RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ONDE FALTA O PÃO, TODOS BRIGAM E NINGUÉM TEM RAZÃO...



Enviada em:
 quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 14:54
Por: Armindo Abreu [mailto:brasil@armindoabreu.ecn.br]


Caro amigo Rosewelt:
Não conheço seu missivista (Batalha), mas percebo que é homem de bem e de rara competência. Infelizmente, critica Buarque pelos motivos errados. Ambos os debatedores escorregaram em terreno pantanoso, por não ferirem as causas objetivas da questão. Fato, aliás, que é o desejo oculto dos manipuladores que nos controlam e se beneficiam de querelas como esta, em que a verdade absoluta continuará fora do alcance da luz solar purificadora. Batalha defende o capitalismo e critica o comunismo, no que está absolutamente correto. Buarque, esquerdista, ataca os banqueiros, também com toda a razão, mas pelos motivos errados. Mirou no que viu e, por mero idealismo dogmático, atirou no que ninguém vê... O que ambos deixaram de lado (acredito que jamais por má fé, mas por crerem nas distorções que nos impõem as escolas e as mídias) é que o sistema financeiro de hoje, base de um suposto capitalismo natural, não passa de uma grande FRAUDE, distorcendo o que seja uma verdadeira economia de mercado. Para resumir, vem a primeira questão: o que é CAPITAL? Na sua definição mais clássica, CAPITAL é TRABALHO poupado, não  consumido. Vamos lá, novamente: capital é trabalho acumulado!!! Simples assim. Portanto, aí está o cerne da questão. Não pode haver capitalismo, nem verdadeiros capitalistas, quando o capital deixa de ser criado pelo trabalho produtivo e passa a ser acumulado pela simples emissão de moeda sem lastro-trabalho, ou, mais perfidamente ainda, sem lastro algum!!!
E é isso que fazem os bancos de hoje e seus controladores, únicos emissores de moeda de papel (ou eletrônica, o que dá no mesmo e é ainda de emissão mais barata) sem lastro algum, papel pintado criado doNADA em seus computadores. E por que fazem isso? Por que há séculos vêm fraudando o sistema capitalista natural com suas manobras vis, naturalmente contando com a mais ampla ajuda de parlamentos corruptos na sanção das leis que favorecem seus mestres. E a corrupção real não é a que nos chega pelas mídias, para nos indignar e afastar do debate verdadeiro: é aquela que sancionou leis que impediram os governos de emitir moeda em nome do povo, capturando os bancos centrais e concedendo tal privilégio aos banqueiros, que dele abusam à vontade, a tudo e a todos engolindo sem nenhum trabalho, apenas emitindo moeda de fancaria. A outra corrupção, a miúda, é a usada para o pagamento dos que ajudam a fraudar o sistema e é exposta e debatida para, com a nossa indignação, manter-nos afastados da corrupção sistêmica dos grandes números...Vejam a que ponto chegamos: Nenhum governo do mundo capitalista hodierno pode emitir moeda, inclusive o dos Estados Unidos!!!! Só a banca privada pode fazê-lo. E se o povo, através dos seus governos supostamente democráticos, necessitar financiamento para seus gastos, por maior que seja a riqueza física do seu território, terá que obtê-lo, apenas e exclusivamente, pelo aumento da dívida pública contra a emissão de títulos soberanos. E isso é feito, prazerosamente, pelos bancos sem que ninguém precise criar nenhuma riqueza física pelo trabalho... Só isso explica por que todas as nações do mundo capitalista, inclusive a mais rica de todas, devem tanto a tão poucos... Por isso a economia não será, jamais, um jogo de soma zero. Seria se os fluxos da riqueza física e do dinheiro que a representa sempre se igualassem a cada dado tempo. Como,no capitalismo financeiro de hoje, uns podem emitir dinheiro à vontade sem a correspondente criação de bens e serviços, estarão sempre em vantagem comparativa e a equação só fechará com a criação de dívidas para pagamento futuro... Esse é o capitalismo de hoje, criado sem acumulação de trabalho presente, de que se beneficiam os bancos e seus controladores, muitas vezes ocultos pela ação de laranjas... Se tudo pode ser assim, tão fácil, por que, então, não irmos todos à praia, aproveitando a chegada do carnaval?
No Brasil de nossos dias, caro Rosewelt, quem consagrou, na chamada Constituição Cidadã de 1988,esse princípio vil, que esmaga o cidadão e privilegia quem pode criar dinheiro sem trabalho? Foram os ditadores militares, os que nos governaram no período a que, jocosamente, oposicionistas apelidaram de anos de chumbo ? Naqueles anos, que deveriam ser conhecidos por ANOS DE OURO, o povo ainda podia criar moeda com base no trabalho e no progresso... Hoje, não mais... Lembremo-nos, meu caro, a constituição-cidadã foi sancionada por obra e graça da oposição aos anos de chumbo, onde militava, entusiasmado, o senhor Buarque... Foi exatamente quando um único congressista assumiu a responsabilidade pela inserção desse dispositivo tão danoso ao interesse público, sem votação em plenário... E depois, me parece, até virou ministro do STM, da Justiça e da Defesa... Alguém aí se lembra disso?
A quem duvidar dessa tremenda verdade, recomendo passar os olhos na constituição em vigor e comprovar que o nosso querido (e autônomo) banco central está proibido de financiar o Tesouro Nacional, mas pode socorrer os banqueiros com dinheiro público quando houver o que chamam de risco sistêmico... Sim, pode haver risco dos bancos quebrarem em massa, por sua alavancagem irresponsável e criminosa, como se vê na prática, mesmo tendo o poder de criar moeda na quantidade que desejarem... Isso não é notável e incrível?
Caro amigo. Estou, agora, do outro lado do mundo, no meio da madrugada local, lutando contra a insônia que me ataca pela enorme diferença de fusos horários a que meu organismo responde. Pela distância e relativo isolamento, fico impossibilitado de tentar obter os e-mails dos senhores Batalha e Buarque, para que pudessem prosseguir em seu diálogo, porém sob novas premissas, com base no que aqui introduzo. Afinal, nunca foi meu hábito cochichar nos corredores...
Não poderei fazê-lo, mas gostaria que pudessem conhecer e comentar o que aqui afirmo. Em tempo, não acho que o senhor Buarque tenha sido feliz ao trazer a este debate o nome do senhor Bertrand Russel, um oportunista de mau caráter considerado, ao seu tempo, como o mais vil de todos os homens e que também pertencia à elite iluminada, aquela que se vem beneficiando da exploração humana. O meu livro, O Poder SECRETO, além dos conceitos aqui emitidos, também nos conta as manobras do senhor Russel, membro de uma das treze famílias mais ricas que governam este planeta. Faltou, portanto, ao trazê-lo ao debate, coerência histórica ao senhor Buarque.
A você, Rosewelt, meu agradecimento pelo valioso material enviado e um grande abraço desde o outro lado deste mundo, aaa



De: rosewelt conceição pires [mailto:rospires@ig.com.b]
Enviada em: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 11:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Repasso.
Uma bela resposta.
Um abraço,
                Rosewelt   



From: A
Sent: Wednesday, February 15, 2012 10:57 PM
To:
Subject: ENC: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Repasso mensagem que enviei ao senador Cristovam Buarque, a propósito do artigo publicado no O GLOBO de 11 do corrente.
Batalha

De: BATALHA [
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 21:47
Para: 'Mensagem Cristovam'
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Caro senador Cristovam, seu artigo é um alerta contra as injustiças em um mundo em que o capital tornou-se o principal ator, fazendo do consumismo de poucos a principal causa da miséria de muitos. Mas o senhor, por sua acurada formação acadêmica, sabe que não se trata de uma crise do capitalismo. A economia é um jogo soma zero. O que os pobres perdem os ricos ganham, tornando-se cada vez mais ricos. Sabe, ainda, que não existe alternativa para o capitalismo, pois o comunismo, irmão xifópago da ditadura, agrava a miséria ao  privatizar o lucro e socializar o prejuízo (o senhor, com certeza, leu A NOVA CLASSE, de Milovan Djilas ). Sabe, também, que o problema do Brasil é muito mais grave. O PROBLEMA DO BRASIL É A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA, DA QUAL SOMOS CAMPEÕES MUNDIAIS.Por isso, aqui, no banco dos réus do Tribunal de Hessel deveriam ter assento, primeiramente, os quarenta ladrões do mensalão e em seguida a maioria dos políticos brasileiros, por crime de formação de quadrilha. 

Cordialmente,

Fernando Batalha



De: Mensagem Cristovam [mailto:mensagem-cristovam@senado.gov.br]
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 14:21
Para: fernando.batalha@uol.com.br
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012