RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ADEUS AO NOSSO AMIGO


  Com imensa tristeza transmito a notícia sobre o falecimento do nosso amigo ARMINDO AUGUSTO DE ABREU, ocorrido no dia 13 de outubro, em Itaipava- RJ.
   
    MISSA DE 7º DIA


    21/10/2012, 09 HORAS


    PARÓQUIA SANTA MARGARIDA MARIA    RUA FREI SOLANO 23 , LAGOA,RJ.

Postado por Cesar Caldascesarcaldas@globo.com 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

HOMENS DE CARÁTER ILIBADO...



De: cesarasa@terra.com.br [mailto:cesarasa@terra.com.br]
Enviada em: sábado, 6 de outubro de 2012 12:27
Assunto: Fw: A Melhor Profissão do Mundo

Repassando a matéria de autoria do próprio neto do Marechal, o Coronel de Art. Roberto S. Mascarenhas de Morais, este, meu amigo e colega de Turma do CMRJ 53-59, aluno 1463.
Quando éramos do CM ele, o Roberto Mascarenhas, vivia na casa de seu avô, o Marechal Mascarenhas e por algumas vezes estudávamos juntos e sempre que prolongávamos nossa virada nos estudos, era convidado a participar do jantar em família e com isto mantínhamos um diálogo sempre proveitoso com o Marechal que me passava sempre uma atitude de um Homem sério, família e que tinha um profundo amor ao seu Exército....
Esta pois foi a lembrança que guardo daquele senhor, militar, que sempre jantava de terno e gravata, profundamente formal. Um homem da antiga que embora profundamente educado denotava atitude firme, educada e amiga. Um verdadeiro Chefe de Família e um vibrante Chefe Militar.
Ao Roberto, o meu abraço amigo. Cesar A.






A Melhor Profissão do Mundo
Roberto Silva Mascarenhas de Moraes (*)

No dia 20/12/1962, o marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes compareceu à Academia Militar das Agulhas Negras para entregar a espada de Oficial do Exército Brasileiro, a mim, seu neto. Após a solenidade, na viagem para o Rio de Janeiro, ele me disse:
– Você escolheu a melhor profissão do mundo.
Eu perguntei: – Por quê?
– Porque o militar das Forças Armadas não tem patrão. O seu patrão é o Brasil. Desta forma, nunca ninguém vai lhe mandar passar no caixa, para acertar as contas. Por isto, você não precisa temer em expressar suas opiniões a seus chefes. Faça-o sempre com lealdade, mesmo que sua opinião seja contrária à do seu chefe. Às vezes, uma opinião que contraria a do chefe vai possibilitar a melhor decisão. Vou lhe contar um fato que ilustra muito bem esta verdade.
No retorno ao Rio de Janeiro, durante a viagem, ele me contou uma bela história.
Getúlio Vargas, aluno da Escola Preparatória do Rio Pardo, seu colega de turma, após uma punição disciplinar: “Carregar um saco de areia nas costas durante cem metros”, normal à época, irrita-se com o tenente e acaba se desligando da Escola Preparatória do Rio Pardo.
Cerca de vinte anos mais tarde, Getúlio era o presidente e ditador. O tenente era coronel. Getúlio, em conversa com o ministro da Guerra, à época, relata o fato ocorrido, quando cadete da Escola Preparatória do Rio Pardo e pergunta:
– Ele era tenente, hoje deve ser coronel.
O ministro verifica e diz:
– É o coronel Fulano.
Getúlio pergunta:
– Onde ele está servindo?
O ministro responde:
– Em Porto Alegre.
Getúlio manda transferi-lo para Manaus. Passado algum tempo, Getúlio pergunta ao ministro da Guerra:
– O coronel já está em Manaus?
O ministro responde que sim. Getúlio determina que o coronel seja transferido para Mato Grosso. Passado algum tempo, Getúlio manda transferir o coronel para o Rio de Janeiro e determina que coronel se apresente a ele.
O coronel se apresenta a Getúlio e o presidente diz ao coronel:
– O senhor se lembra de mim?
O coronel responde:
– Não, senhor.
Getúlio diz:
– Eu sou aquele cadete que acabou saindo da Escola Preparatória do Rio Pardo, tendo em vista o castigo físico que o senhor me impôs.
– Presidente, eu apenas apliquei o regulamento.
Getúlio diz:
– Eu mandei transferi-lo para o norte, oeste e leste, para mostrar que hoje eu tenho mais poder sobre o senhor do que o senhor tinha sobre mim naquela época. Mas não vou mais incomodá-lo. O senhor vai escolher um lugar para servir e eu vou mandar classificá-lo lá.
Ao que o coronel responde:
– Não, presidente. O senhor determina e eu vou se quiser. Tenho 30 anos de serviço e posso pedir transferência para a reserva. Sou empregado do Brasil e não do senhor, presidente.
Getúlio responde:
– Muito bem. Então o senhor vai ser Adido Militar em Paris.
O coronel responde:
Sim, senhor presidente.
Posteriormente Getúlio promoveu-o a general.
Esta história reflete muito bem a personalidade de Getúlio. Sabia reconhecer os valores.

(in: “Causos”, Crônicas e Outras... volume 10, páginas 233 e 234, Rio de Janeiro, CASABEL 2011)