me a escritor.
Fiquei até um pouco desajeitado diante da turma… Mas face à tua insistência,
dei o facto por adquirido. Aliás, no prefácio, redigido magistralmente por ti,
já o fazes. Foi também a oportunidade para dares uma aula de Economia, tua
especialidade, na vertente da Moeda. Tiveste a oportunidade de esclarecer que a
Crise Financeira, que então já se vivia, era fundamentalmente um problema de
escassez de oferta de dinheiro, feita deliberadamente com o propósito político
de criar a dependência externa de financiamento. Os países ao se endividarem,
sujeitam-se a perder a sua soberania. Como tens razão! Passados dois anos,
Portugal é obrigado a aceitar um acordo de resgate financeiro de 78 mil milhões
de Euros, patrocinado pela chamada Troika (FMI, BCE e União Europeia). No bojo
dessa “ajuda envenenada”, além da exigência da redução drástica das despesas
sociais, está prevista a privatização de várias empresas públicas, entre elas a
TAP, tua bem conhecida. Na oportunidade tiveste ocasião de declarar que podemos
provavelmente voltar às trocas diretas, o que suscitou algum burburinho na
assistência. A esta altura te posso dizer, que já estivemos mais longe disso
acontecer… Por estes dias foi noticiado que numa vila grega, o povo resolver
abandonar o Euro e efetuar a troca de mercadorias e serviços por uma moeda
local.
Em Junho de 2010, preocupado com a minha saúde, brindaste-me
com nova visita. Tinha passado pouco tempo sobre a intervenção cirúrgica que
tive que fazer. Havia sido diagnosticado um princípio de câncer na próstata.
Felizmente, além da Prostatectomia Radical, não houve mais consequências. Desta
feita, aproveitando o facto de seres um Economista não-alinhado com a ideologia
dos mercados financeiros, propus-te vários eventos. Começaste com uma palestra
subordinada ao tema: “A Crise e a Moeda”, que foi realizada no anfiteatro do
Centro Cultural de Santa Clara, Ponta Delgada, minha cidade natal.
Infelizmente, não conseguimos encher a sala. A divulgação a cargo da
Universidade Sénior de Ponta Delgada não foi eficaz. Contudo os que
compareceram foram brindados com uma verdadeira aula de Economia e História. Durante
a tua intervenção, apoiada por um Power Point bem organizado, a tua figura se
agigantava à medida que expunhas o tema, fazendo-o de modo claro e convicto.
Começaste por esclarecer que os Bancos Centrais Nacionais só o são no nome. O
caso do FED é a esse respeito emblemático. Trata-se de um banco central privado
e independente do Estado que congrega os interesses de 12 bancos regionais americanos,
aprovado pelo Congresso na madrugada da véspera do Natal de 1913, aproveitando
a ausência da maioria esmagadora dos Senadores que já se encontravam no gozo
das férias natalícias. Desde essa data o Governo americano ficou refém do FED,
hipotecando os impostos futuros como garantia da emissão de moeda, que o mesmo
é dizer, submetendo para sempre os USA aos interesses privados do cartel
bancário. A seguir, desmontaste, um após outro, os lugares comuns que se tem da
moeda, demonstrando que o dinheiro que atualmente usamos não passa de “papel
pintado”, sem valor intrínseco. Acrescentaste que o Acordo de Bretton Woods,
feito logo após a II Grande Guerra, matou o último resquício de dinheiro com
lastro em ouro e permitiu que o dólar assumisse o papel de moeda de referência
para as trocas comerciais internacionais, com evidente vantagem para o cartel
bancário privado. Voltaste a referir, como já tinhas feito no ano anterior, que
o problema fundamental da Crise era o de ter gerado uma escassez de moeda. No caso
de Portugal, a situação era mais grave pelo facto de não poder emitir moeda
própria, pelo que a saída do Euro iria pôr-se mais cedo, ou mais tarde. Como
tens razão, meu querido amigo! São cada vez mais aqueles que concluem que a
adesão ao Euro foi um mau negócio para o país, havendo quem defenda o regresso
ao Escudo. Deste entretanto uma entrevista à Rádio Atlântica onde tiveste
oportunidade de referir que a Crise tinha também a ver com o Relativismo Moral
que grassa no Ocidente, que ao repudiar o Cristianismo, em particular o
Catolicismo, abriu a caixa de pandora. Esta tua reflexão causou ao jornalista
uma certa surpresa, levando-o a questionar o que é que a Economia tinha que ver
com a Religião. Esclareceste o jovem jornalista que quando não existe uma
hierarquização dos valores morais, fundada na nossa matriz cultural Judaico-cristã,
e estes são utilizados ou ignorados conforme os interesses a cada momento, tudo
é permitido e até legitimado. Daí que quando se especula em Wall Street não se
pensa no mal que se pode fazer a terceiros, mas apenas no lucro pessoal e de
grupo. Acrescentaste, como exemplo, que nas vésperas do Crash de 1929, os
especialistas negavam qualquer hipótese de crise, tal como as agências de
rating o fizeram em relação à atual Crise Financeira. Mantiveram a máxima
classificação do Banco Lehman Brothers até à véspera da sua falência, em
Setembro de 2008, facto que provocou a falência geral dos mercados financeiros.
Ainda tiveste tempo de dar uma entrevista ao semanário Terra Nostra de São
Miguel. A jornalista muito se esforçou para compreender a matéria que
procuravas esclarecer. O texto publicado reflete o pouco conhecimento dela
sobre o mecanismo dos mercados financeiros, de como atuam, nomeadamente de como
fazem dinheiro do nada... Mas deu para transmitir as ideias fundamentais do teu
pensamento acerca da Crise Financeira. Em passeio à Freguesia das Furnas, um
dos lugares mais emblemáticos dos Açores, onde se observa uma atividade
vulcânica residual através de fumarolas de caldeiras de água fervente com forte
odor a enxofre, facto que te deixou maravilhado, tivemos um encontro inusitado
com o Presidente de Portugal, que se encontrava em férias particulares a São
Miguel. Embora não tenha simpatias pelo Dr. Cavaco Silva, dirigi-me a ele e
apresentei-te Gentilmente cumprimentou-te e perguntou como estava o Presidente
Lula da Silva. Tu respondeste diplomaticamente que o “Lula está bom de saúde,
mas não o recomendo…” Cavaco Silva acusou a ironia com um ligeiro sorriso e sem
comentários. Foi também a oportunidade de me pores em contacto telefónico com a
tua esposa, Dª. Neyde, de quem sempre falavas com muito carinho e admiração.
Passaste-me o telemóvel e do outro lado, uma voz suave fez-me lembrar a minha
querida mãe adotiva, o que me emocionou. Nas vésperas de regressares, pediste-me
para te levar a uma loja de eletrodomésticos. Fiquei surpreendido… Disse-te que
se pretendias comprar algum equipamento para levar para o Brasil, ficava-te
mais barato fazê-lo em Lisboa. Delicadamente, esclareceste-me que apenas
querias ver um aparelho para comprá-lo mais tarde no Rio. Lá fomos a uma grande
superfície. Na secção de televisores tipo plasma, depois de conversar com o
lojista sobre as características técnicas de um aparelho, perguntaste-me se
gostaria de ver a Copa do Mundo num ecrã de 37”. “Não era nada mau, mas neste
momento não tenho condições de o comprar”, disse-te um pouco desconfiado… “Não
seja por isso. Ofereço-te com todo o gosto”, respondeste-me com largo sorriso.
“Não posso aceitar. Basta-me a tua amizade”, reagi. “Se não aceitas, também não
és merecedor da minha amizade”. Encostaste-me à parede e não tive outro remédio
se não aceitar mais uma prova da tua generosidade e amizade. No dia seguinte
assistimos com a minha família à abertura da Copa da África do Sul.
Dois dias depois, partiste para Lisboa. No Aeroporto
despedimo-nos com a esperança de nos voltarmos a ver em breve. Em breve, porque
querias dar a conhecer as belezas dos Açores à tua Neyde, inclusive planeavas
comprar um pequeno apartamento para passar cá as vossas férias.
Mal sabíamos que aquele seria o nosso último adeus.
Até sempre querido amigo Armindo Augusto de Abreu!
Artur Rosa Teixeira
Artur Teixeira, José Melo e Armindo Abreu, em 2010
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
ADEUS AO NOSSO AMIGO
Com imensa tristeza transmito a notícia sobre o falecimento do nosso amigo ARMINDO AUGUSTO DE ABREU, ocorrido no dia 13 de outubro, em Itaipava- RJ.
MISSA DE 7º DIA
21/10/2012, 09 HORAS
PARÓQUIA SANTA MARGARIDA MARIA RUA FREI SOLANO 23 , LAGOA,RJ.
Postado por Cesar Caldascesarcaldas@globo.com
terça-feira, 9 de outubro de 2012
HOMENS DE CARÁTER ILIBADO...
De: cesarasa@terra.com.br [mailto:cesarasa@terra.com.br]
Enviada em: sábado, 6 de outubro de 2012 12:27
Assunto: Fw: A Melhor Profissão do Mundo
Enviada em: sábado, 6 de outubro de 2012 12:27
Assunto: Fw: A Melhor Profissão do Mundo
Repassando a matéria de autoria do próprio neto do Marechal, o Coronel de Art. Roberto S. Mascarenhas de Morais, este, meu amigo e colega de Turma do CMRJ 53-59, aluno 1463.
Quando éramos do CM ele, o Roberto Mascarenhas, vivia na casa de seu avô, o Marechal Mascarenhas e por algumas vezes estudávamos juntos e sempre que prolongávamos nossa virada nos estudos, era convidado a participar do jantar em família e com isto mantínhamos um diálogo sempre proveitoso com o Marechal que me passava sempre uma atitude de um Homem sério, família e que tinha um profundo amor ao seu Exército....
Esta pois foi a lembrança que guardo daquele senhor, militar, que sempre jantava de terno e gravata, profundamente formal. Um homem da antiga que embora profundamente educado denotava atitude firme, educada e amiga. Um verdadeiro Chefe de Família e um vibrante Chefe Militar.
Ao Roberto, o meu abraço amigo. Cesar A.
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terça-feira, 18 de setembro de 2012
Quem disse que não há alternativa?
Ponta Delgada, 17 de Setembro de 2012
Quem
disse que não há alternativa?
Alguns “Opinion
Makers” fazem da “inevitabilidade” uma espécie de bloqueador psicológico que
impede o debate sobre possíveis soluções para debelar a Crise Financeira, fora
do cânone estabelecido. Evitando falar dos responsáveis e das causas que a
provocaram, apresentam-na invariavelmente como um fenómeno cíclico, natural no
contexto do sistema da Economia de Mercado. E não é bem assim. Trata-se na
verdade de um PROCESSO para alcançar objetivos antecipadamente planeados, quer
no plano Económico, quer no Político.
A Politica de
Austeridade que vem sendo adotada, sob o pretexto de termos de honrar “custe o
que custar” o “Memorando da Troika”, tem marca registada. Trata-se da receita
de Milton Friedman, pai do Neoliberalismo. Para este Economista que fez escola
em Chicago, a “liberdade” dos mercados (leia-se, desregulação) está acima de
tudo é a pedra de toque do Crescimento Económico, que não significa
necessariamente Desenvolvimento Social. Há países com uma alta taxa de
crescimento e, no entanto, o povo continua a viver na miséria… Veja-se, por
exemplo, os casos da China, da India e de Angola.
Para os boys de
Chicago, que em nossa praça “são mais que as moscas”, os Governos devem
desmontar o Estado Social, para criar oportunidades de negócio ao Capital
Privado, e desaparecer… É o tal Estado mínimo… Todavia, sempre que haja uma
crise sistémica, como agora aconteceu, deve socorrer incondicionalmente os
mercados… nem que a vaca tussa...
Paul Krugman, Economista
norte-americano laureado com o Nobel da Economia de 2008, na sua mais recente
obra, “Acabem com esta Crise, já!”, aponta o caminho oposto ao que os nossos
Governantes têm seguido. Defende uma espécie de New Deal para acabar com a
Recessão Económica, sublinhando que os atuais Decisores Políticos muito
ganhariam se aprendessem com as lições do Passado, nomeadamente no que se
refere ao Crash de Wall Street, em 1929.
Uma das causas
que está na origem da Crise Financeira iniciada em 2008, foi sem dúvida permitir-se
que os “Mercados Financeiros” voltassem a funcionar à rédea solta… tal como
aconteceu até às vésperas da Grande Depressão de 1929, nos USA. A supervisão
dos Bancos Centrais e as Agências de Regulação foram ineficazes face à
especulação criativa dos Bancos de Investimento, em que se destacou, por
exemplo, um Goldman Sachs, e os Governos, por sua vez, confiados na autorregulação
da “mãozinha invisível” de Adam Smith, descansaram na espreguiçadeira do
Neoliberalismo… E foi o que deu… E ninguém nos tira da cabeça o carácter
proposital da crise…
Duas medidas
fundamentais Paul Krugman defende para acabar com a Crise: emissão de moeda e investimento público. Afinal as mesmas que o Presidente
Franklin Delano Roosevelt adotou, na sequência da Grande Depressão, visando o reaquecimento
da Economia Real e a redução do desemprego, que se havia tornado numa chaga
social. Curiosa a noticia recentemente divulgada de que o FED vai rodar a
rotativa para lançar no mercado mais umas boas pazadas de dólares… O BCE
continua a este respeito com hesitações… Veja-se os casos da Espanha e da
Itália. Primeiro têm que formalizar um Pedido de Resgate e só depois recebem o
dinheirinho… Ou seja, não haverá pão de milho para ninguém sem sujeição
política… E viva o Euro!
A raiz dos
nossos problemas reside de facto na insuficiência de oferta monetária, criada desde
a adesão ao Euro. Estando o Estado Português inibido de emitir moeda própria,
só pode financiar-se, através de empréstimos sob a forma de Títulos de Dívida
Pública, ou, como agora, através de um Resgate Financeiro sob o patrocínio da
Troika, o que implica sujeição política e económica, com os desdobramentos
sociais gravosos que estamos a viver.
Devido sobretudo
à perda de Capital Fixo e à Corrupção instalada, a Economia Portuguesa não
consegue produzir suficientes recursos, nem os produzirá enquanto se prosseguir
numa Austeridade que promove Recessão. O País, a continuar neste empobrecimento
deliberado, vai carecer cada vez mais de financiamento externo, inclusive para
pagar juros vencidos, como já acontece.
Por outro lado,
a continuada falta de dinheiro no bolso do cidadão reduz o consumo. A falta de
procura expectável leva os operadores económicos a reduzir a produção. As
empresas são então obrigadas a reduzir ou mesmo encerrar a sua atividade com o
consequente despedimento de pessoal. O desemprego por sua vez aumenta a despesa
pública na componente social e gera simultaneamente uma perda de receitas sobre
os rendimentos do Trabalho e do Capital. Até o IVA é afetado… Em consequência,
as perdas financeiras e sociais entrelaçam-se e interagem numa espiral
recessiva crescente… Para inverter este processo destrutivo, torna-se
indispensável uma rutura com o Sistema que as produziu…
Parece-nos pois
que está na hora de se rever a questão da Moeda, sem complexos e sem medos, e
dar um basta no Agiotismo dos “Mercados Financeiros”, capitaneados pela Troika.
Portugal precisa de readquirir a sua Autonomia Financeira, sem a qual não
haverá Crescimento Económico e sem este, não é possível honrar a Dívida
Soberana. Venha um Governo que tenha a coragem de o fazer. O Povo na rua, no
passado dia 15 de Setembro, deu o sinal… De que estão à espera?
Artur Rosa
Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.pt)
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
BOSÃO DE HIGGS, PARTÍCULA DE DEUS?
Algumas barbearias nos Açores ainda são à moda antiga…
Continuam a ser locais privilegiados para um bom “bate boca”. Nos nossos dias
porém, a conversa não se fica pela coscuvilhice de aldeia. Vai mais longe… A
notícia da “Partícula de Deus”, descoberta pelo mega laboratório do CERN
(Conselho Europeu para a pesquisa nuclear), sujeita ainda a confirmação,
anunciada com algum alarde pela “mídia”, tem convocado o interesse até do homem
comum, embora nestes dias de Crise a sua atenção se volte mais para a falta de
dinheiro no orçamento familiar. Tanto assim, que o tema teve que ser
“dissecado” na última vez que fomos ao barbeiro. Um dos fregueses, homem de
avançada idade, mas sem evidências de senilidade, camponês, diante de tanta
controvérsia levantou a voz e declarou: “É mais fácil mudar o Oceano para outro
lugar que a Ciência alguma vez possa descobrir o mistério da Criação”. Esta
afirmação, aparentemente absurda, revela no entanto a inutilidade de uma
investigação científica orientada para negar a existência de um Deus Criador.
Dá-se o caso que o autor da “teoria do bosão”, Peter
Higgs, ateu confesso, não gosta que chamem à sua partícula de “Partícula de
Deus”. Ele pelo menos é coerente… A formulação teórica da sua tese, que surgiu
em 1964, tem por objetivo último demonstrar que na criação do Cosmos não houve
qualquer intervenção de uma entidade exterior à matéria. Em consequência, uma
designação que inclua Deus, além de contraditória, pode ser tomada como uma
ofensa à Religião, como oportunamente ele manifestou.
Inicialmente a hipótese do cientista britânico, chamou-se
de “Partícula Maldita”. Os círculos académicos assim a chamaram devido à
impossibilidade de confirmar a sua existência em laboratório, atendendo aos
meios técnicos da época. Quando em 1993, outro cientista, Leon Lederman,
norte-americano, nobel da física, quis levar ao prelo um livro sobre o tema, o
editor exigiu que o título fosse “Partícula de Deus”. Razões de marketing
falaram mais alto. É que, uma obra científica polémica com “Deus” metido no
meio, num mercado onde o debate entre Religião e Ciência está presente desde o
Século XIX, tem com certeza sucesso de vendas garantido.
Uma parte da Ciência não está apenas preocupada em
explicar o Universo, mas encontrar uma formulação teórica que demonstre
definitivamente que na origem do Cosmos não houve qualquer intervenção
independente e exterior à Criação. Tal objetivo é perseguido em alguns meios
académicos com verdadeira obsessão preconceituosa contra a Religião em geral e
o Cristianismo em particular. Chegam a ser ridículos alguns argumentos… Há
tempos um professor de biologia da Universidade dos Açores, por exemplo, em entrevista
à Antena I, justificou o seu Ateísmo no facto de nunca ter observado Deus ao
visionar uma molécula no microscópio… Pena que não tivesse havido o
contraditório… Também não vemos a eletricidade, o vento, e contudo, pelos seus
efeitos, não podemos negar a sua existência. O problema é que se está a
confundir Deus, “Causa Primeira”, no dizer de Hathaway, pai do cérebro
eletrónico, com uma imagem antropológica de Deus. Enquanto esta tem perfeito
cabimento no âmbito da Fé, atendendo ao atual estádio da evolução da
Humanidade, não o tem quando se transporta para o mundo da Ciência. Com efeito,
negar-se a sua existência como “princípio axiomático de todas as coisas”
está-se a negar a “Causa Primeira”, sendo que em boa lógica ninguém pode negar
o que não existe… Se não existe, para quê e como negar?
Quando se investiga a História da Ciência, sobretudo a
partir da Renascença, ao contrário do que se pretende fazer crer, as grandes
figuras se afirmam como homens de Fé. De Kepler a Einstein, passando por
Newton, Ampere e Edison, a lista é extensa, todos afirmam crer em um Deus
Criador. A Teoria da Evolução tantas vezes convocada para contraditar a visão
bíblica criacionista do mundo, fez com que o seu autor, Charles Darwin, tivesse
que declarar que “Jamais neguei a
existência de Deus. Penso que a Teoria da Evolução é totalmente compatível com
a Fé em Deus. O argumento máximo da existência de Deus parece-me residir na
impossibilidade de demonstrar e compreender que o Universo imenso, sublime
sobre toda a medida, e o homem tenham sido fruto do acaso”.
Considerar o Bosão de Higgs uma partícula de Deus,
além de abusivo, não é mais que uma tentativa de reduzir o Divino ao domínio da
investigação científica, como se se tratasse de matéria. “A Deus o que é de
Deus, a César o que é de César”… que o mesmo é dizer: aos homens o que é dos
homens.
Artur Rosa Teixeira
sábado, 9 de junho de 2012
SE CORRER O BICHO PEGA... SE FICAR O BICHO COME...
Ponta Delgada, 30 de Maio de 2012
“Se
ficar, o bicho come; se correr, o bicho pega…”
Os brasileiros
têm destas coisas… Em poucas palavras são capazes de caracterizar uma situação
complexa. A expressão que escolhemos para título deste artigo é exemplo disso e
aplica-se que nem uma luva ao “beco sem saída” para o qual os portugueses estão
a ser empurrados…
Os europeístas
têm vindo a insistir na necessidade imperiosa de transformar a União Europeia
num Estado Federado, com efetiva unidade politica e económica. Tal é
apresentado como a única solução para atual crise financeira e económica que
grassa na Europa. O abandono do Euro, segundo eles, será o caos… Será uma
espécie de Tragédia Grega…
Na verdade, em
boa parte os Estados membros da União Europeia já perderam uma parcela substancial
da sua soberania. Ao aderirem a uma moeda única, o Euro, abdicaram do ato
soberano de cunhar moeda própria e logo perderam a sua independência financeira
e económica. A retórica europeísta contudo chama-lhe de “soberania partilhada”
que é para não espantar o Zé Povinho. É que assim até parece que vamos ter
alguma voz na matéria… que podemos dizer aos nossos parceiros alemães e
franceses, “alto lá parem o baile” que também mandamos… Ledo engano!
Sem moeda, não
existe Comércio e sem este, não existe Economia que proporcione
Desenvolvimento, ou seja, que possa satisfazer as expectativas de Progresso
Social de uma Sociedade. Por sua vez, sem moeda própria, nenhuma Economia é
verdadeiramente autónoma, nem mesmo as mais fortes, e logo, do ponto de vista
político, um País, nessas circunstâncias, está condenado a desaparecer como
entidade independente. Tal facto contudo acentua-se nas economias mais débeis,
como acontece com os países da Europa periférica, que têm Balanças Comerciais
deficitárias. Pelo contrário, aqueles que apresentam robustez económica, porque
já a tinham antes da moeda única, a “Soberania Partilhada” não lhes faz mossa…
Em grande parte até lhes trás vantagens, uma vez que a sua Balança Comercial é
positiva, ou seja exportam mais do que importam. E é positiva, em grande parte,
graças às exportações para os ditos “periféricos”. Eis porque vemos uma
Alemanha e até uma França mandarem bitaites aos pequenos mal comportados da
Zona Euro… como se já fossem os donos do pedaço…
Claro que a
falta de Independência Financeira e Económica condiciona a vida política de um
país. Embora se diga que o Centro do Poder resida no povo, a verdade é que só
formalmente isso é verdade. Nas grandes decisões o cidadão não somente não toma
parte, como estas são-lhe apresentadas como facto consumado. São previamente
tomadas pelos que comandam o Sistema Financeiro Internacional e ao eleitor
apenas cabe escolher o que está já escolhido ou, quando não, escolher entre
viver ou morrer… Daí que estejamos entre dois males, continuar ou sair do Euro.
Qual deles o menor? Falta saber…
Repare o leitor que a mudança da moeda não foi
apenas um expediente meramente técnico, justificado pela existência de um
mercado comum, exigindo a simplificação nas trocas comerciais. Implicou e
implica uma alteração política significativa que passou despercebida aos olhos
da maioria da população. Quem tem a faculdade exclusiva de produzir um bem
universal como é a moeda, tão indispensável à Economia de um País, tem também o
Poder Politico de ditar e condicionar a vida dos cidadãos. Daí a interferência
cada vez maior de Organizações Extranacionais, às vezes em coisas tão
irrisórias como as dimensões de uma gaiola para o transporte de galinhas… por
exemplo.
O BCE não é apenas o banco emissor do Euro.
Compete-lhe zelar pelos interesses de todo o Sistema Financeiro e Bancário da
União Europeia, de modo a manter a sua integridade sistémica. Veja-se que,
graças a tratados leoninos como o de Maastricht e o de Lisboa, subscritos nas
costas do povo, os bancos compram dinheiro ao Banco Central pela bagatela de 1%
a 1,5% e vendem-no aos Estados Membros por 5%, no mínimo, estando estes
proibidos não só de emitir moeda, mas também de aceder diretamente àquele
crédito. Por outro lado, o BCE, que é na verdade um banco central privado, não
tão independente com se julga, atua concertadamente com outros centros
congéneres, a começar pelo BIS, o banco dos bancos centrais, o Fed e a City
Londrina, etc. Tal significa que o Sistema funciona em rede, com as diferentes
partes solidárias entre si, garantindo que o Crédito e a Produção de Moeda não
ponham em causa a sobrevivência do Capital Financeiro Internacional. Daí o seu
funcionamento praticamente em “cartel”.
O crédito
bancário substituiu a moeda nacional com vantagem evidente para o Sistema
Financeiro e Bancário Internacional. Graças à Reserva Fracionária, os bancos
podem emitir moeda fictícia, sem qualquer lastro, e emprestá-la aos Países a
juros, por vezes, extrusivos. Em caso de rutura financeira, por excesso de
ativos podres ou má gestão, os bancos podem sempre contar com o Banco Central
ou o Estado para lhes injetar liquidez. Na sequência do Crash do imobiliário
norte-americano, em 2008, houve de imediato uma injeção de liquidez na banca
internacional, garantida em primeiro lugar pelos Estados e em segundo, pelos
bancos centrais dos USA e da Europa, algo que teve contornos de escândalo, mas
poucos comentadores salientaram esse facto. Veja-se o que se passou com a
“nacionalização” do BPN, onde o Estado português gastou milhões, para depois o
vender por tostões… Veja-se que no acordo com a Troika está inscrita uma
avultada verba, 12 mil milhões de Euros, para socorrer os bancos,
obrigatoriamente garantida pelo Estado Português, tal como se fosse um fiador…
Mais, o Estado vai comprar “papéis” (ações) dos bancos em dificuldade
financeira, mas não terá voto na matéria, mesmo que a sua participação seja
superior a 50%... Ora toma, que é democrático! Nenhuma outra atividade
económica, como o sector bancário, é tão protegida, o que contradiz a essência
do próprio Capitalismo, que pressupõe riscos e concorrência. Dá que pensar, não
dá?
A criação do Euro teve contornos heglianos, como aliás tudo que se relaciona
com a integração europeia. O facto das grandes decisões terem sido tomadas sem
qualquer referendo, embora este tenha sido prometido, justifica a nossa
opinião. É que nestas coisas que mexem com o destino dos povos, convém que não
se abra o jogo e se adoce a pilula com um bom argumento ou engodo… para que os
objetivos ocultos da Elite Global possam ser atingidos, se possível com a
colaboração das próprias vítimas… Noam Chomsky, filósofo e escritor canadiano,
nas suas "Visões Alternativas”, descreve com clareza a fórmula que leva os
povos a aceitar o engano: “Criam-se os
problemas e depois oferecem-se as soluções. Este método também é chamado de
problema→reação→solução. Cria-se um problema, uma "situação” prevista para
causar certa reação no público, a fim de que este se torne "suplicante” das
medidas que se deseja implantar.” Não admira pois que muita gente entenda
que o melhor mesmo é entregarmos Portugal…
Mesmo agora, com a Crise do Euro, insiste-se numa
via enganosa, para que o cidadão comum aceite a Austeridade como absolutamente
necessária, passageira, ainda que não se diga quando termina. Aceite-a como uma
necessidade imperiosa para salvar a Pátria… Vamos ter de facto que atravessar o
deserto, mas não por essa razão, mas para salvar o Sistema Financeiro e Bancário
dos papeis podres que gerou com a especulação financeira elevada à
estratosfera. Os nossos governantes quando insistem no pagamento da Dívida
Soberana já… nada mais estão a fazer que ir ao encontro desses interesses. Os
bancos têm pressa de repor o que perderam… e por isso precisam do dinheiro vivo
dos impostos… retirados ao Trabalho.
A trama contra a independência dos povos não seria
possível se não contasse com apoios internos, uns atuando consciente e
objetivamente, outros, como “idiotas felizes”, acreditando na “bondade” do processo
de Desconstrução Nacional, todos porém, vivem na expectativa de vantagens
pessoais. Veja-se que os do primeiro tipo, quando completam o seu mandato, têm
tido à sua espera bons cargos em entidades internacionais controladas pela
Elite Global, enquanto os do segundo tipo, ficam a ver navios… Pudera, estes
são a sua massa de manobra, que, como “operárias” de um formigueiro, morrem após
a conclusão da sua tarefa…
Ocorreu previamente em Portugal um trabalho de sapa
pela mão de governantes apátridas, alguns ainda no Poder, e de gentinha sem
escrúpulos, que levou à destruição de sectores económicos fundamentais, que a
existirem permitiram enfrentar a Crise em melhores condições. Desde logo, tal
facto aumentou o défice da nossa Balança Comercial, gerando uma maior
dependência de importação de bens e produtos, o que apenas favoreceu e favorece
as potências económicas da Zona Euro, já que é delas que vem muita coisa que
comemos e bebemos, além de originar uma sistemática falta de dinheiro no
mercado interno. Houve portanto uma política “deliberada” de desmantelamento
das bases da nossa Economia, feita em nome de uma pseudomodernização do Capital
Fixo existente. Muitas atividades foram abandonadas sob o influxo dos Fundos
Estruturais da CEE que pressupunham o abate das estruturas e meios produtivos
existentes que convinham destruir para dar lugar, como deu, à entrada maciça de
bens, produtos e equipamentos, com vantagem óbvia para os fornecedores
estrangeiros e distribuidores nacionais.
Claro que para chegarmos aqui, houve internamente muito
laxismo político. Dizemos até, muita corrupção de princípios e valores. Os
governos promotores da integração europeia escamotearem as consequências
negativas da adesão à CEE e esconderam o lado comprometedor dos tratados que
subscreveram. Apenas viram o dinheiro a entrar a rodo… Parte entrou diretamente
nos bolsos de alguns… Ninguém cuidou de informar do preço que haveríamos de
pagar por tanta “bondade” europeia, que se traduziu pela perda de autonomia
Financeira e Económica. Como diz o outro, não há jantares de borla…
Por outro lado, os governantes, de um modo geral,
foram incompetentes na gestão dos recursos financeiros colocados à sua
disposição, esbanjando-os em investimentos que mais das vezes serviram
interesses privados, invés de servir o bem geral do país. Veja-se o caso das
Parcerias Públicas Privadas (PPPs), com contratos leoninos a favor dos
concessionários, sobrecarregando o erário público por várias décadas, e o
financiamento de Fundações, cujo objeto social e cultural é, do ponto de vista
do interesse público, duvidoso, sobretudo quando existem carências sociais que
ficam de fora do Orçamento de Estado ou são insuficientemente financiadas.
Obviamente este estado de coisas, já de si representando a corrupção das
verdadeiras preocupações de um Estado de Direito, indicia que muito dinheiro
público tem sido abusivamente desviado para pagar comissões e bónus em troca da
adjudicação de contractos públicos altamente vantajosos para os privados.
Ao mesmo tempo que se afirma que a austeridade é
absolutamente necessária para sair da crise e que até pode ser necessário fazer
mais sacrifícios, diz-se que se assim não fosse, seria pior… Mas com o
desemprego a atingir perigosamente um milhão de trabalhadores e a fome a rondar
a mesa de milhares de famílias, temos dúvidas se a solução contrária não seria
menos penosa, ou seja, o abandono do Euro e o regresso ao Escudo. Sacrifício
por sacrifício, preferíamos fazê-lo por uma causa maior, a recuperação da
Soberania Nacional. Pelo menos sabíamos que no final da linha, os portugueses
voltariam a ser “donos do seu nariz”. Como as coisas estão, temos a certeza que
chegaremos ao fim mais pobres e mais dependentes dos “mercados”, essa entidade
abstrata e difusa através da qual a Elite Global manobra para alcançar o seu
objetivo final da criação de um Estado Global e Totalitário à escala do
Planeta, de que a União Europeia é uma espécie de ensaio.
Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.com)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
OS PROCEDIMENTOS NAZISTAS SE REPETEM COM OS RADICAIS DO PT
Levante, nazismo e "esculachos"
Posted: 18 May 2012 04:48 PM PDT
A perseguição aos judeus na Alemanha iniciou-se efetivamente no ano de 1933. Em 1º de abril, pouco depois de subir ao poder, Adolf Hitler decretou um boicote oficial a todos os comércios – mercearias, joalherias, armazéns, bancos, dentre outros – que pertencessem a famílias judias. A tropa de choque do partido nazista, a Sturmabteilung, pichava a palavra Juden (“judeu”, em alemão) nas vitrinas das lojas, e muitos membros da SA ficavam parados diante dos estabelecimentos comerciais de judeus ostentando cartazes com os dizeres: Deutsche! Wehrt Euch! Kauft nicht bei Juden! (“Alemães! Defendam-se! Não comprem de judeus!”). Com o tempo, passou-se a pichar as palavras Achtung. Juden. (“Atenção. Judeu.”) nas portas dos prédios, nos muros das residências e nas calçadas diante das moradias de famílias judias.
Os judeus eram considerados Untermensch (subumanos) por fazerem parte de uma raça inferior. Assim, eram alvo de toda sorte de perseguições, e, como se sabe, cerca de 6 milhões deles foram exterminados nos campos de concentração da Alemanha nazista – campos que, aliás, foram construídos com apoio logístico, financeiro e militar do governo soviético. As imagens são chocantes, realmente. Esses atos de vandalismo e de ódio, frutos da eficientíssima propaganda nazista, parecem hoje uma insanidade intolerável àqueles que possuem um mínimo de noção do que significa decência, liberdade e honradez. No entanto, mais de meio século depois das atrocidades cometidas contra os judeus na Alemanha, vemos hoje o mesmo modus operandi, a mesma organização e a mesma lógica de superioridade no Brasil.
Estão vendo as fotos acima? As pichações foram providenciadas pelo Levante Popular da Juventude em ações que estão sendo conhecidas como “esculachos” ou “escrachos” – verdadeiros pogroms morais. O objetivo dos “esculachos” é denunciar publicamente supostos torturadores da “ditadura” militar e seus cúmplices, atraindo a atenção da opinião pública através de pichações, manifestações e encenações de toda sorte. Assim como a Sturmabteilung, o Levante é movido pelos mais puros sentimentos de superioridade, que, ao invés do cunho racial dado pelos nazistas, possui fulcro político-moral. Tal qual a propaganda nazista levava a crer que os judeus eram perigosos e perniciosos somente por serem judeus, o Levante é movido pela propaganda comunista brasileira que, até hoje, esforça-se por mostrar que aqueles que foram agentes de Estado durante o regime militar são maus apenas por terem trabalhado para o Estado. As acusações de tortura, sequestro e desaparecimento que a tropa de choque do Levante utiliza são baseadas tão-somente na palavra das supostas vítimas – que, devemos lembrar, basearam sua ação armada na construção de uma bem concertada rede de divulgação de mentiras elaboradas com o intuito de minar a credibilidade dos militares. O que estarrece nessa situação toda é que a agressividade dessa escumalha comunofascista é recebida com loas e louros pela imprensa. Paulo Henrique Amorim, membro honorário do JEG (Jornalistas Empregados pelo Governo) e da BESTA (Blogosfera Estatal), não se cansa de divulgar e apoiar em seu site as ações da trupe esquerdóide. Marcelo Rubens Paiva chegou mesmo a agradecer ao Levante pelos “esculachos” em seu blog, no site do jornal O Estado de S. Paulo: “Bacana. Criativo. Justo. Obrigado, garotada.” Para o Levante, pouco importa se realmente essas pessoas cometeram os crimes que eles as acusam de ter cometido. Isso é somente secundário: é irrelevante. Assim como era irrelevante para os nazistas se os judeus eram, de fato, uma ameaça ou uma “raça inferior”. O que importa é a prática do ódio, o reforço da propaganda, o achincalhamento público. Não interessa ao Levante que os supostos crimes sejam apurados e que a verdade venha à tona: o objetivo mesmo é constranger, humilhar; é fazer com que em torno dessas pessoas se forme um perímetro de ostracismo moral e social. E a verdade? Como diria o pusilânime e relativista Pôncio Pilatos em “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson: Quid est veritas? O que é a verdade? Pelo visto, a resposta que mais apetece a essa gangue foi dada por Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”
Os judeus eram considerados Untermensch (subumanos) por fazerem parte de uma raça inferior. Assim, eram alvo de toda sorte de perseguições, e, como se sabe, cerca de 6 milhões deles foram exterminados nos campos de concentração da Alemanha nazista – campos que, aliás, foram construídos com apoio logístico, financeiro e militar do governo soviético. As imagens são chocantes, realmente. Esses atos de vandalismo e de ódio, frutos da eficientíssima propaganda nazista, parecem hoje uma insanidade intolerável àqueles que possuem um mínimo de noção do que significa decência, liberdade e honradez. No entanto, mais de meio século depois das atrocidades cometidas contra os judeus na Alemanha, vemos hoje o mesmo modus operandi, a mesma organização e a mesma lógica de superioridade no Brasil.
Estão vendo as fotos acima? As pichações foram providenciadas pelo Levante Popular da Juventude em ações que estão sendo conhecidas como “esculachos” ou “escrachos” – verdadeiros pogroms morais. O objetivo dos “esculachos” é denunciar publicamente supostos torturadores da “ditadura” militar e seus cúmplices, atraindo a atenção da opinião pública através de pichações, manifestações e encenações de toda sorte. Assim como a Sturmabteilung, o Levante é movido pelos mais puros sentimentos de superioridade, que, ao invés do cunho racial dado pelos nazistas, possui fulcro político-moral. Tal qual a propaganda nazista levava a crer que os judeus eram perigosos e perniciosos somente por serem judeus, o Levante é movido pela propaganda comunista brasileira que, até hoje, esforça-se por mostrar que aqueles que foram agentes de Estado durante o regime militar são maus apenas por terem trabalhado para o Estado. As acusações de tortura, sequestro e desaparecimento que a tropa de choque do Levante utiliza são baseadas tão-somente na palavra das supostas vítimas – que, devemos lembrar, basearam sua ação armada na construção de uma bem concertada rede de divulgação de mentiras elaboradas com o intuito de minar a credibilidade dos militares. O que estarrece nessa situação toda é que a agressividade dessa escumalha comunofascista é recebida com loas e louros pela imprensa. Paulo Henrique Amorim, membro honorário do JEG (Jornalistas Empregados pelo Governo) e da BESTA (Blogosfera Estatal), não se cansa de divulgar e apoiar em seu site as ações da trupe esquerdóide. Marcelo Rubens Paiva chegou mesmo a agradecer ao Levante pelos “esculachos” em seu blog, no site do jornal O Estado de S. Paulo: “Bacana. Criativo. Justo. Obrigado, garotada.” Para o Levante, pouco importa se realmente essas pessoas cometeram os crimes que eles as acusam de ter cometido. Isso é somente secundário: é irrelevante. Assim como era irrelevante para os nazistas se os judeus eram, de fato, uma ameaça ou uma “raça inferior”. O que importa é a prática do ódio, o reforço da propaganda, o achincalhamento público. Não interessa ao Levante que os supostos crimes sejam apurados e que a verdade venha à tona: o objetivo mesmo é constranger, humilhar; é fazer com que em torno dessas pessoas se forme um perímetro de ostracismo moral e social. E a verdade? Como diria o pusilânime e relativista Pôncio Pilatos em “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson: Quid est veritas? O que é a verdade? Pelo visto, a resposta que mais apetece a essa gangue foi dada por Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
ONDE FALTA O PÃO, TODOS BRIGAM E NINGUÉM TEM RAZÃO...
Enviada em: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 14:54
Por: Armindo Abreu [mailto:brasil@armindoabreu.
Caro amigo Rosewelt:
Não conheço seu missivista (Batalha), mas percebo que é homem de bem e de rara competência. Infelizmente, critica Buarque pelos motivos errados. Ambos os debatedores escorregaram em terreno pantanoso, por não ferirem as causas objetivas da questão. Fato, aliás, que é o desejo oculto dos manipuladores que nos controlam e se beneficiam de querelas como esta, em que a verdade absoluta continuará fora do alcance da luz solar purificadora. Batalha defende o capitalismo e critica o comunismo, no que está absolutamente correto. Buarque, esquerdista, ataca os banqueiros, também com toda a razão, mas pelos motivos errados. Mirou no que viu e, por mero idealismo dogmático, atirou no que ninguém vê... O que ambos deixaram de lado (acredito que jamais por má fé, mas por crerem nas distorções que nos impõem as escolas e as mídias) é que o sistema financeiro de hoje, base de um suposto capitalismo natural, não passa de uma grande FRAUDE, distorcendo o que seja uma verdadeira economia de mercado. Para resumir, vem a primeira questão: o que é CAPITAL? Na sua definição mais clássica, CAPITAL é TRABALHO poupado, não consumido. Vamos lá, novamente: capital é trabalho acumulado!!! Simples assim. Portanto, aí está o cerne da questão. Não pode haver capitalismo, nem verdadeiros capitalistas, quando o capital deixa de ser criado pelo trabalho produtivo e passa a ser acumulado pela simples emissão de moeda sem lastro-trabalho, ou, mais perfidamente ainda, sem lastro algum!!!
E é isso que fazem os bancos de hoje e seus controladores, únicos emissores de moeda de papel (ou eletrônica, o que dá no mesmo e é ainda de emissão mais barata) sem lastro algum, papel pintado criado doNADA em seus computadores. E por que fazem isso? Por que há séculos vêm fraudando o sistema capitalista natural com suas manobras vis, naturalmente contando com a mais ampla ajuda de parlamentos corruptos na sanção das leis que favorecem seus mestres. E a corrupção real não é a que nos chega pelas mídias, para nos indignar e afastar do debate verdadeiro: é aquela que sancionou leis que impediram os governos de emitir moeda em nome do povo, capturando os bancos centrais e concedendo tal privilégio aos banqueiros, que dele abusam à vontade, a tudo e a todos engolindo sem nenhum trabalho, apenas emitindo moeda de fancaria. A outra corrupção, a miúda, é a usada para o pagamento dos que ajudam a fraudar o sistema e é exposta e debatida para, com a nossa indignação, manter-nos afastados da corrupção sistêmica dos grandes números...Vejam a que ponto chegamos: Nenhum governo do mundo capitalista hodierno pode emitir moeda, inclusive o dos Estados Unidos!!!! Só a banca privada pode fazê-lo. E se o povo, através dos seus governos supostamente democráticos, necessitar financiamento para seus gastos, por maior que seja a riqueza física do seu território, terá que obtê-lo, apenas e exclusivamente, pelo aumento da dívida pública contra a emissão de títulos soberanos. E isso é feito, prazerosamente, pelos bancos sem que ninguém precise criar nenhuma riqueza física pelo trabalho... Só isso explica por que todas as nações do mundo capitalista, inclusive a mais rica de todas, devem tanto a tão poucos... Por isso a economia não será, jamais, um jogo de soma zero. Seria se os fluxos da riqueza física e do dinheiro que a representa sempre se igualassem a cada dado tempo. Como,no capitalismo financeiro de hoje, uns podem emitir dinheiro à vontade sem a correspondente criação de bens e serviços, estarão sempre em vantagem comparativa e a equação só fechará com a criação de dívidas para pagamento futuro... Esse é o capitalismo de hoje, criado sem acumulação de trabalho presente, de que se beneficiam os bancos e seus controladores, muitas vezes ocultos pela ação de laranjas... Se tudo pode ser assim, tão fácil, por que, então, não irmos todos à praia, aproveitando a chegada do carnaval?
No Brasil de nossos dias, caro Rosewelt, quem consagrou, na chamada Constituição Cidadã de 1988,esse princípio vil, que esmaga o cidadão e privilegia quem pode criar dinheiro sem trabalho? Foram os ditadores militares, os que nos governaram no período a que, jocosamente, oposicionistas apelidaram de anos de chumbo ? Naqueles anos, que deveriam ser conhecidos por ANOS DE OURO, o povo ainda podia criar moeda com base no trabalho e no progresso... Hoje, não mais... Lembremo-nos, meu caro, a constituição-cidadã foi sancionada por obra e graça da oposição aos anos de chumbo, onde militava, entusiasmado, o senhor Buarque... Foi exatamente quando um único congressista assumiu a responsabilidade pela inserção desse dispositivo tão danoso ao interesse público, sem votação em plenário... E depois, me parece, até virou ministro do STM, da Justiça e da Defesa... Alguém aí se lembra disso?
A quem duvidar dessa tremenda verdade, recomendo passar os olhos na constituição em vigor e comprovar que o nosso querido (e autônomo) banco central está proibido de financiar o Tesouro Nacional, mas pode socorrer os banqueiros com dinheiro público quando houver o que chamam de risco sistêmico... Sim, pode haver risco dos bancos quebrarem em massa, por sua alavancagem irresponsável e criminosa, como se vê na prática, mesmo tendo o poder de criar moeda na quantidade que desejarem... Isso não é notável e incrível?
Caro amigo. Estou, agora, do outro lado do mundo, no meio da madrugada local, lutando contra a insônia que me ataca pela enorme diferença de fusos horários a que meu organismo responde. Pela distância e relativo isolamento, fico impossibilitado de tentar obter os e-mails dos senhores Batalha e Buarque, para que pudessem prosseguir em seu diálogo, porém sob novas premissas, com base no que aqui introduzo. Afinal, nunca foi meu hábito cochichar nos corredores...
Não poderei fazê-lo, mas gostaria que pudessem conhecer e comentar o que aqui afirmo. Em tempo, não acho que o senhor Buarque tenha sido feliz ao trazer a este debate o nome do senhor Bertrand Russel, um oportunista de mau caráter considerado, ao seu tempo, como o mais vil de todos os homens e que também pertencia à elite iluminada, aquela que se vem beneficiando da exploração humana. O meu livro, O Poder SECRETO, além dos conceitos aqui emitidos, também nos conta as manobras do senhor Russel, membro de uma das treze famílias mais ricas que governam este planeta. Faltou, portanto, ao trazê-lo ao debate, coerência histórica ao senhor Buarque.
A você, Rosewelt, meu agradecimento pelo valioso material enviado e um grande abraço desde o outro lado deste mundo, aaa
De: rosewelt conceição pires [mailto:rospires@ig.com.b]
Enviada em: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 11:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Enviada em: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 11:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Repasso.
Uma bela resposta.
Um abraço,
Rosewelt
Uma bela resposta.
Um abraço,
Rosewelt
From: A
Sent: Wednesday, February 15, 2012 10:57 PM
To:
Subject: ENC: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Repasso mensagem que enviei ao senador Cristovam Buarque, a propósito do artigo publicado no O GLOBO de 11 do corrente.
Batalha
De: BATALHA [
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 21:47
Para: 'Mensagem Cristovam'
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 21:47
Para: 'Mensagem Cristovam'
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Caro senador Cristovam, seu artigo é um alerta contra as injustiças em um mundo em que o capital tornou-se o principal ator, fazendo do consumismo de poucos a principal causa da miséria de muitos. Mas o senhor, por sua acurada formação acadêmica, sabe que não se trata de uma crise do capitalismo. A economia é um jogo soma zero. O que os pobres perdem os ricos ganham, tornando-se cada vez mais ricos. Sabe, ainda, que não existe alternativa para o capitalismo, pois o comunismo, irmão xifópago da ditadura, agrava a miséria ao privatizar o lucro e socializar o prejuízo (o senhor, com certeza, leu A NOVA CLASSE, de Milovan Djilas ). Sabe, também, que o problema do Brasil é muito mais grave. O PROBLEMA DO BRASIL É A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA, DA QUAL SOMOS CAMPEÕES MUNDIAIS.Por isso, aqui, no banco dos réus do Tribunal de Hessel deveriam ter assento, primeiramente, os quarenta ladrões do mensalão e em seguida a maioria dos políticos brasileiros, por crime de formação de quadrilha.
Cordialmente,
Fernando Batalha
De: Mensagem Cristovam [mailto:mensagem-cristovam@ senado.gov.br]
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 14:21
Para: fernando.batalha@uol.com.br
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 14:21
Para: fernando.batalha@uol.com.br
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
ATÉ ONDE VAI A ARROGÂNCIA DE UM BANCO ALEMÃO
Enviada por: Sylvio Massa [mailto:massasc@gmail.com]
Em: segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 16:49
PROPAGANDA DE BANCO ALEMÃO
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
COM A CRISE DO EURO, UNIÃO EUROPÉIA JÁ NÃO MAIS SE MOSTRA, ASSIM, TÃO IRMANADA...
Enviada, diretamente de Ponta Delgada, Açores,para o blog, por: Artur Teixeira [mailto:artur.teixeira1946@gmail.com]
Em: quinta-feira, 17 de novembro de 2011 17:22
Amigos,
Um dos perigos da Crise da Dívida e do Euro na União Européia, é precisamente o de criar um clima de hostilidade entre os europeus, despertando fantasmas e sentimentos negativos que em nada ajudam a superar os problemas.Julgo até que estas coisas não estão a acontecer por acaso...
Alguém quer ver o circo a arder e não mede as conseqüências...
A carta aberta de um alemão ao povo grego e a respectiva resposta de um grego, ambas publicadas no Stern, são o exemplo desse perigo...
Há em ambas um equivoco fundamental: não são os povos responsáveis pelas opções políticas não escrutinadas, mas os respectivos governos, que cada vez mais obedecem a desígnios deletérios ditados pela Elite Global.
Abraços. Artur
Absolutamente a ler até ao fim, esta resposta de um grego a uma carta enviada para a revista Stern escrita por um alemão que se sente ofendido com o "estilo de vida" grego.
“Carta Aberta” de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “Caros Gregos”, com um título e sub-título:
“Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia.”
“Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves”
“Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós. No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional. Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram,não vão mais adiante!!!”
Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:
“Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas. O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares. Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas,infra-estruturais (duas auto-extraditas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE,da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre - guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraiu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações,perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos agüentar, não tenhas problema. Podemos
viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nossos antepassados,que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente, Georgios Psomás.”
Em: quinta-feira, 17 de novembro de 2011 17:22
Amigos,
Um dos perigos da Crise da Dívida e do Euro na União Européia, é precisamente o de criar um clima de hostilidade entre os europeus, despertando fantasmas e sentimentos negativos que em nada ajudam a superar os problemas.Julgo até que estas coisas não estão a acontecer por acaso...
Alguém quer ver o circo a arder e não mede as conseqüências...
A carta aberta de um alemão ao povo grego e a respectiva resposta de um grego, ambas publicadas no Stern, são o exemplo desse perigo...
Há em ambas um equivoco fundamental: não são os povos responsáveis pelas opções políticas não escrutinadas, mas os respectivos governos, que cada vez mais obedecem a desígnios deletérios ditados pela Elite Global.
Abraços. Artur
Absolutamente a ler até ao fim, esta resposta de um grego a uma carta enviada para a revista Stern escrita por um alemão que se sente ofendido com o "estilo de vida" grego.
“Carta Aberta” de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “Caros Gregos”, com um título e sub-título:
“Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia.”
“Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves”
“Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós. No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.
Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional. Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram,não vão mais adiante!!!”
Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:
“Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas. O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares. Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas,infra-estruturais (duas auto-extraditas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE,da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre - guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraiu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações,perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos agüentar, não tenhas problema. Podemos
viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nossos antepassados,que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente, Georgios Psomás.”
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
CENSURA ELETRÔNICA ESCANCARADA JÁ OPERA NA INTERNET!!!
Enviada por: Artur Teixeira [mailto:artur.teixeira1946@gmail.com]
em: domingo, 30 de outubro de 2011 18:56
Artur Teixeira, escritor português editado no Brasil pela KRANION, sofre censura eletrônica na Internet!
Amigos,
Vejam como o sistema é estúpido... Acabo de receber a mensagem abaixo após o envio do meu e-mail sobre a Líbia. Considera o meu texto de incidência racista. Ora, não é. Não é a primeira vez que o "Administrator" resolve enviar-me tal mensagem.
Abraços.
Artur
-----Mensagem original-----
Enviada: domingo, 30 de Outubro de 2011 19:42
Assunto: [MailServer Notification][WFBS Security Server: 192.168.0.10, Messaging Security Agent: SRVMST01]Content Filtering Notification
This email has violated the RACIAL DISCRIMINATION.
and Quarantine entire message has been taken on 10/30/2011 20:42:02.
Message details:
Server:SRVMST01
Sender: artur.teixeira1946@gmail.com;
Recipient:artur.teixeira1946@gmail.com;
Subject:
HIPOCRISIA POLÍTICA !!!
(TEXTO INTEGRAL DO ESCRITOR PORTUGUÊS ARTUR TEIXEIRA, EDITADO NO BRASIL PELA KRANION, CENSURADO ELETRONICAMENTE NA INTERNET)
Amigos,
Já vi este filme… Saddam Hussein foi considerado amigo dos Norte-americanos enquanto aceitou o dólar como moeda de pagamento do petróleo do Iraque. Quando se virou para outros mercados e pretendeu vender o crude fora do controle da OPEP, aí a cobra fumou… Até àquele momento ninguém falava das atrocidades do ditador e da falta de Democracia no país. Depois foi o que se viu.
Ora, Muammar Al Quathafi foi amiguinho do Ocidente enquanto não exigiu o Euro como moeda de troca pelo petróleo líbio, um petróleo da melhor qualidade, isento de enxofre, que se pode extrair praticamente a balde… cujas reservas são das maiores do Mundo. Pelo lado da Líbia, o pico do petróleo está por acontecer… Antes de decretar o seu assassinato, o Ocidente não enjeitou o apoio financeiro à candidatura de Sarkozy à presidência da França e os USA, a colaboração na sua guerra ao Terrorismo Islâmico, para onde mandou alguns membros da Al Qaeda para serem sujeitos à tortura dos esbirros líbios. Enquanto assim foi ninguém se lembrou do facto de que na Líbia não existia Democracia e os Direitos Humanos não eram respeitados, que uma horda de rebeldes manipulados reclama com armas… E tenho sérias dúvidas que alguma vez esta gente venha a estabelecer um regime de tolerância democrática.
Em 2007, a embaixada Norte-americana em Tripoli apresentou um relatório, denunciado pelo Wikeleaks, onde referia as exigências que as autoridades líbias faziam para autorizar a extracção e refinação do crude no país, nomeadamente os encargos fiscais e sociais, que na opinião do “escriba” yankee oneravam, e de que maneira, a actividade das petrolíferas internacionais que operam na região, sobretudo comparando com outras paragens onde o “ouro negro” é desbaratado ao “preços da uva mijona”. Uma dessas exigências era, por exemplo, que por cada quadro estrangeiro, fosse empregue um nacional. Graças aliás a essa política, de protecção dos interesses da Líbia, é que permitiu a Kadafi proporcionar o melhor nível de vida do Magrebe. Política que parece não ter satisfeito a todos…
A dita “Primavera Árabe” não é tão primaveril como parece… Já foi denunciado que a agitação popular desencadeada teve a “mãozinha invisível do Ocidente”. Lembro-me de ter lido um artigo, aquando da I Guerra do Iraque, que os USA, através da CIA, tinham iniciado um programa de aliciamento ideológico junto de jovens islamitas, tendo em vista criar uma elite muçulmana pró-Ocidental. No terreno, agentes e comandos dos Serviços de Inteligência Ocidental acicataram a rebeldia de uma juventude que busca a ilusão da Modernidade das sociedades do Hemisfério Norte, dos dois lados do Atlântico. Quantos deles não serão agora os agitadores? Sintomático disso foi ouvir um jovem alienado gritar numa manifestação em Tripoli que “antes a Liberdade, que água”… Ora uma coisa não tem nada a ver com a outra. Foi precisamente no abastecimento de água potável para todos que Kadafi também se notabilizou, investindo fortemente em obras de captação, transporte e distribuição do precioso líquido. A água no Magrebe é tão importante, e talvez mais, que o Petróleo, para as populações. Ao que parece isso não basta… Mas um perigo esconde-se por trás dessas revoluções aparentes… Os fundamentalistas islâmicos estão também lá e o que eles querem, não é nada parecido com a Liberdade e a Democracia. Aliás, as novas autoridades da Líbia já reclamaram a criação de um Estado de feição islâmica, obedecendo à Sharia, ou seja, Lei Islâmica com tudo o que isso significa de ameaça e risco para o Ocidente. Nesse sentido, tal a acontecer, podemos dizer que “o tiro saiu pela culatra”…
O homem que os rebeldes líbios, alguns quiçá agentes da inteligência ocidental, chacinaram, não era o tolo que se pintava. Tenho o seu livro “O Livro Verde” e logo de entrada pode ler-se: “ Nos nossos dias, os regimes políticos, no seu todo, são o resultado da luta travada por essas “máquinas” (de Poder) para alcançar o Poder – quer essa luta seja pacífica, quer seja armada, como a luta de classes, de seitas, de tribos ou de partidos ou de indivíduos, ela salda-se sempre pelo sucesso de uma “máquina”, indivíduo, grupo, partido ou classe, e pela derrota do povo, logo, pela derrota da verdadeira Democracia.” Ora aí está! Nós ocidentais temos sempre a mania de julgar os outros segundo os nossos padrões. A Líbia é um amálgama de tribos, como de resto se verifica no mundo do Islão, espartilhadas por seitas com ódios tão profundos como o ódio que os talibãs nutrem contra o Ocidente. Aliás, decorre desse facto, a razão pela qual o Mundo Muçulmano não foi capaz até ao momento de se afirmar como um grande Estado Nação e dificilmente o será, sobretudo com a acção deletéria das potências Ocidentais, que desde o Século XIX, apostam no divisionismo muçulmano, como forma de se apropriarem dos seus recursos petrolíferos e não só. Nem mesmo estão interessadas que o Islão adopte a Democracia.
Para os Norte-americanos porém não se põe apenas um problema de custo… Quem controlar o crude, controla o Mundo… Esta é uma premissa sine qua none. Actualmente existe uma rivalidade surda entre o Ocidente e o Oriente emergente, encabeçada pela China, que no entanto vai pouco a pouco se mostrando à luz do dia. A República Popular da China tem uma carência fundamental de Petróleo para fazer crescer a sua Economia. Até ao momento os chineses têm-se pautado por uma política de envolvimento pacífico com as regiões do Mundo alvo da sua estratégia económica. África é um dos seus alvos, onde tem investido grandes somas em infra-estruturas, nomeadamente vias de comunicação (ferrovias e rodovias), de que os países africanos são muito carentes, nomeadamente aqueles que atravessaram guerras civis, caso de Angola, onde praticamente tudo foi destruído. A China inclusive chega a doar edifícios inteiros para o funcionamento dos parlamentos e tribunais locais, o que parece uma contradição… Ora, o Ocidente, nomeadamente a sua Oligarquia, vê-se ameaçado. A operação ocidental na Líbia visou tirar espaço de manobra aos chineses, mas não só. Pretende a Casa Branca instalar bases militares que permitam dar apoio geoestratégico ao seu envolvimento belicista na Região Centro Africana. O pretexto é estabilizar certas zonas mineiras em permanente conflito, como é o caso do Congo, onde operacionais Norte-americanos já actuam. No fundo é a mesma receita que enforma a DEA na Colômbia e outras regiões da América do Sul, nomeadamente a Amazónia, onde, a pretexto do tráfico da droga, os Norte-americanos vão instalando bases militares. A China aliás também por lá anda, mas pacificamente, até ver…
As fotos abaixo são esclarecedoras. Só não vê quem não quer.
Abraços.
TÃO AMIGOS QUE NÓS ERAMOS!...
POR AQUI SE VÊ A HIPOCRISIA POLÍTICA................Até quando ???????
POR AQUI SE VÊ A HIPOCRISIA POLÍTICA................Até quando ???????
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