RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Carta Póstuma a Armindo Augusto de Abreu


Ponta Delgada, 05 de Novembro de 2012
Meu bom e querido amigo Armindo,
Eterna saudade.
Na imensa abóboda celeste, junto do Cruzeiro do Sul, brilha intensamente mais uma estrela desde 13 de Outubro de 2012. Na eternidade, a luz que sempre foste, continuará a iluminar a mente e o coração de todos que na terra amaste e que te amam.
O nosso encontro deu-se graças à Web e não foi um acaso… Pesquizava sobre a Globalização e detive-me num teu artigo, “O Sombra”, no qual denuncias as origens obscuras de um Poder que vem há muito estabelecendo uma Nova Ordem Internacional contra a soberania dos povos e Nações. O texto, que li de um só fôlego, apesar de extenso, deu-me a chave para compreender a raiz dos nossos problemas económicos e a partir dele, quis conhecer-te. Mandei-te de imediato uma mensagem manifestando o meu apreço e o desejo de manter correspondência contigo, ao que respondeste positivamente. Lembraste? Isso ocorreu por volta de 1999. Nasceu assim a nossa amizade que se foi cimentando ao longo do tempo com imenso proveito espiritual e intelectual sobretudo para mim. Todavia sinto que, do muito que me deste, de que te estou eternamente agradecido, haveria muito mais para me dares… Daí, perdoa-me o egoísmo, sinto uma certa revolta por nos teres deixado… Tinhas tanto do teu saber para nos dar…
Em Outubro de 2000, viajei ao nosso querido Rio, em visita aos meus primos de Vila Isabel. Foi então a oportunidade sublime de te conhecer pessoalmente. Na véspera liguei-te e tu marcaste o encontro junto a um restaurante no Leme, cujo nome não retive. Não tinha qualquer ideia da tua aparência. Fiquei por ali à espera, procurando adivinhar em cada transeunte a tua pessoa. De repente, oiço atrás de mim alguém chamar-me pelo nome próprio, familiarmente. Virei-me e vejo-te. De porte alto e forte, em traje desportivo, te apresentaste com um sorriso afável de quem estende incondicionalmente a mão da amizade. E assim foi, na verdade. Conduziste-me ao restaurante e numa mesa apresentaste-me a outros dois teus amigos que aguardavam. Explicaste que não gostavas de almoçar sozinho e quando se apresentava mais do que um conviva, arranjavas um terceiro para não ficar a mesa com um número ímpar de comensais. Achei piada. O almoço foi de luxo e foi, não tanto pela gastronomia, muita rica, mas pelos convivas e pelas ideias trocadas. Ali se formou logo uma empatia de confrades preocupados com o futuro do Mundo. Conversámos tanto que nos esquecemos do tempo… Quase que pegava com o jantar. O gerente veio ter connosco e nos disse delicadamente que apesar de estar na hora de encerrar o serviço, podíamos continuar a nossa edificante cavaqueira sem problemas. A nossa confraria despertou-lhe atenção… Em resposta, convidaste-o a participar, pois estávamos a tentar resolver os momentosos problemas da Humanidade… Saímos e já na rua comentaste o modo inteligente e gentil que o sujeito arranjou para se livrar de nós. Aquele nosso primeiro encontro revelou logo ali o ser humano de excelência que és.
Em Janeiro de 2005 vieste a Portugal com o teu filho Gustavo, do qual falas sempre com muito carinho, sem esquecer da Bruna e da tua Neyde, esposa dedicada. Foi a oportunidade para te mostrar um pouco de Lisboa e arredores e de nos conhecermos melhor. Em dois dias, entre uma visita ao Castelo de São Jorge, à Torre de Belém e à romântica Sintra, falámos de História, de Política, de Religião e um pouco de nós mesmos. Eu te ouvi embebecido com o manancial de conhecimentos que debitavas a cada momento. Uma autêntica enciclopédia ambulante. Pensei com os meus botões. Em visita ao Palácio da Pena, que se ergue na crista da Serra de Sintra, na Sala dos Brasões, apontaste para o da família dos Abreus, que é o sobrenome que herdaste dos teus avós paternos, e dele falaste com orgulho das tuas raízes portuguesas. Vislumbrei, nesse momento mágico, alguma emoção nos teus olhos. Houve vários momentos marcantes, tantos que tornariam esta minha carta demasiado longa… Mas o mais significativo para mim foi o de alargares o meu horizonte político, na altura ainda muito confinado aos estereótipos e dogmas da análise do Materialismo Marxista. Embora já duvidasse da “bondade” de algumas propostas da Esquerda, foi contigo que percebi quanto errada é a ideologia marxista-leninista, que havia abraçado na juventude. Disseste-me nomeadamente que o Comunismo é uma canoa furada… ou seja, um sonho irrealizável, uma ilusão criada para dar uma falsa esperança ao povo sofrido, feita no interesse da Nova Ordem Mundial. Mais, que Karl Marx nunca pôs em causa o Capital, apenas o queria sob a tutela de um Estado Comunista, que a História veio a demonstrar que foi e é tão ou mais explorador que o Capitalismo. A leitura do teu livro “O Poder Secreto”, uma obra de grande estofo enciclopédico, no qual me honras ao incluir o meu nome entre aqueles que de algum modo colaboraram contigo, compreendi com toda a clareza o engano que representa o Comunismo. Foste tu que me abriste os olhos. Grato por isso.
Em Maio de 2009, vieste a São Miguel visitar-me. Fui ao Aeroporto buscar-te e eis a grande e generosa surpresa: trouxeste uma mala cheia de exemplares de um pequeno livro que editaste, com a colaboração prestimosa do teu amigo César Caldas, e que reproduz uma minha crónica, autobiográfica, sob o título “O meu boné inglês”. Na mão e antes que te abraçasse, entregaste-me um exemplar. Olhei-o e logo identifiquei do que se tratava… Tu sorridente e eu emocionado abraçámo-nos. No caminho para o hotel, ainda emocionado, te disse que mais uma vez o Brasil, tua Pátria e minha de adoção, na tua pessoa, gratificava-me com a sua solicitude, solicitude tamanha que me deu inclusive uma mãe… Estranhei que uns tempos antes me pedisses o reenvio da crónica e uma foto minha, mas nunca me passou pela cabeça para que fim. Confiei simplesmente. Em boa hora o fiz. Todavia criaste-me um problema: que fazer com 100 exemplares? Na ocasião frequentava a Universidade Sénior de Ponta Delgada. Lembraste-me que deveria começar por divulgá-lo entre os colegas. Assim foi. Tinha por aqueles dias a apresentação de um trabalho de História sobre a migração açoriana para o Brasil colonial. Convidei-te para assistir. No final, fiz a distribuição do livro, depois de uma pequena introdução, informando que o mesmo se devia à tua bondade. Pediste a palavra e em rasgados elogios promoveste-me a escritor. Fiquei até um pouco desajeitado diante da turma… Mas face à tua insistência, dei o facto por adquirido. Aliás, no prefácio, redigido magistralmente por ti, já o fazes. Foi também a oportunidade para dares uma aula de Economia, tua especialidade, na vertente da Moeda. Tiveste a oportunidade de esclarecer que a Crise Financeira, que então já se vivia, era fundamentalmente um problema de escassez de oferta de dinheiro, feita deliberadamente com o propósito político de criar a dependência externa de financiamento. Os países ao se endividarem, sujeitam-se a perder a sua soberania. Como tens razão! Passados dois anos, Portugal é obrigado a aceitar um acordo de resgate financeiro de 78 mil milhões de Euros, patrocinado pela chamada Troika (FMI, BCE e União Europeia). No bojo dessa “ajuda envenenada”, além da exigência da redução drástica das despesas sociais, está prevista a privatização de várias empresas públicas, entre elas a TAP, tua bem conhecida. Na oportunidade tiveste ocasião de declarar que podemos provavelmente voltar às trocas diretas, o que suscitou algum burburinho na assistência. A esta altura te posso dizer, que já estivemos mais longe disso acontecer… Por estes dias foi noticiado que numa vila grega, o povo resolver abandonar o Euro e efetuar a troca de mercadorias e serviços por uma moeda local.
Em Junho de 2010, preocupado com a minha saúde, brindaste-me com nova visita. Tinha passado pouco tempo sobre a intervenção cirúrgica que tive que fazer. Havia sido diagnosticado um princípio de câncer na próstata. Felizmente, além da Prostatectomia Radical, não houve mais consequências. Desta feita, aproveitando o facto de seres um Economista não-alinhado com a ideologia dos mercados financeiros, propus-te vários eventos. Começaste com uma palestra subordinada ao tema: “A Crise e a Moeda”, que foi realizada no anfiteatro do Centro Cultural de Santa Clara, Ponta Delgada, minha cidade natal. Infelizmente, não conseguimos encher a sala. A divulgação a cargo da Universidade Sénior de Ponta Delgada não foi eficaz. Contudo os que compareceram foram brindados com uma verdadeira aula de Economia e História. Durante a tua intervenção, apoiada por um Power Point bem organizado, a tua figura se agigantava à medida que expunhas o tema, fazendo-o de modo claro e convicto. Começaste por esclarecer que os Bancos Centrais Nacionais só o são no nome. O caso do FED é a esse respeito emblemático. Trata-se de um banco central privado e independente do Estado que congrega os interesses de 12 bancos regionais americanos, aprovado pelo Congresso na madrugada da véspera do Natal de 1913, aproveitando a ausência da maioria esmagadora dos Senadores que já se encontravam no gozo das férias natalícias. Desde essa data o Governo americano ficou refém do FED, hipotecando os impostos futuros como garantia da emissão de moeda, que o mesmo é dizer, submetendo para sempre os USA aos interesses privados do cartel bancário. A seguir, desmontaste, um após outro, os lugares comuns que se tem da moeda, demonstrando que o dinheiro que atualmente usamos não passa de “papel pintado”, sem valor intrínseco. Acrescentaste que o Acordo de Bretton Woods, feito logo após a II Grande Guerra, matou o último resquício de dinheiro com lastro em ouro e permitiu que o dólar assumisse o papel de moeda de referência para as trocas comerciais internacionais, com evidente vantagem para o cartel bancário privado. Voltaste a referir, como já tinhas feito no ano anterior, que o problema fundamental da Crise era o de ter gerado uma escassez de moeda. No caso de Portugal, a situação era mais grave pelo facto de não poder emitir moeda própria, pelo que a saída do Euro iria pôr-se mais cedo, ou mais tarde. Como tens razão, meu querido amigo! São cada vez mais aqueles que concluem que a adesão ao Euro foi um mau negócio para o país, havendo quem defenda o regresso ao Escudo. Deste entretanto uma entrevista à Rádio Atlântica onde tiveste oportunidade de referir que a Crise tinha também a ver com o Relativismo Moral que grassa no Ocidente, que ao repudiar o Cristianismo, em particular o Catolicismo, abriu a caixa de pandora. Esta tua reflexão causou ao jornalista uma certa surpresa, levando-o a questionar o que é que a Economia tinha que ver com a Religião. Esclareceste o jovem jornalista que quando não existe uma hierarquização dos valores morais, fundada na nossa matriz cultural Judaico-cristã, e estes são utilizados ou ignorados conforme os interesses a cada momento, tudo é permitido e até legitimado. Daí que quando se especula em Wall Street não se pensa no mal que se pode fazer a terceiros, mas apenas no lucro pessoal e de grupo. Acrescentaste, como exemplo, que nas vésperas do Crash de 1929, os especialistas negavam qualquer hipótese de crise, tal como as agências de rating o fizeram em relação à atual Crise Financeira. Mantiveram a máxima classificação do Banco Lehman Brothers até à véspera da sua falência, em Setembro de 2008, facto que provocou a falência geral dos mercados financeiros. Ainda tiveste tempo de dar uma entrevista ao semanário Terra Nostra de São Miguel. A jornalista muito se esforçou para compreender a matéria que procuravas esclarecer. O texto publicado reflete o pouco conhecimento dela sobre o mecanismo dos mercados financeiros, de como atuam, nomeadamente de como fazem dinheiro do nada... Mas deu para transmitir as ideias fundamentais do teu pensamento acerca da Crise Financeira. Em passeio à Freguesia das Furnas, um dos lugares mais emblemáticos dos Açores, onde se observa uma atividade vulcânica residual através de fumarolas de caldeiras de água fervente com forte odor a enxofre, facto que te deixou maravilhado, tivemos um encontro inusitado com o Presidente de Portugal, que se encontrava em férias particulares a São Miguel. Embora não tenha simpatias pelo Dr. Cavaco Silva, dirigi-me a ele e apresentei-te Gentilmente cumprimentou-te e perguntou como estava o Presidente Lula da Silva. Tu respondeste diplomaticamente que o “Lula está bom de saúde, mas não o recomendo…” Cavaco Silva acusou a ironia com um ligeiro sorriso e sem comentários. Foi também a oportunidade de me pores em contacto telefónico com a tua esposa, Dª. Neyde, de quem sempre falavas com muito carinho e admiração. Passaste-me o telemóvel e do outro lado, uma voz suave fez-me lembrar a minha querida mãe adotiva, o que me emocionou. Nas vésperas de regressares, pediste-me para te levar a uma loja de eletrodomésticos. Fiquei surpreendido… Disse-te que se pretendias comprar algum equipamento para levar para o Brasil, ficava-te mais barato fazê-lo em Lisboa. Delicadamente, esclareceste-me que apenas querias ver um aparelho para comprá-lo mais tarde no Rio. Lá fomos a uma grande superfície. Na secção de televisores tipo plasma, depois de conversar com o lojista sobre as características técnicas de um aparelho, perguntaste-me se gostaria de ver a Copa do Mundo num ecrã de 37”. “Não era nada mau, mas neste momento não tenho condições de o comprar”, disse-te um pouco desconfiado… “Não seja por isso. Ofereço-te com todo o gosto”, respondeste-me com largo sorriso. “Não posso aceitar. Basta-me a tua amizade”, reagi. “Se não aceitas, também não és merecedor da minha amizade”. Encostaste-me à parede e não tive outro remédio se não aceitar mais uma prova da tua generosidade e amizade. No dia seguinte assistimos com a minha família à abertura da Copa da África do Sul.
Dois dias depois, partiste para Lisboa. No Aeroporto despedimo-nos com a esperança de nos voltarmos a ver em breve. Em breve, porque querias dar a conhecer as belezas dos Açores à tua Neyde, inclusive planeavas comprar um pequeno apartamento para passar cá as vossas férias.
Mal sabíamos que aquele seria o nosso último adeus.
Até sempre querido amigo Armindo Augusto de Abreu!
Artur Rosa Teixeira  
Artur Teixeira, José Melo e Armindo Abreu, em 2010

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ADEUS AO NOSSO AMIGO


  Com imensa tristeza transmito a notícia sobre o falecimento do nosso amigo ARMINDO AUGUSTO DE ABREU, ocorrido no dia 13 de outubro, em Itaipava- RJ.
   
    MISSA DE 7º DIA


    21/10/2012, 09 HORAS


    PARÓQUIA SANTA MARGARIDA MARIA    RUA FREI SOLANO 23 , LAGOA,RJ.

Postado por Cesar Caldascesarcaldas@globo.com 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

HOMENS DE CARÁTER ILIBADO...



De: cesarasa@terra.com.br [mailto:cesarasa@terra.com.br]
Enviada em: sábado, 6 de outubro de 2012 12:27
Assunto: Fw: A Melhor Profissão do Mundo

Repassando a matéria de autoria do próprio neto do Marechal, o Coronel de Art. Roberto S. Mascarenhas de Morais, este, meu amigo e colega de Turma do CMRJ 53-59, aluno 1463.
Quando éramos do CM ele, o Roberto Mascarenhas, vivia na casa de seu avô, o Marechal Mascarenhas e por algumas vezes estudávamos juntos e sempre que prolongávamos nossa virada nos estudos, era convidado a participar do jantar em família e com isto mantínhamos um diálogo sempre proveitoso com o Marechal que me passava sempre uma atitude de um Homem sério, família e que tinha um profundo amor ao seu Exército....
Esta pois foi a lembrança que guardo daquele senhor, militar, que sempre jantava de terno e gravata, profundamente formal. Um homem da antiga que embora profundamente educado denotava atitude firme, educada e amiga. Um verdadeiro Chefe de Família e um vibrante Chefe Militar.
Ao Roberto, o meu abraço amigo. Cesar A.






A Melhor Profissão do Mundo
Roberto Silva Mascarenhas de Moraes (*)

No dia 20/12/1962, o marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes compareceu à Academia Militar das Agulhas Negras para entregar a espada de Oficial do Exército Brasileiro, a mim, seu neto. Após a solenidade, na viagem para o Rio de Janeiro, ele me disse:
– Você escolheu a melhor profissão do mundo.
Eu perguntei: – Por quê?
– Porque o militar das Forças Armadas não tem patrão. O seu patrão é o Brasil. Desta forma, nunca ninguém vai lhe mandar passar no caixa, para acertar as contas. Por isto, você não precisa temer em expressar suas opiniões a seus chefes. Faça-o sempre com lealdade, mesmo que sua opinião seja contrária à do seu chefe. Às vezes, uma opinião que contraria a do chefe vai possibilitar a melhor decisão. Vou lhe contar um fato que ilustra muito bem esta verdade.
No retorno ao Rio de Janeiro, durante a viagem, ele me contou uma bela história.
Getúlio Vargas, aluno da Escola Preparatória do Rio Pardo, seu colega de turma, após uma punição disciplinar: “Carregar um saco de areia nas costas durante cem metros”, normal à época, irrita-se com o tenente e acaba se desligando da Escola Preparatória do Rio Pardo.
Cerca de vinte anos mais tarde, Getúlio era o presidente e ditador. O tenente era coronel. Getúlio, em conversa com o ministro da Guerra, à época, relata o fato ocorrido, quando cadete da Escola Preparatória do Rio Pardo e pergunta:
– Ele era tenente, hoje deve ser coronel.
O ministro verifica e diz:
– É o coronel Fulano.
Getúlio pergunta:
– Onde ele está servindo?
O ministro responde:
– Em Porto Alegre.
Getúlio manda transferi-lo para Manaus. Passado algum tempo, Getúlio pergunta ao ministro da Guerra:
– O coronel já está em Manaus?
O ministro responde que sim. Getúlio determina que o coronel seja transferido para Mato Grosso. Passado algum tempo, Getúlio manda transferir o coronel para o Rio de Janeiro e determina que coronel se apresente a ele.
O coronel se apresenta a Getúlio e o presidente diz ao coronel:
– O senhor se lembra de mim?
O coronel responde:
– Não, senhor.
Getúlio diz:
– Eu sou aquele cadete que acabou saindo da Escola Preparatória do Rio Pardo, tendo em vista o castigo físico que o senhor me impôs.
– Presidente, eu apenas apliquei o regulamento.
Getúlio diz:
– Eu mandei transferi-lo para o norte, oeste e leste, para mostrar que hoje eu tenho mais poder sobre o senhor do que o senhor tinha sobre mim naquela época. Mas não vou mais incomodá-lo. O senhor vai escolher um lugar para servir e eu vou mandar classificá-lo lá.
Ao que o coronel responde:
– Não, presidente. O senhor determina e eu vou se quiser. Tenho 30 anos de serviço e posso pedir transferência para a reserva. Sou empregado do Brasil e não do senhor, presidente.
Getúlio responde:
– Muito bem. Então o senhor vai ser Adido Militar em Paris.
O coronel responde:
Sim, senhor presidente.
Posteriormente Getúlio promoveu-o a general.
Esta história reflete muito bem a personalidade de Getúlio. Sabia reconhecer os valores.

(in: “Causos”, Crônicas e Outras... volume 10, páginas 233 e 234, Rio de Janeiro, CASABEL 2011)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Quem disse que não há alternativa?


Ponta Delgada, 17 de Setembro de 2012
Quem disse que não há alternativa?
Alguns “Opinion Makers” fazem da “inevitabilidade” uma espécie de bloqueador psicológico que impede o debate sobre possíveis soluções para debelar a Crise Financeira, fora do cânone estabelecido. Evitando falar dos responsáveis e das causas que a provocaram, apresentam-na invariavelmente como um fenómeno cíclico, natural no contexto do sistema da Economia de Mercado. E não é bem assim. Trata-se na verdade de um PROCESSO para alcançar objetivos antecipadamente planeados, quer no plano Económico, quer no Político.
A Politica de Austeridade que vem sendo adotada, sob o pretexto de termos de honrar “custe o que custar” o “Memorando da Troika”, tem marca registada. Trata-se da receita de Milton Friedman, pai do Neoliberalismo. Para este Economista que fez escola em Chicago, a “liberdade” dos mercados (leia-se, desregulação) está acima de tudo é a pedra de toque do Crescimento Económico, que não significa necessariamente Desenvolvimento Social. Há países com uma alta taxa de crescimento e, no entanto, o povo continua a viver na miséria… Veja-se, por exemplo, os casos da China, da India e de Angola.
Para os boys de Chicago, que em nossa praça “são mais que as moscas”, os Governos devem desmontar o Estado Social, para criar oportunidades de negócio ao Capital Privado, e desaparecer… É o tal Estado mínimo… Todavia, sempre que haja uma crise sistémica, como agora aconteceu, deve socorrer incondicionalmente os mercados… nem que a vaca tussa...
Paul Krugman, Economista norte-americano laureado com o Nobel da Economia de 2008, na sua mais recente obra, “Acabem com esta Crise, já!”, aponta o caminho oposto ao que os nossos Governantes têm seguido. Defende uma espécie de New Deal para acabar com a Recessão Económica, sublinhando que os atuais Decisores Políticos muito ganhariam se aprendessem com as lições do Passado, nomeadamente no que se refere ao Crash de Wall Street, em 1929.
Uma das causas que está na origem da Crise Financeira iniciada em 2008, foi sem dúvida permitir-se que os “Mercados Financeiros” voltassem a funcionar à rédea solta… tal como aconteceu até às vésperas da Grande Depressão de 1929, nos USA. A supervisão dos Bancos Centrais e as Agências de Regulação foram ineficazes face à especulação criativa dos Bancos de Investimento, em que se destacou, por exemplo, um Goldman Sachs, e os Governos, por sua vez, confiados na autorregulação da “mãozinha invisível” de Adam Smith, descansaram na espreguiçadeira do Neoliberalismo… E foi o que deu… E ninguém nos tira da cabeça o carácter proposital da crise…     
Duas medidas fundamentais Paul Krugman defende para acabar com a Crise: emissão de moeda e investimento público. Afinal as mesmas que o Presidente Franklin Delano Roosevelt adotou, na sequência da Grande Depressão, visando o reaquecimento da Economia Real e a redução do desemprego, que se havia tornado numa chaga social. Curiosa a noticia recentemente divulgada de que o FED vai rodar a rotativa para lançar no mercado mais umas boas pazadas de dólares… O BCE continua a este respeito com hesitações… Veja-se os casos da Espanha e da Itália. Primeiro têm que formalizar um Pedido de Resgate e só depois recebem o dinheirinho… Ou seja, não haverá pão de milho para ninguém sem sujeição política… E viva o Euro!
A raiz dos nossos problemas reside de facto na insuficiência de oferta monetária, criada desde a adesão ao Euro. Estando o Estado Português inibido de emitir moeda própria, só pode financiar-se, através de empréstimos sob a forma de Títulos de Dívida Pública, ou, como agora, através de um Resgate Financeiro sob o patrocínio da Troika, o que implica sujeição política e económica, com os desdobramentos sociais gravosos que estamos a viver.
Devido sobretudo à perda de Capital Fixo e à Corrupção instalada, a Economia Portuguesa não consegue produzir suficientes recursos, nem os produzirá enquanto se prosseguir numa Austeridade que promove Recessão. O País, a continuar neste empobrecimento deliberado, vai carecer cada vez mais de financiamento externo, inclusive para pagar juros vencidos, como já acontece.
Por outro lado, a continuada falta de dinheiro no bolso do cidadão reduz o consumo. A falta de procura expectável leva os operadores económicos a reduzir a produção. As empresas são então obrigadas a reduzir ou mesmo encerrar a sua atividade com o consequente despedimento de pessoal. O desemprego por sua vez aumenta a despesa pública na componente social e gera simultaneamente uma perda de receitas sobre os rendimentos do Trabalho e do Capital. Até o IVA é afetado… Em consequência, as perdas financeiras e sociais entrelaçam-se e interagem numa espiral recessiva crescente… Para inverter este processo destrutivo, torna-se indispensável uma rutura com o Sistema que as produziu…
Parece-nos pois que está na hora de se rever a questão da Moeda, sem complexos e sem medos, e dar um basta no Agiotismo dos “Mercados Financeiros”, capitaneados pela Troika. Portugal precisa de readquirir a sua Autonomia Financeira, sem a qual não haverá Crescimento Económico e sem este, não é possível honrar a Dívida Soberana. Venha um Governo que tenha a coragem de o fazer. O Povo na rua, no passado dia 15 de Setembro, deu o sinal… De que estão à espera?

Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.pt)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

BOSÃO DE HIGGS, PARTÍCULA DE DEUS?


Algumas barbearias nos Açores ainda são à moda antiga… Continuam a ser locais privilegiados para um bom “bate boca”. Nos nossos dias porém, a conversa não se fica pela coscuvilhice de aldeia. Vai mais longe… A notícia da “Partícula de Deus”, descoberta pelo mega laboratório do CERN (Conselho Europeu para a pesquisa nuclear), sujeita ainda a confirmação, anunciada com algum alarde pela “mídia”, tem convocado o interesse até do homem comum, embora nestes dias de Crise a sua atenção se volte mais para a falta de dinheiro no orçamento familiar. Tanto assim, que o tema teve que ser “dissecado” na última vez que fomos ao barbeiro. Um dos fregueses, homem de avançada idade, mas sem evidências de senilidade, camponês, diante de tanta controvérsia levantou a voz e declarou: “É mais fácil mudar o Oceano para outro lugar que a Ciência alguma vez possa descobrir o mistério da Criação”. Esta afirmação, aparentemente absurda, revela no entanto a inutilidade de uma investigação científica orientada para negar a existência de um Deus Criador.
Dá-se o caso que o autor da “teoria do bosão”, Peter Higgs, ateu confesso, não gosta que chamem à sua partícula de “Partícula de Deus”. Ele pelo menos é coerente… A formulação teórica da sua tese, que surgiu em 1964, tem por objetivo último demonstrar que na criação do Cosmos não houve qualquer intervenção de uma entidade exterior à matéria. Em consequência, uma designação que inclua Deus, além de contraditória, pode ser tomada como uma ofensa à Religião, como oportunamente ele manifestou.
Inicialmente a hipótese do cientista britânico, chamou-se de “Partícula Maldita”. Os círculos académicos assim a chamaram devido à impossibilidade de confirmar a sua existência em laboratório, atendendo aos meios técnicos da época. Quando em 1993, outro cientista, Leon Lederman, norte-americano, nobel da física, quis levar ao prelo um livro sobre o tema, o editor exigiu que o título fosse “Partícula de Deus”. Razões de marketing falaram mais alto. É que, uma obra científica polémica com “Deus” metido no meio, num mercado onde o debate entre Religião e Ciência está presente desde o Século XIX, tem com certeza sucesso de vendas garantido.
Uma parte da Ciência não está apenas preocupada em explicar o Universo, mas encontrar uma formulação teórica que demonstre definitivamente que na origem do Cosmos não houve qualquer intervenção independente e exterior à Criação. Tal objetivo é perseguido em alguns meios académicos com verdadeira obsessão preconceituosa contra a Religião em geral e o Cristianismo em particular. Chegam a ser ridículos alguns argumentos… Há tempos um professor de biologia da Universidade dos Açores, por exemplo, em entrevista à Antena I, justificou o seu Ateísmo no facto de nunca ter observado Deus ao visionar uma molécula no microscópio… Pena que não tivesse havido o contraditório… Também não vemos a eletricidade, o vento, e contudo, pelos seus efeitos, não podemos negar a sua existência. O problema é que se está a confundir Deus, “Causa Primeira”, no dizer de Hathaway, pai do cérebro eletrónico, com uma imagem antropológica de Deus. Enquanto esta tem perfeito cabimento no âmbito da Fé, atendendo ao atual estádio da evolução da Humanidade, não o tem quando se transporta para o mundo da Ciência. Com efeito, negar-se a sua existência como “princípio axiomático de todas as coisas” está-se a negar a “Causa Primeira”, sendo que em boa lógica ninguém pode negar o que não existe… Se não existe, para quê e como negar?
Quando se investiga a História da Ciência, sobretudo a partir da Renascença, ao contrário do que se pretende fazer crer, as grandes figuras se afirmam como homens de Fé. De Kepler a Einstein, passando por Newton, Ampere e Edison, a lista é extensa, todos afirmam crer em um Deus Criador. A Teoria da Evolução tantas vezes convocada para contraditar a visão bíblica criacionista do mundo, fez com que o seu autor, Charles Darwin, tivesse que declarar que “Jamais neguei a existência de Deus. Penso que a Teoria da Evolução é totalmente compatível com a Fé em Deus. O argumento máximo da existência de Deus parece-me residir na impossibilidade de demonstrar e compreender que o Universo imenso, sublime sobre toda a medida, e o homem tenham sido fruto do acaso”.
Considerar o Bosão de Higgs uma partícula de Deus, além de abusivo, não é mais que uma tentativa de reduzir o Divino ao domínio da investigação científica, como se se tratasse de matéria. “A Deus o que é de Deus, a César o que é de César”… que o mesmo é dizer: aos homens o que é dos homens.

Artur Rosa Teixeira

sábado, 9 de junho de 2012

SE CORRER O BICHO PEGA... SE FICAR O BICHO COME...


Ponta Delgada, 30 de Maio de 2012
“Se ficar, o bicho come; se correr, o bicho pega…”
Os brasileiros têm destas coisas… Em poucas palavras são capazes de caracterizar uma situação complexa. A expressão que escolhemos para título deste artigo é exemplo disso e aplica-se que nem uma luva ao “beco sem saída” para o qual os portugueses estão a ser empurrados…
Os europeístas têm vindo a insistir na necessidade imperiosa de transformar a União Europeia num Estado Federado, com efetiva unidade politica e económica. Tal é apresentado como a única solução para atual crise financeira e económica que grassa na Europa. O abandono do Euro, segundo eles, será o caos… Será uma espécie de Tragédia Grega…
Na verdade, em boa parte os Estados membros da União Europeia já perderam uma parcela substancial da sua soberania. Ao aderirem a uma moeda única, o Euro, abdicaram do ato soberano de cunhar moeda própria e logo perderam a sua independência financeira e económica. A retórica europeísta contudo chama-lhe de “soberania partilhada” que é para não espantar o Zé Povinho. É que assim até parece que vamos ter alguma voz na matéria… que podemos dizer aos nossos parceiros alemães e franceses, “alto lá parem o baile” que também mandamos… Ledo engano!
Sem moeda, não existe Comércio e sem este, não existe Economia que proporcione Desenvolvimento, ou seja, que possa satisfazer as expectativas de Progresso Social de uma Sociedade. Por sua vez, sem moeda própria, nenhuma Economia é verdadeiramente autónoma, nem mesmo as mais fortes, e logo, do ponto de vista político, um País, nessas circunstâncias, está condenado a desaparecer como entidade independente. Tal facto contudo acentua-se nas economias mais débeis, como acontece com os países da Europa periférica, que têm Balanças Comerciais deficitárias. Pelo contrário, aqueles que apresentam robustez económica, porque já a tinham antes da moeda única, a “Soberania Partilhada” não lhes faz mossa… Em grande parte até lhes trás vantagens, uma vez que a sua Balança Comercial é positiva, ou seja exportam mais do que importam. E é positiva, em grande parte, graças às exportações para os ditos “periféricos”. Eis porque vemos uma Alemanha e até uma França mandarem bitaites aos pequenos mal comportados da Zona Euro… como se já fossem os donos do pedaço…
Claro que a falta de Independência Financeira e Económica condiciona a vida política de um país. Embora se diga que o Centro do Poder resida no povo, a verdade é que só formalmente isso é verdade. Nas grandes decisões o cidadão não somente não toma parte, como estas são-lhe apresentadas como facto consumado. São previamente tomadas pelos que comandam o Sistema Financeiro Internacional e ao eleitor apenas cabe escolher o que está já escolhido ou, quando não, escolher entre viver ou morrer… Daí que estejamos entre dois males, continuar ou sair do Euro. Qual deles o menor? Falta saber…
Repare o leitor que a mudança da moeda não foi apenas um expediente meramente técnico, justificado pela existência de um mercado comum, exigindo a simplificação nas trocas comerciais. Implicou e implica uma alteração política significativa que passou despercebida aos olhos da maioria da população. Quem tem a faculdade exclusiva de produzir um bem universal como é a moeda, tão indispensável à Economia de um País, tem também o Poder Politico de ditar e condicionar a vida dos cidadãos. Daí a interferência cada vez maior de Organizações Extranacionais, às vezes em coisas tão irrisórias como as dimensões de uma gaiola para o transporte de galinhas… por exemplo.

O BCE não é apenas o banco emissor do Euro. Compete-lhe zelar pelos interesses de todo o Sistema Financeiro e Bancário da União Europeia, de modo a manter a sua integridade sistémica. Veja-se que, graças a tratados leoninos como o de Maastricht e o de Lisboa, subscritos nas costas do povo, os bancos compram dinheiro ao Banco Central pela bagatela de 1% a 1,5% e vendem-no aos Estados Membros por 5%, no mínimo, estando estes proibidos não só de emitir moeda, mas também de aceder diretamente àquele crédito. Por outro lado, o BCE, que é na verdade um banco central privado, não tão independente com se julga, atua concertadamente com outros centros congéneres, a começar pelo BIS, o banco dos bancos centrais, o Fed e a City Londrina, etc. Tal significa que o Sistema funciona em rede, com as diferentes partes solidárias entre si, garantindo que o Crédito e a Produção de Moeda não ponham em causa a sobrevivência do Capital Financeiro Internacional. Daí o seu funcionamento praticamente em “cartel”.

O crédito bancário substituiu a moeda nacional com vantagem evidente para o Sistema Financeiro e Bancário Internacional. Graças à Reserva Fracionária, os bancos podem emitir moeda fictícia, sem qualquer lastro, e emprestá-la aos Países a juros, por vezes, extrusivos. Em caso de rutura financeira, por excesso de ativos podres ou má gestão, os bancos podem sempre contar com o Banco Central ou o Estado para lhes injetar liquidez. Na sequência do Crash do imobiliário norte-americano, em 2008, houve de imediato uma injeção de liquidez na banca internacional, garantida em primeiro lugar pelos Estados e em segundo, pelos bancos centrais dos USA e da Europa, algo que teve contornos de escândalo, mas poucos comentadores salientaram esse facto. Veja-se o que se passou com a “nacionalização” do BPN, onde o Estado português gastou milhões, para depois o vender por tostões… Veja-se que no acordo com a Troika está inscrita uma avultada verba, 12 mil milhões de Euros, para socorrer os bancos, obrigatoriamente garantida pelo Estado Português, tal como se fosse um fiador… Mais, o Estado vai comprar “papéis” (ações) dos bancos em dificuldade financeira, mas não terá voto na matéria, mesmo que a sua participação seja superior a 50%... Ora toma, que é democrático! Nenhuma outra atividade económica, como o sector bancário, é tão protegida, o que contradiz a essência do próprio Capitalismo, que pressupõe riscos e concorrência. Dá que pensar, não dá? 
A criação do Euro teve contornos heglianos, como aliás tudo que se relaciona com a integração europeia. O facto das grandes decisões terem sido tomadas sem qualquer referendo, embora este tenha sido prometido, justifica a nossa opinião. É que nestas coisas que mexem com o destino dos povos, convém que não se abra o jogo e se adoce a pilula com um bom argumento ou engodo… para que os objetivos ocultos da Elite Global possam ser atingidos, se possível com a colaboração das próprias vítimas… Noam Chomsky, filósofo e escritor canadiano, nas suas "Visões Alternativas”, descreve com clareza a fórmula que leva os povos a aceitar o engano: “Criam-se os problemas e depois oferecem-se as soluções. Este método também é chamado de problema→reação→solução. Cria-se um problema, uma "situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este se torne "suplicante” das medidas que se deseja implantar.” Não admira pois que muita gente entenda que o melhor mesmo é entregarmos Portugal…

Mesmo agora, com a Crise do Euro, insiste-se numa via enganosa, para que o cidadão comum aceite a Austeridade como absolutamente necessária, passageira, ainda que não se diga quando termina. Aceite-a como uma necessidade imperiosa para salvar a Pátria… Vamos ter de facto que atravessar o deserto, mas não por essa razão, mas para salvar o Sistema Financeiro e Bancário dos papeis podres que gerou com a especulação financeira elevada à estratosfera. Os nossos governantes quando insistem no pagamento da Dívida Soberana já… nada mais estão a fazer que ir ao encontro desses interesses. Os bancos têm pressa de repor o que perderam… e por isso precisam do dinheiro vivo dos impostos… retirados ao Trabalho.     

A trama contra a independência dos povos não seria possível se não contasse com apoios internos, uns atuando consciente e objetivamente, outros, como “idiotas felizes”, acreditando na “bondade” do processo de Desconstrução Nacional, todos porém, vivem na expectativa de vantagens pessoais. Veja-se que os do primeiro tipo, quando completam o seu mandato, têm tido à sua espera bons cargos em entidades internacionais controladas pela Elite Global, enquanto os do segundo tipo, ficam a ver navios… Pudera, estes são a sua massa de manobra, que, como “operárias” de um formigueiro, morrem após a conclusão da sua tarefa…

Ocorreu previamente em Portugal um trabalho de sapa pela mão de governantes apátridas, alguns ainda no Poder, e de gentinha sem escrúpulos, que levou à destruição de sectores económicos fundamentais, que a existirem permitiram enfrentar a Crise em melhores condições. Desde logo, tal facto aumentou o défice da nossa Balança Comercial, gerando uma maior dependência de importação de bens e produtos, o que apenas favoreceu e favorece as potências económicas da Zona Euro, já que é delas que vem muita coisa que comemos e bebemos, além de originar uma sistemática falta de dinheiro no mercado interno. Houve portanto uma política “deliberada” de desmantelamento das bases da nossa Economia, feita em nome de uma pseudomodernização do Capital Fixo existente. Muitas atividades foram abandonadas sob o influxo dos Fundos Estruturais da CEE que pressupunham o abate das estruturas e meios produtivos existentes que convinham destruir para dar lugar, como deu, à entrada maciça de bens, produtos e equipamentos, com vantagem óbvia para os fornecedores estrangeiros e distribuidores nacionais.   

Claro que para chegarmos aqui, houve internamente muito laxismo político. Dizemos até, muita corrupção de princípios e valores. Os governos promotores da integração europeia escamotearem as consequências negativas da adesão à CEE e esconderam o lado comprometedor dos tratados que subscreveram. Apenas viram o dinheiro a entrar a rodo… Parte entrou diretamente nos bolsos de alguns… Ninguém cuidou de informar do preço que haveríamos de pagar por tanta “bondade” europeia, que se traduziu pela perda de autonomia Financeira e Económica. Como diz o outro, não há jantares de borla…

Por outro lado, os governantes, de um modo geral, foram incompetentes na gestão dos recursos financeiros colocados à sua disposição, esbanjando-os em investimentos que mais das vezes serviram interesses privados, invés de servir o bem geral do país. Veja-se o caso das Parcerias Públicas Privadas (PPPs), com contratos leoninos a favor dos concessionários, sobrecarregando o erário público por várias décadas, e o financiamento de Fundações, cujo objeto social e cultural é, do ponto de vista do interesse público, duvidoso, sobretudo quando existem carências sociais que ficam de fora do Orçamento de Estado ou são insuficientemente financiadas. Obviamente este estado de coisas, já de si representando a corrupção das verdadeiras preocupações de um Estado de Direito, indicia que muito dinheiro público tem sido abusivamente desviado para pagar comissões e bónus em troca da adjudicação de contractos públicos altamente vantajosos para os privados.

Ao mesmo tempo que se afirma que a austeridade é absolutamente necessária para sair da crise e que até pode ser necessário fazer mais sacrifícios, diz-se que se assim não fosse, seria pior… Mas com o desemprego a atingir perigosamente um milhão de trabalhadores e a fome a rondar a mesa de milhares de famílias, temos dúvidas se a solução contrária não seria menos penosa, ou seja, o abandono do Euro e o regresso ao Escudo. Sacrifício por sacrifício, preferíamos fazê-lo por uma causa maior, a recuperação da Soberania Nacional. Pelo menos sabíamos que no final da linha, os portugueses voltariam a ser “donos do seu nariz”. Como as coisas estão, temos a certeza que chegaremos ao fim mais pobres e mais dependentes dos “mercados”, essa entidade abstrata e difusa através da qual a Elite Global manobra para alcançar o seu objetivo final da criação de um Estado Global e Totalitário à escala do Planeta, de que a União Europeia é uma espécie de ensaio.   

Artur Rosa Teixeira
(artur.teixeira1946@gmail.com)         

segunda-feira, 21 de maio de 2012

OS PROCEDIMENTOS NAZISTAS SE REPETEM COM OS RADICAIS DO PT

Levante, nazismo e "esculachos" Posted: 18 May 2012 04:48 PM PDT A perseguição aos judeus na Alemanha iniciou-se efetivamente no ano de 1933. Em 1º de abril, pouco depois de subir ao poder, Adolf Hitler decretou um boicote oficial a todos os comércios – mercearias, joalherias, armazéns, bancos, dentre outros – que pertencessem a famílias judias. A tropa de choque do partido nazista, a Sturmabteilung, pichava a palavra Juden (“judeu”, em alemão) nas vitrinas das lojas, e muitos membros da SA ficavam parados diante dos estabelecimentos comerciais de judeus ostentando cartazes com os dizeres: Deutsche! Wehrt Euch! Kauft nicht bei Juden! (“Alemães! Defendam-se! Não comprem de judeus!”). Com o tempo, passou-se a pichar as palavras Achtung. Juden. (“Atenção. Judeu.”) nas portas dos prédios, nos muros das residências e nas calçadas diante das moradias de famílias judias.
Os judeus eram considerados Untermensch (subumanos) por fazerem parte de uma raça inferior. Assim, eram alvo de toda sorte de perseguições, e, como se sabe, cerca de 6 milhões deles foram exterminados nos campos de concentração da Alemanha nazista – campos que, aliás, foram construídos com apoio logístico, financeiro e militar do governo soviético. As imagens são chocantes, realmente. Esses atos de vandalismo e de ódio, frutos da eficientíssima propaganda nazista, parecem hoje uma insanidade intolerável àqueles que possuem um mínimo de noção do que significa decência, liberdade e honradez. No entanto, mais de meio século depois das atrocidades cometidas contra os judeus na Alemanha, vemos hoje o mesmo modus operandi, a mesma organização e a mesma lógica de superioridade no Brasil.
Estão vendo as fotos acima? As pichações foram providenciadas pelo Levante Popular da Juventude em ações que estão sendo conhecidas como “esculachos” ou “escrachos” – verdadeiros pogroms morais. O objetivo dos “esculachos” é denunciar publicamente supostos torturadores da “ditadura” militar e seus cúmplices, atraindo a atenção da opinião pública através de pichações, manifestações e encenações de toda sorte. Assim como a Sturmabteilung, o Levante é movido pelos mais puros sentimentos de superioridade, que, ao invés do cunho racial dado pelos nazistas, possui fulcro político-moral. Tal qual a propaganda nazista levava a crer que os judeus eram perigosos e perniciosos somente por serem judeus, o Levante é movido pela propaganda comunista brasileira que, até hoje, esforça-se por mostrar que aqueles que foram agentes de Estado durante o regime militar são maus apenas por terem trabalhado para o Estado. As acusações de tortura, sequestro e desaparecimento que a tropa de choque do Levante utiliza são baseadas tão-somente na palavra das supostas vítimas – que, devemos lembrar, basearam sua ação armada na construção de uma bem concertada rede de divulgação de mentiras elaboradas com o intuito de minar a credibilidade dos militares. O que estarrece nessa situação toda é que a agressividade dessa escumalha comunofascista é recebida com loas e louros pela imprensa. Paulo Henrique Amorim, membro honorário do JEG (Jornalistas Empregados pelo Governo) e da BESTA (Blogosfera Estatal), não se cansa de divulgar e apoiar em seu site as ações da trupe esquerdóide. Marcelo Rubens Paiva chegou mesmo a agradecer ao Levante pelos “esculachos” em seu blog, no site do jornal O Estado de S. Paulo: “Bacana. Criativo. Justo. Obrigado, garotada.” Para o Levante, pouco importa se realmente essas pessoas cometeram os crimes que eles as acusam de ter cometido. Isso é somente secundário: é irrelevante. Assim como era irrelevante para os nazistas se os judeus eram, de fato, uma ameaça ou uma “raça inferior”. O que importa é a prática do ódio, o reforço da propaganda, o achincalhamento público. Não interessa ao Levante que os supostos crimes sejam apurados e que a verdade venha à tona: o objetivo mesmo é constranger, humilhar; é fazer com que em torno dessas pessoas se forme um perímetro de ostracismo moral e social. E a verdade? Como diria o pusilânime e relativista Pôncio Pilatos em “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson: Quid est veritas? O que é a verdade? Pelo visto, a resposta que mais apetece a essa gangue foi dada por Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ONDE FALTA O PÃO, TODOS BRIGAM E NINGUÉM TEM RAZÃO...



Enviada em:
 quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 14:54
Por: Armindo Abreu [mailto:brasil@armindoabreu.ecn.br]


Caro amigo Rosewelt:
Não conheço seu missivista (Batalha), mas percebo que é homem de bem e de rara competência. Infelizmente, critica Buarque pelos motivos errados. Ambos os debatedores escorregaram em terreno pantanoso, por não ferirem as causas objetivas da questão. Fato, aliás, que é o desejo oculto dos manipuladores que nos controlam e se beneficiam de querelas como esta, em que a verdade absoluta continuará fora do alcance da luz solar purificadora. Batalha defende o capitalismo e critica o comunismo, no que está absolutamente correto. Buarque, esquerdista, ataca os banqueiros, também com toda a razão, mas pelos motivos errados. Mirou no que viu e, por mero idealismo dogmático, atirou no que ninguém vê... O que ambos deixaram de lado (acredito que jamais por má fé, mas por crerem nas distorções que nos impõem as escolas e as mídias) é que o sistema financeiro de hoje, base de um suposto capitalismo natural, não passa de uma grande FRAUDE, distorcendo o que seja uma verdadeira economia de mercado. Para resumir, vem a primeira questão: o que é CAPITAL? Na sua definição mais clássica, CAPITAL é TRABALHO poupado, não  consumido. Vamos lá, novamente: capital é trabalho acumulado!!! Simples assim. Portanto, aí está o cerne da questão. Não pode haver capitalismo, nem verdadeiros capitalistas, quando o capital deixa de ser criado pelo trabalho produtivo e passa a ser acumulado pela simples emissão de moeda sem lastro-trabalho, ou, mais perfidamente ainda, sem lastro algum!!!
E é isso que fazem os bancos de hoje e seus controladores, únicos emissores de moeda de papel (ou eletrônica, o que dá no mesmo e é ainda de emissão mais barata) sem lastro algum, papel pintado criado doNADA em seus computadores. E por que fazem isso? Por que há séculos vêm fraudando o sistema capitalista natural com suas manobras vis, naturalmente contando com a mais ampla ajuda de parlamentos corruptos na sanção das leis que favorecem seus mestres. E a corrupção real não é a que nos chega pelas mídias, para nos indignar e afastar do debate verdadeiro: é aquela que sancionou leis que impediram os governos de emitir moeda em nome do povo, capturando os bancos centrais e concedendo tal privilégio aos banqueiros, que dele abusam à vontade, a tudo e a todos engolindo sem nenhum trabalho, apenas emitindo moeda de fancaria. A outra corrupção, a miúda, é a usada para o pagamento dos que ajudam a fraudar o sistema e é exposta e debatida para, com a nossa indignação, manter-nos afastados da corrupção sistêmica dos grandes números...Vejam a que ponto chegamos: Nenhum governo do mundo capitalista hodierno pode emitir moeda, inclusive o dos Estados Unidos!!!! Só a banca privada pode fazê-lo. E se o povo, através dos seus governos supostamente democráticos, necessitar financiamento para seus gastos, por maior que seja a riqueza física do seu território, terá que obtê-lo, apenas e exclusivamente, pelo aumento da dívida pública contra a emissão de títulos soberanos. E isso é feito, prazerosamente, pelos bancos sem que ninguém precise criar nenhuma riqueza física pelo trabalho... Só isso explica por que todas as nações do mundo capitalista, inclusive a mais rica de todas, devem tanto a tão poucos... Por isso a economia não será, jamais, um jogo de soma zero. Seria se os fluxos da riqueza física e do dinheiro que a representa sempre se igualassem a cada dado tempo. Como,no capitalismo financeiro de hoje, uns podem emitir dinheiro à vontade sem a correspondente criação de bens e serviços, estarão sempre em vantagem comparativa e a equação só fechará com a criação de dívidas para pagamento futuro... Esse é o capitalismo de hoje, criado sem acumulação de trabalho presente, de que se beneficiam os bancos e seus controladores, muitas vezes ocultos pela ação de laranjas... Se tudo pode ser assim, tão fácil, por que, então, não irmos todos à praia, aproveitando a chegada do carnaval?
No Brasil de nossos dias, caro Rosewelt, quem consagrou, na chamada Constituição Cidadã de 1988,esse princípio vil, que esmaga o cidadão e privilegia quem pode criar dinheiro sem trabalho? Foram os ditadores militares, os que nos governaram no período a que, jocosamente, oposicionistas apelidaram de anos de chumbo ? Naqueles anos, que deveriam ser conhecidos por ANOS DE OURO, o povo ainda podia criar moeda com base no trabalho e no progresso... Hoje, não mais... Lembremo-nos, meu caro, a constituição-cidadã foi sancionada por obra e graça da oposição aos anos de chumbo, onde militava, entusiasmado, o senhor Buarque... Foi exatamente quando um único congressista assumiu a responsabilidade pela inserção desse dispositivo tão danoso ao interesse público, sem votação em plenário... E depois, me parece, até virou ministro do STM, da Justiça e da Defesa... Alguém aí se lembra disso?
A quem duvidar dessa tremenda verdade, recomendo passar os olhos na constituição em vigor e comprovar que o nosso querido (e autônomo) banco central está proibido de financiar o Tesouro Nacional, mas pode socorrer os banqueiros com dinheiro público quando houver o que chamam de risco sistêmico... Sim, pode haver risco dos bancos quebrarem em massa, por sua alavancagem irresponsável e criminosa, como se vê na prática, mesmo tendo o poder de criar moeda na quantidade que desejarem... Isso não é notável e incrível?
Caro amigo. Estou, agora, do outro lado do mundo, no meio da madrugada local, lutando contra a insônia que me ataca pela enorme diferença de fusos horários a que meu organismo responde. Pela distância e relativo isolamento, fico impossibilitado de tentar obter os e-mails dos senhores Batalha e Buarque, para que pudessem prosseguir em seu diálogo, porém sob novas premissas, com base no que aqui introduzo. Afinal, nunca foi meu hábito cochichar nos corredores...
Não poderei fazê-lo, mas gostaria que pudessem conhecer e comentar o que aqui afirmo. Em tempo, não acho que o senhor Buarque tenha sido feliz ao trazer a este debate o nome do senhor Bertrand Russel, um oportunista de mau caráter considerado, ao seu tempo, como o mais vil de todos os homens e que também pertencia à elite iluminada, aquela que se vem beneficiando da exploração humana. O meu livro, O Poder SECRETO, além dos conceitos aqui emitidos, também nos conta as manobras do senhor Russel, membro de uma das treze famílias mais ricas que governam este planeta. Faltou, portanto, ao trazê-lo ao debate, coerência histórica ao senhor Buarque.
A você, Rosewelt, meu agradecimento pelo valioso material enviado e um grande abraço desde o outro lado deste mundo, aaa



De: rosewelt conceição pires [mailto:rospires@ig.com.b]
Enviada em: quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012 11:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Repasso.
Uma bela resposta.
Um abraço,
                Rosewelt   



From: A
Sent: Wednesday, February 15, 2012 10:57 PM
To:
Subject: ENC: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Repasso mensagem que enviei ao senador Cristovam Buarque, a propósito do artigo publicado no O GLOBO de 11 do corrente.
Batalha

De: BATALHA [
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 21:47
Para: 'Mensagem Cristovam'
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012

Caro senador Cristovam, seu artigo é um alerta contra as injustiças em um mundo em que o capital tornou-se o principal ator, fazendo do consumismo de poucos a principal causa da miséria de muitos. Mas o senhor, por sua acurada formação acadêmica, sabe que não se trata de uma crise do capitalismo. A economia é um jogo soma zero. O que os pobres perdem os ricos ganham, tornando-se cada vez mais ricos. Sabe, ainda, que não existe alternativa para o capitalismo, pois o comunismo, irmão xifópago da ditadura, agrava a miséria ao  privatizar o lucro e socializar o prejuízo (o senhor, com certeza, leu A NOVA CLASSE, de Milovan Djilas ). Sabe, também, que o problema do Brasil é muito mais grave. O PROBLEMA DO BRASIL É A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA, DA QUAL SOMOS CAMPEÕES MUNDIAIS.Por isso, aqui, no banco dos réus do Tribunal de Hessel deveriam ter assento, primeiramente, os quarenta ladrões do mensalão e em seguida a maioria dos políticos brasileiros, por crime de formação de quadrilha. 

Cordialmente,

Fernando Batalha



De: Mensagem Cristovam [mailto:mensagem-cristovam@senado.gov.br]
Enviada em: quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012 14:21
Para: fernando.batalha@uol.com.br
Assunto: Artigo publicado no jornal O Globo em 11.02.2012