RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A QUEM PODE INTERESSAR O CAOS URBANO NO RIO DE JANEIRO?

No início da década de 60, quando guerrilheiros comunistas desafiavam a democracia, visando derrubar o governo e instaurar uma ditadura ao estilo cubano-soviético, insurgentes tocaram horror por todo o Brasil, assassinando, assaltando bancos, empresas e residências, colocando bombas em locais públicos, seqüestrando aeronaves civis e dignitários estrangeiros, levando pavor e insegurança à população brasileira e aos representantes de governos e empresas estrangeiras que aqui viviam.
Foi aí que o povo, antes amedrontado, reagiu, protestou, foi às ruas e exigiu:
 -Chamem as Forças Armadas, prendam e matem essa canalha! Queremos paz e amor! (Exatamente como exige agora a população do Rio de Janeiro.)
Foram atendidos e, depois de longa e dura luta, a ordem foi restaurada, a paz voltou às ruas e o progresso adquiriu novo e saudável impulso. Algum sangue fora derramado, de ambos os lados, como ocorre em todas as guerras, mas, como as Forças Armada e a Justiça Militar tiveram compaixão e acreditaram na recuperação moral de muitos facínoras, entre eles alguns que colaboraram com as Autoridades delatando seus companheiros, cumprindo pena, se asilando no exterior ou mostrando arrependimento por seus crimes, apenas meia limpeza foi feita.
O tempo passou, novas gerações surgiram, o esquecimento prevaleceu e, numa virada incompreensível para os que viveram aqueles tempos, os que sobreviveram aos combates, ao exílio (voluntário ou não),  ou à cadeia, agora são considerados heróis da Pátria e, “indenizados”, mamam nas tetas da viúva às custas dos altos impostos exigidos ao sofrido povo brasileiro.
E, de forma inacreditável, a História foi totalmente modificada, as Forças Armadas demonizadas por haverem atendido à convocação popular e cumprido seu dever de restaurar a ordem,  e os terroristas estão eleitos, em voto popular livre, para governar o Brasil...
Agora, a velha história do terror urbano se repete como novidade, e fica no ar uma grande questão: O que querem esses pequenos marginais, traficantes, ladrões de automóveis, assaltantes e pistoleiros cavalgando motocicletas ou simples pés de chinelo, armados de revólveres e de coquetéis “molotov”, tentando amedrontar com tanto vandalismo, roubar nossa liberdade usando as mesmas táticas aprendidas à guerrilha comunista, cujos expoentes agora ditam cátedra à frente do governo federal?
Querem tomar o poder formal, a serviço de causas políticas desconhecidas e implantar um governo marginal,  ou arruinar seus próprios negócios afastando os clientes que se anestesiam, emburrecem  e alienam, se drogando em casa ou pelas esquinas?
E como reagirão tais “autoridades” ao caos de hoje, o mesmo que tentaram fazer prevalecer no passado para nos impor, à força, seu modelo político?
Serão lenientes com os rebeldes ou agirão com mão de ferro, atitude que se espera do Estado politicamente organizado e democrático, onde se deve exigir que cada cidadão cumpra com o seu dever?
A quem interessa que a mesma e velha História se repita e que os militares, ora apenas dedicados ao seu treinamento e aperfeiçoamento quotidianos, estejam sendo novamente convidados, pela população apavorada,  a fazer o trabalho policial que o poder civil ainda não teve competência de realizar?
Como podem as redes de televisão colocar na mira de suas lentes bandidos agitados, drogados, brandindo armas e ameaçando o povo ordeiro, sem que atiradores de elite da Polícias Civis e Militares, se colocados nos mesmos locais e ângulos de observação, os tirem de combate com balaços certeiros?
É a política dos direitos humanos dos ex-revolucionários comunistóides que impede a devida ação corretiva?
Ou falta apoio legal às autoridades responsáveis? Então, que se dê ao aparato policial as garantias já previstas, ou urgentes medidas provisórias que lhe permitam as ações requeridas. Falta determinação, competência ou coragem ideológica para o embate?
Então, que se ministrem aos atuais governantes doses cavalares de espírito republicano e de coragem cívica, em pílulas ou em xaropes, antes que outros poderes mais altos se alevantem...
Ou será que existe alguma outra razão oculta para que as coisas fiquem como estão, justo agora, na troca de governo federal, a servir de biombo, cortina de fumaça, a mascarar fatos ainda desconhecidos, intenções veladas, dos que agem à sombra contra os interesses do país e da população brasileira?
Quem se beneficiará, futuramente, com o caos fabricado hoje ?
Já vimos esse filme antes, e creiam: Não começa, nem termina bem.
armindo abreu.

A INSEGURANÇA PÚBLICA 
Enviada por: Marcos Coimbra [mailto:mcoimbra@antares.com.br] 
em: quarta-feira, 24 de novembro de 2010 17:22

Continuamos a realizar nossa análise dos principais vetores da infra-estrutura social brasileira, agora enfocando o que deveria ser, mas não é, a segurança pública.
O país atravessa grave crise de autoridade no momento presente. Os exemplos são citados diariamente na imprensa e a exceção tornou-se regra. O desrespeito à lei instituiu-se em norma. As autoridades (in) competentes nada fazem para aplicar a já frágil legislação existente.
Segundo o sociólogo do IUPERJ, Sr. Gláucio Soares: "Cada vez que nossos queridos hipócritas consomem drogas, contribuem para matar alguém nas favelas, locais próximos a onde o tráfico opera. Não é à toa que a taxa de homicídios no Leblon é de 10 por 100 mil habitantes e, na Rocinha, de 200 a cada 100 mil. A política que existe hoje é de liberdade para uns e cacete nos outros". Enquanto isto a Câmara dos Deputados aprovou nova legislação que praticamente descriminaliza a droga e segue adiante a implementação, na prática, do estatuto dos marginais, destinado a desarmar os cidadãos de bem do país, apesar do contundente resultado do plebiscito sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições. É tão absurdo que, caso aplicado como está, será impossível de ser cumprido, jogando na ilegalidade milhões de cidadãos possuidores de armas legalizadas, atualmente.
        Com a recepção da emenda à Constituição Federal, proposta pela administração Lula, ainda sujeita à apreciação final pelo STF,  o Brasil pode passar a se submeter à sanção do Tribunal Penal Internacional (TPI). Com isto, e mais as mudanças indicadas para o Código Penal Militar, passarão a ser considerados crimes de guerra, inclusive os confrontos por ocasião de "graves perturbações da ordem interna em que haja emprego duradouro de forças militares", situação em que estarão enquadrados oficiais e praças. O grupo (ir)responsável pela criação do anteprojeto foi criado pela Portaria 1036, de 2001, para definir crimes considerados de genocídio, contra a humanidade e de guerra. Cria no artigo 109 da Constituição, o parágrafo 6°, determinando que "o Brasil se submete à jurisdição do TPI, a cuja criação tenha manifestado adesão".
        O artigo 10 do anteprojeto determina que responderá por responsabilidade penal e pelos crimes previstos na lei "o comandante militar ou a pessoa que atue efetivamente como comandante militar, pelos crimes cometidos por agentes sob o seu comando e controle efetivo". O promotor da Justiça Militar, Dr. João Arruda, afirma: "Não é difícil deduzir que qualquer projeto de grande envergadura, ou mesmo pequena iniciativa governamental que possa contrariar interesses das grandes potências, será de imediato considerado como crime contra a humanidade e sujeito às sanções do TPI". A então procuradora-geral da Justiça Militar, Dra. Maria Ester Henriques Tavares, declarou  que apenas em um contexto de decretação de estado de sítio, de intervenção federal, ou de estado de defesa seria possível, considerando a legislação atual, a utilização de tropas federais em qualquer unidade da Federação.
        Depois desta informação, fica evidente que não é conveniente o emprego das Forças Armadas diretamente no combate à verdadeira guerrilha urbana travada no Rio de Janeiro, caso não haja mudanças e adaptações na legislação vigente, capazes de respaldar a intervenção militar. Será uma grande armadilha. Imaginem a hipótese de seu emprego. Surgirão os primeiros conflitos. Mortes ocorrerão de militares, marginais e pessoas inocentes.  Como ficarão as responsabilidades? Em um país no qual  antigos terroristas são anistiados, recebem polpudas indenizações e pensões, além de alguns ocuparem postos de relevo na República, pensem nas consequências. Será um sem número de ações reivindicando reparações, indenizações etc. A solução inicial consiste em fortalecer as diversas polícias existentes, dando-lhes meios de enfrentar o problema, livres  da turma de "direitos humanos" e dos "ongueiros" de plantão.
Diariamente a imprensa denuncia atos que expõem a fragilidade de nosso sistema de segurança, federal, estadual e municipal. No Rio, nem guarda municipal existe, muito menos armada. Há a EMUVIG (Empresa Municipal de Vigilância) ainda sem ser institucionalizada, que se especializou na guerra diária contra os ambulantes. Um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal declarou que: "As CPIs são conversa fiada", "quem tem dado governabilidade a Lula é o presidente do Senado, José Sarney", "A administração está desfocada. Lula teria de assumir uma posição. As instituições consolidadas da democracia se ressentem da tibieza do governo" e "No Congresso, fui e sustentei o risco a que estavam querendo submeter a Justiça Brasileira". Existem claramente ministros de Estado que são provenientes de ONGs e continuam a seu serviço, ao invés de cumprirem seu dever para com o Brasil. Eles não são ministros. Estão ministros. Quando saírem da administração federal, vão voltar a servir a seus verdadeiros patrões.
        Autoridades federais e estaduais fluminenses discutem a ajuda federal ao  Rio de Janeiro, tardiamente, em função do verdadeiro estado de calamidade pública em que se encontra particularmente o Rio de Janeiro, submetido a “arrastões” diários, ataques a postos policiais, em qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer local.
        Todos os anos, cerca de 2.000 militares lotados em batalhões especializados, como os de Infantaria e de pára-quedistas, são desligados do Exército. Com dificuldade em encontrar emprego, devido às condições peculiares de sua formação, muitos não encontram colocação e são aliciados pelos bandidos. O promotor Aílton José da Silva, do Ministério Público Militar, afirmou que em 100% dos casos de roubos a quartéis existe o envolvimento de militares ou ex-militares. A situação é tão grave que os cabos e soldados colocados em disponibilidade pelo Exército formaram uma associação cujo objetivo principal é evitar que ex-militares sejam cooptados por traficantes de drogas.
Parece-nos que, antes de tentar resolver o problema do Estado do Rio, a União deveria primeiro eliminar os seus. Não há como persistir nesta política míope de preparar durante nove anos um especialista em guerra para depois abandoná-lo, a mercê das circunstâncias. É evidente que é necessária a preparação dos especialistas para a hipótese de guerra. O que não é cabível é o seu não engajamento ou então a destinação para as polícias estaduais ou guardas municipais dos respectivos Estados da Federação, pois o triste episódio ocorre em quase todos. A primeira providência é providenciar a dotação orçamentária digna para as Forças Armadas e executá-las fielmente, a fim de evitar este tipo de problema no futuro. Não se brinca com problemas de tal ordem. A implantaçã das UPPs transfere a insegurança para o asfalto, pois o “cobertor é curto”. Quanto ao Rio de Janeiro, somente a intervenção federal, comandada por um oficial general da ativa, com carta branca, livre dos palpites dos defensores dos direitos humanos dos bandidos e dos "ongueiros" poderia começar a minorar a dramática situação, em um novo contexto, capaz de resguardar sua atuação. Outras medidas são paliativas.
Continuaremos nossa análise na próxima semana.
Prof. Marcos Coimbra
Conselheiro Diretor do CEBRES, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa, Professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 24.11.10 para o MM).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

REVELAÇÕES SOBRE A GUERRILHA DO ARAGUAIA, POR UM MILITAR COMBATENTE

Enviada por: Gen Andrade Nery [mailto:andradenery@uol.com.br]

em: terça-feira, 23 de novembro de 2010 04:05

“Sou militar que defendeu a Pátria contra o regime comunista, tanto é que deixei um documento provando que o PC do B queria impor o regime comunista no Brasil”.

FARB – Forças Armadas Revolucionárias Brasileiras, ouFOGUERA – Forças Guerrilheiras do Araguaia..

Texto:

Audiência Publica do dia 3/12/08, na Comissão Especial da Anistia na Câmara dos Deputados em Brasília-DFMotivo da Audiência: Entrevista dada pelo Tenente Vargas a revista Isto É em 12 de Novembro de 2008.
Expositor: Tenente José Vargas Jiménez (Chico Dólar)
- Deputado Federal do PC do B (BA) ? Daniel Almeida / Presidente da Câmara Especial da Anistia
Sr. José Vargas Jiménez o senhor foi convidado por esta comissão especial de anistia para ver se tem informações, documentos que estariam em poder de vossa Senhoria que a Comissão considerou, que estas informações, que estes documentos podem ser úteis no sentido da aplicação da Lei da Anistia.
Existem dúvidas a respeito de pessoas, provas e fatos que ocorreram na conhecida guerrilha do Araguaia. Vossa senhoria foi convidado e gostaria que vossa senhoria pudesse fazer sua exposição, principalmente se é possível trazer elementos no sentido de criar condições para quitação da Lei de Anistia que é objeto desta Comissão Especial que tem como objetivo acompanhar a aplicação da Legislação.
Vossa Senhoria esta com a palavra.
- Tenente José Vargas Jiménez:
Senhor Presidente, deputado Daniel Almeida, senhores deputados boa tarde! Eu fui convidado pela comissão de anistia da câmara dos deputados encima da hora pela entrevista que dei a Revista ISTO É.
Há um ano lancei um livro chamado BACABA? Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia, onde relato todos os acontecimentos em que eu participei, desde a preparação até a minha evacuação. Neste documento, neste livro, muitas perguntas que os senhores farão, as respostas estão aqui no livro, com provas documentais.
O livro não é ficção, o livro é uma realidade do período em que estive atuando na guerrilha. Eu era terceiro sargento e comandava 10 (dez) homens. Trabalhei com Curió e naquela época morreram 32 guerrilheiros. Alguns camponeses que apoiavam a guerrilha também foram presos, no meu livro tem tudo isso aí com fotos.
Iniciando, eu recebi o requerimento onde o Deputado Daniel Almeida do PC do B da Bahia, solicita a Câmara dos Deputados esta audiência pública para me convidar, como expositor e vou me basear nesta ultima parte do requerimento que diz:
"Esta convocação se justifica em dois aspectos distintos:
-  Primeiro: Pelos direitos que os familiares das vitimas tem de conhecerem o paradeiro dos seus entes queridos e para reunir provas com intuito de identificar formalmente os trabalhadores rurais vitimas dos arbítrios da ditadura e com isso, conceder aos seus familiares os direitos a que lhes confere.
- Segundo: Pela necessidade de reescrevermos a nossa história e deixarmos às futuras gerações, um exemplo de compromisso com a verdade e com a liberdade, respaldados no valor à Democracia. Sala das Sessões, em 18 de novembro de 2008.
Assinado: Deputado Daniel Almeida do PC do B/BA.

Bem senhores, o que eu tenho a dizer realmente esta no meu livro, no Plano de Busca e Apreensão e no Plano de Captura e Destruição. No Plano de Busca e Apreensão constam os nomes dos camponeses que foram feitos prisioneiros. Aqui tem alguns que eu posso afirmar e confirmar. Os povoados onde se encontravam os camponeses a serem presos e outros, estão assim relacionados:

- No povoado de Bom Jesus, José Salim (Salu), Leonel Severino, Oneide, João Mearim e Luiz, todos com prioridade um para sua captura. E Luizinho, Leonda e Salomão, com prioridade três.
- Em Santa Rita : Manoel Cícero com prioridade três.
- Em Itapemirim: André e Zé de tal, com prioridade um.
- Em Brejo Grande : Bernardino, com prioridade um e Vicente com prioridade dois.
- Em Cristalândia: João Murada, com prioridade quatro
- Em Centro de Osorinho: Mulher e filho de 18 anos, com prioridade três.

Esses são os que eu tenho escrito e com provas. No entanto quando estive lá na primeira missão, eu, Curió e mais 2 grupos de combate, cada grupo era integrado por 10 homens, éramos 30 na primeira missão. No dia 03 de outubro de 1973, no povoado de Bom Jesus, nós chegamos e prendemos quase todos os camponeses, além dos que estão relacionados e aqueles que tinham condições de ajudar na guerrilha e os seus filhos que poderiam ajudar os guerrilheiros.
Então, o que aconteceu, só deixamos as esposas e as crianças e continuamos na selva. Prendemos Mané das duas mulheres, um camponês que era amigado com duas irmãs e assim fomos. Nesse primeiro dia nos prendemos uns 40 camponeses e mais 30 que constituíam nossos grupos de combate, era difícil se deslocar na selva. Curió então designou dois grupos de combate, comandados por 2 sargentos com curso em guerra na selva, igual ao que eu tenho, para que levassem os 40 camponeses para BACABA, nós não conhecíamos a base ainda. Eu fiquei com Curió na selva fazendo emboscadas e capturando mais camponeses.
Em relação aos camponeses, isso eu posso afirmar, outros grupos de combate atuaram nas regiões de São Domingos das Latas, Chega com Jeito, vários lugares. E, na região de Xambioá os guerreiros pára-quedistas, também fizeram este trabalho. Agora, a relação deles, eu só tenho estes que eu falei aqui que constam no meu livro.
Se alguém quiser fazer alguma pergunta sobre o primeiro tema aqui, por favor, pode fazer.

- Deputado Daniel Almeida:
Não, vamos lhe dar todo o tempo previsto, depois passaremos a fazer perguntas sobre a exposição.

- Tenente Vargas;
Bem senhores, em relação a este primeiro item, para as famílias dos camponeses é isto que eu posso falar.
Agora eu vou para o segundo item, pela necessidade de reescrevermos a nossa história e deixarmos às futuras gerações, um exemplo de compromisso com a verdade e com a liberdade, respaldado no valor à Democracia.
Hoje em dia a mídia fica falando, divulgando e as pessoas que estão no poder que, nós os militares na época do regime militar, fomos os vilões e que eles (os Comunistas) lutaram contra o regime militar, para ter esta Democracia que temos agora.
É uma mentira enorme, é uma grande mentira, eu tenho documentos aqui provando que um dos partidos de esquerda o PC do B queria impor o Comunismo no Brasil, através da luta armada, o documento é: "O estudo do PC do B para implantação da Guerrilha Rural no Araguaia (1968-1972) ? A Guerra Popular no Araguaia".
Este documento esta comigo há 35 anos, ele foi pego no dia em que foram mortos os 8 guerrilheiros do comando da guerrilha. Entre eles Mauricio Grabois, comandante das Forças Guerrilheiras do Araguaia ? FOGUERA. Este documento estava com eles, esta aqui. Vou entregar ao Presidente da mesa. Onde eu provo o que eles queriam, o PC do B queria impor o Comunismo no Brasil. Fez o estudo, treinou muitos guerrilheiros do PC do B na China e em Cuba para lutarem contra nós. Se eles estavam lutando contra o regime militar para impor a Democracia, deveriam ter treinados seus homens em países onde existia a Democracia e não nos países Comunistas. Então, eles estavam preparados e o documento está aqui. Vou ler algumas coisas que constam nele:
"Porque a região foi escolhida? A escolha da região não foi espontânea e nem realizada empiricamente. Resultou de um profundo trabalho de pesquisas e estudo minucioso, objetivando a determinar uma área em que a luta armada pudesse ser iniciada e em que fosse assegurada a sobrevivência dos núcleos combatentes.
A região satisfaz plenamente as exigências para o inicio e o desenvolvimento da guerra popular, particularmente da guerra de guerrilha.
Outros povos utilizam com sucesso a Selva, florestas, como palco de suas ações guerrilheiras, a exemplo do que aconteceram no Vietnã, Malásia, Angola e outros países.
Por outro lado apresenta certas vantagens para os ataques de surpresa ao longo de uma extensa rodovia localizada dentro da selva.
O grosso da população é constituído de camponeses do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Goiás e de Estados do Nordeste.
Os habitantes da região não têm outra saída para solucionar os seus problemas a não ser a Revolução.
O objetivo das Forças Armadas Revolucionaria na região, a FOGUERA - Forças Guerrilheiras do Araguaia do PC do B é assegurar a sua sobrevivência e garantir um crescimento constante para formar um Exercito regular.
Mesmo que o inimigo se coloque em muitos pontos fixos desta área e realize o patrulhamento, não conseguirão impedir que os guerrilheiros ali vivam, combatam, organizem a massa e se fortaleçam continuamente..
A luta de guerrilheiros tem possibilidade de crescer na região devido ao fato da população ser pobre e sofrida. Dependendo das circunstancias da luta, afluirão para a região, revolucionários de todas as partes do país a fim de ingressar nas Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUERA).
A guerrilha poderá acumular forçar, realizar intenso trabalho político, engrossar suas forças combatentes, mantendo-se com os recursos locais.
Para o inimigo a região é hostil e desconhecida. Suas tropas serão trazidas de fora. A selva, embora generosa com os guerrilheiros, adaptados a região e que a conhecem bem, será madrasta para os soldados da reação, acostumados com a placidez dos quartéis, desconhecedor dos segredos da selva. A vida na selva apresenta dificuldades para enfrentar às doenças, os mosquitos e as intempéries. É necessária elevada consciência e espírito de abnegação que somente os guerrilheiros do PC do B possuem.
As Forças Armadas ficarão isoladas e cercadas pelo ódio do povo".
Este documento foi preparado pelo PC do B, durante quatro anos e realmente eu que estive lá, tudo o que eles previram deu certo, na primeira fase da guerrilha, quando o Exército colocou militares despreparados, recrutas vindos de Goiás e Brasília, como eles escreveram aqui no documento: Então na primeira fase da guerrilha, os guerrilheiros ganharam a primeira batalha.
Aí o exercito retirou todo o efetivo e iniciou a operação Sucuri, colocou o pessoal do serviço de inteligência para fazer o levantamento da área. Mas só descobriu os nomes, as bases e o efetivo dos guerrilheiros, porque na primeira fase, prendeu o deputado Genoino, cujo codinome era Geraldo. E, graças a ele se conseguiu fazer o levantamento de quantos guerrilheiros atuavam na área, as armas e tudo. Foi Genoino que passou essas informações para o Exército.
- Platéia: Vaias "Porque foi torturado."
Então, vou repetir na mídia, que as Forças Armadas lutavam contra o Comunismo e pela Democracia. Agora, os partidos de esquerda dizem que estavam lutando contra a ditadura militar para implantar a Democracia, o que é uma grande mentira. Tanto é que eu tenho o documento elaborado pelo PC do B provando isso.
Na guerrilha Rural, eu mesmo capturei dois guerrilheiros vivos. Eu capturei o guerrilheiro Piauí, tenho prova, aqui no meu livro tem documentos provando que também capturei um camponês chamado Zezinho. Hoje eles constam como desaparecidos.
Só para os senhores saberem o que aconteceu na guerrilha urbana, nas cidades, onde os Partidos de esquerda também lutavam para impor a Ditadura Comunista no Brasil, aqui eu tenho os nomes de alguns terroristas que recorreram à luta armada e envolveram-se em atentados, assaltos e assassinatos na tentativa de derrubar o governo militar.
Beneficiados pela lei da anistia de 79 se reintegraram na vida política, foram transformados de criminosos em heróis e hoje estão nas altas esferas, onde militam pelas mesmas idéias na esperança de colocar o País sob um regime idêntico a aquele que malogrou o leste europeu.
Sabem qual o objetivo da luta armada dos que combateram o regime militar?
Quem responde a esta pergunta é Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8, atualmente professor de história contemporânea na universidade federal fluminense, ele diz:
"As ações armadas da esquerda brasileira não deve ser mitigadas. Nem para um lado nem para outro. Não compartilho a lenda de que, no fim dos anos 1960 e no inicio de 1970 (inclusive eu), fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito sugerido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial, pretendia-se implantar uma ditadura revolucionaria. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática.
As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar um socialismo no país, por meio de uma ditadura revolucionaria como existia na China e em Cuba. Mas , evidentemente, elas falaram em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora e aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre guerra".
Então vejam que foi Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8 que disse.
Entre esses terroristas/comunistas que lutaram na época dos anos 60 e 70 eu trouxe os dossiês de alguns Ministros que estão aí no poder:
- Ministro Tarso Genro, na clandestinidade usava os codinomes de "CARLOS" e "RUI", era um dos terroristas da época, filiado ao PC do B; aqui tenho dossiê de outro terrorista: Paulo Vannuchi foi militante da Ação Libertadora Nacional ? ALN, onde se familiarizou com ações terroristas, seqüestros políticos, assaltos a bancos e quartéis. Outro terrorista, Carlos Minc, era conhecido pelos codinomes "JAIR", "JOSÉ" e "ORLANDO", da Vanguarda Armada Revolucionaria ? Palmares, tem também a terrorista que na clandestinidade usava os codinomes de "ESTELA", "LUIZA", "PATRICIA" e "VANDA", a ministra Dilma Rousseff, ela participou de vários eventos terroristas, tenho também o de José Genoino, que foi preso e cujo codinome era GERALDO e de José Dirceu, cujo codinome era DANIEL, que filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), quando universitário e acompanhou Carlo s Maringhella, líder do PCB, na "corrente revolucionaria", criada para promover a luta armada.
Eu não vou ler todos os dossiês, mas vou entregar eles ao presidente da mesa, deputado Daniel Almeida, para que esta Comissão Especial de Anistia e o povo Brasileiro tomem conhecimento de quem eram estes Ministros que hoje estão no poder.
Então senhores, são só alguns nomes, esses eu trouxe para mostrar a verdade, tendo em vista eu ser militar e arrisquei minha vida para ter esta Democracia, eu era terceiro sargento, não era politizado, mas eu defendi à pátria, tanto é que consta no meu livro, documento do Exército me elogiando por eu ter defendido à pátria.

Platéia: Vaias, UHHH...!
Hoje em dia sou politizado, sou bacharel em ciências jurídicas, trabalhei no serviço de inteligência do exercito, então hoje eu vejo que nós temos que contar a história verdadeira para o povo brasileiro. Não essas falsas histórias que os comunistas e jornalistas estão contando que lutaram para impôr a Democracia no Brasil queriam sim, era impor o Comunismo.
Aqui eu tenho o Jornal do Brasil, um depoimento do Curió, com quem trabalhei:
Ninguém gostou o que eu coloquei no meu livro: "Onde estão os mortos e desaparecidos da guerrilha do Araguaia que foram exterminados, ninguém gostou".
O exercito até abriu uma sindicância e me chamou para depor por causa do livro que lancei, mas não me prendeu.
No seu depoimento ao Jornal do Brasil Curió diz: "tenho respeito pelos guerrilheiros que tombaram em confronto e não gosto da palavra extermínio com o qual o um de seus ex-subordinados, o tenente José Vargas Jiménez se refere à ofensiva final das Forças Armadas".
Aí ele diz que não gosta, mas continuando a sua entrevista ao Jornal do Brasil ele diz: "Segundo ele, a ordem para que nenhum guerrilheiro saísse vivo a partir de 1973, partiu do ex-presidente Emílio Carrastazu Médici".
Vejam o contraste, eu falo em extermínio e o Curió fala que houve ordem para matar. Matar e exterminar não são a mesma coisa?
Curió também diz: "Tem respeito pelos guerrilheiros que tombaram em confronto". Eu também tenho respeito, porque nós lutamos, era uma guerra, cada um lutava pelo seu ideal. Eles lutavam pelo ideal comunista e nós militares lutávamos pela democracia. Depois que os Comunistas foram derrotados os militares passaram o governo para o povo brasileiro.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá do PTB/SP ? Relator da audiência.
Sr Presidente acho que o tempo do orador já terminou, já falou bobagens demais e ninguém tomou parte em nada ainda.
- Presidente Daniel Almeida.
Deputado Arnaldo, realmente estamos a 20 minutos de exposição e, gostaria saber se o orador, nosso convidado tiver mais alguma coisa a complementar, que faça, para que nós façamos perguntas. Vamos retornar a palavra ao Tenente José Vargas.
- Tenente José Vargas:
Foi me dado 20 minutos, eu teria mais coisas para falar, mas é melhor os senhores fazerem perguntas e dentro do possível responderei. Muito obrigado!
- Presidente Daniel Almeida:
Passo a palavra ao relator, deputado Arnaldo Faria de Sá.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá (relator):
Sr Presidente, demais autoridades, eu queria saber do Sr. José Vargas, qual o objetivo dele fazer essas denuncias?
- Tenente José Vargas:
Eu estou seguindo o que foi pedido no requerimento, são dois itens. Isso não é denuncia.
- Deputado Arnaldo:
Na revista ISTOÉ, qual foi o objetivo de fazer a denuncia?
- Tenente Vargas:
Falar a verdade, tanto é que falei a verdade.
- Deputado Arnaldo:
O que disse no seu livro "Lei da Selva"?
- Tenente Vargas:
Não é meu livro. Tanto é que nem cita meu nome nesse livro.
- Deputado Arnaldo:
Você disse que a ordem que tinha era para exterminar? Confirma isso?
- Tenente Vargas:
Confirmo. Está no meu livro, com provas, no meu livro tem documentos provando.
- Deputado Arnaldo:
As provas estão no livro ou você tem em apartado?
- Tenente Vargas:
Eu tirei cópias, tenho as originais.
- Deputado Arnaldo:
Sr Presidente, eu queria requerer que esses documentos originais existentes sejam apresentados à Comissão Especial de Anistia.
- Tenente Vargas:
Eu não trouxe.
- Deputado Arnaldo:
O Sr tem cópias desses documentos que possa disponibilizar para esta comissão?
- Tenente Vargas:
Esse é um caso que vou pensar.
- Platéia: UUUUUUHHH!!! (Vaias)
- Deputado Arnaldo:
Você disse que participou do grupo de 120 guerrilheiros de selva, vossa senhoria confirma isso?
- Tenente Vargas:
Sim, e tínhamos mais 100 pára-quedistas, éramos 220, eles atuavam em Xambioá e nós em Bacaba..
- Deputado Arnaldo:
Além desses 100 pára-quedistas, tinha mais 30 do grupo de informações?
- Tenente Vargas:
Eu não sei. Sei que haviam do CIE, mas não sei quantos eram.
- Deputado Arnaldo:
Tem uma frase na revista ISTOÉ, onde diz: "Recebemos ordem para matar todos e matamos. Se algum guerrilheiro sobreviveu à terceira fase, foi porque colaborou com a gente e ganhou uma nova identidade".. Vossa Senhoria confirma isso?
- Tenente Vargas:
Confirmo pelo seguinte, eu não tinha conhecimento de que algum guerrilheiro saiu vivo, só soube quando o coronel Lício Maciel (Dr. Asdrubal) entrou em contato comigo por e-mail. Eu o trouxe aqui e vou ler para os senhores. O Coronel Lício Maciel diz assim: "Chico Dólar, você entregou o prisioneiro Piauí e não sabe mais o que lhe sucedeu. Será que os 5 guerrilheiros arrependidos que o general Bandeira conseguiu empregar no serviço publico, em Brasília, por intermédio do Ministro Jarbas Passarinho, o Piauí não é um deles? Foram declarados mortos para não serem justiçados, vivem hoje sob nova identidade e ai deles se se revelam. Serão assassinados como Celso Daniel, as 8 testemunhas e mais o Toninho do PT. Infelizmente o atual desgoverno é de bandidos, existe muita coisa acima de nosso conhecimento.
Muito tem sido inventado sobre as ações do Exército. Agora, eles tentam financiar empresários sem escrúpulos em filmes completamente fora da realidade, com objetivo único de desmoralizar o nosso exército".
Estou entregando este documento (e-mail) ao presidente da mesa.
- Deputado Arnaldo:
Vossa senhoria tem a lista de todos os guerrilheiros que foram presos e exterminados?
- Tenente Vargas:
Sim, estão no meu livro. Estes documentos me foram entregues antes de eu entrar na selva para combater os terroristas/comunistas.
- Deputado Arnaldo:
Os prisioneiros eram colocados em pé, descalços em cima de latas sendo torturados. É verdade?
- Tenente Vargas:
Eu vi isso.
- Platéia: Vaias ... UUUUUHHH!!!
- Tenente Vargas:
Esta começando a ficar bagunçado aqui. Eu vou embora.
- Deputado Arnaldo:
Vossa senhoria diz que prendeu mais de 30 camponeses e um deles colocou nu, num formigueiro. É verdade?
- Tenente Vargas:
É verdade.
- Deputado Fernando Ferro ? PT/PE:
Acho importante seu depoimento Sr. José Vargas, discordando de suas idéias políticas e conceitos..
- Deputado Fernando:
Vossa senhoria prendeu 2 guerrilheiros, para onde foram levados?
- Tenente Vargas:
Escrevi no meu livro que o guerrilheiro Piauí que capturei vivo, que era o chefe do grupo de André Grabois (Zé Carlos), depois que ele foi morto, cuja prioridade para captura e destruição era "UM", tive oportunidade de matá-lo, porém resolvi prende-lo, entrei em combate "corpo a corpo" com ele por ver que ele estava fraco e desnutrido, eu sabia que tinha condições de prendê-lo e assim fiz com ele e com outro guerrilheiro camponês chamado Zezinho.
Nós éramos combatentes, nossa base era em Bacaba, o pessoal do serviço de inteligência ficava na Casa Azul em Marabá-PA, nós entregamos os prisioneiros vivos a eles.
- Deputado Fernando:
O Sr viu outros serem capturados vivos?
- Tenente Vargas:
Não, somente posso falar dos que eu capturei vivos, Piauí e Zezinho.
- Deputado Fernando:
Dos 32 guerrilheiros que morreram quantos você matou?
- Tenente Vargas:
Nenhum.
- Platéia ? Vaias UUUUUHHH!
- Deputado Fernando:
Qual o paradeiro dos guerrilheiros Piauí e Zezinho que o senhor capturou?
- Tenente Vargas:
Não sei, consta que Piauí desapareceu em março de 1974, eu sai da guerrilha em 27 de fevereiro de 1974. Ele foi entregue à Casa Azul, sede de nosso comando. Em Bacaba e Xambioá só ficavam os combatentes.
- Deputado Fernando:
O senhor era subordinado de Curió?
- Tenente Vargas:
Sim.
- Deputado Fernando:
Qual o papel de Curió nessas operações?
- Tenente Vargas:
Combatente. Às vezes ele saia com meu grupo de combate para emboscar, combater e destruir bases dos guerrilheiros. Isso era nosso trabalho.
- Deputado Fernando:
Mas, era ele quem comandava todo o contingente?
- Tenente Vargas:
Não. Ele comandava meu grupo e outros dois que comandou na primeira missão, o do Sargento Brito e Sargento Elizeu, ambos já mortos. Nós três fizemos o curso de guerra na selva juntos, no Centro de Instruções de Guerra na Selva (CIGS). O Sargento Brito morreu na guerrilha e o Sargento Elizeu faleceu dia 28 de agosto de 2008 de ataque cardíaco em Belém-PA. E Curió foi ferido a bala no braço pela guerrilheira Sônia
- Deputado Fernando:
O Senhor disse que prendeu em Bom Jesus vários camponeses. Quantos eram e para onde foram levados?
- Tenente Vargas:
Eram mais ou menos uns 40 e foram levados para Bacaba pelos grupos de combate do Sargento Brito e Elizeu. Os suspeitos de apoiar os guerrilheiros eram mandados para a Casa Azul, os outros ficaram alojados em Bacaba em barracões, onde todos os dias eram politizados com ensinamentos de Hino Nacional, Bandeira Nacional e o que era Democracia, Comunismo e Terrorismo.
- Deputado Fernando:
Pode informar se alguns camponeses foram mortos?
- Tenente Vargas:
Sim, na minha relação tem o Alfredo.
- Deputado Fernando:
Mas, os que o senhor prendeu?
- Tenente Vargas:
Acredito que todos foram soltos, pois eu sai de Bacaba antes da guerrilha acabar em 27 de fevereiro de 1974 e ela só terminou em janeiro de 1975.
- Deputado Fernando:
Como vocês foram preparados?
- Tenente Vargas:
Eu, o capitão Azevedo, também já falecido e os sargentos Brito, Elizeu e Vilhena, preparamos 60 guerreiros (soldados), para combater os terroristas/comunistas. Nos temos o curso de guerra na selva feito no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), o melhor curso que existe no mundo, pois se alguém quiser tomar nossa Amazônia (Selva), todos os militares que tem este curso bem como os bravos soldados da região Amazônica estão preparados para defende-la.
- Platéia:
Foram preparados para torturar! (vaias) UUUHHH!
- Tenente Vargas:
Eu vou embora Senhor presidente, se continuar assim eu vou embora e não responderei mais nada. Que falta de respeito!
- Presidente da mesa Dep. Daniel Almeida:
Eu gostaria de solicitar aos convidados que não intervenham nos questionamentos feitos pelos deputados, se alguém tiver algum questionamento/indagação, que seja dada ao deputado para ser encaminhado ao convidado, a fim de preservar o ambiente e que permita o debate.
- Deputado Fernando:
O senhor entende e compreende que as famílias dos desaparecidos tem direito de saber onde estão os corpos deles. O senhor poderia ajudar a encontrá-los?
- Tenente Vargas:
Só me levar até a região junto com um dos mateiros que atuaram na área, pode ser o Vanu, pois depois de 35 anos, não mais reconhecerei sozinho os locais, somente com a ajuda desse mateiro, se ele for comigo encontramos esses locais.
O mateiro Vanu foi mandado enterrar os três primeiros guerrilheiros mortos ANDRÉ GRABOIS (Zé Carlos), chefe do grupo e filho de Mauricio Grabois, comandante Geral das Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUEIRA), JOÃO GUALBERTO GALATRONI (Zebão) e ANTÔNIO ALFREDO DE LIMA (Alfredo), camponês recrutado na área, no entanto, ele não os enterrou, só jogou palha em cima dos corpos. Os animais da mata os comeram.
- Deputado Fernando:
O senhor tem consciência que torturou e pode ser processado por esse crime, como também os outros?
- Tenente Vargas:
Com certeza. Se eu estou me acusando, não posso dizer que não vi outros sendo torturados. Agora se eu falasse que vi outros sendo torturados e eu não fiz, aí seria algo desleal. Mas, guerra é guerra. É hipocrisia dizer que não tem tortura numa guerra. Até hoje tem, a policia federal prende narcotraficantes e tortura, a milícia do Rio prendeu jornalistas e os torturou. É hipocrisia dizer que não existe tortura é absurdo.
Evidente que cada pessoa tem seu comportamento, formação social, religiosa e familiar o que não permite que se exceda.
- Deputado Fernando:
A tortura é crime, e as pessoas que fizeram como é seu caso, devem ser chamadas à responsabilidade. O seu depoimento está ajudando esta comissão e gostaria de saber se o senhor tem conhecimento de outros militares que estariam dispostos a falar. Conhece alguém mais de seu tempo que atuou junto com o senhor na guerrilha que tem possibilidade de trazer informações referentes a esse período?
- Tenente Vargas:
O senhor acha que alguém teria a coragem que eu tenho. Não tem. Não tem.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
O que vocês fizeram com Osvaldão?
- Tenente Vargas:
Foi morto.
- Deputado Arnaldo:
Depois de morto.
- Tenente Vargas:
Foi levado num helicóptero para Xambioá, como seu cadáver era grande, ele quase caiu do helicóptero e ficou dependurado, sendo levado assim até a base dos pára-quedistas.
- Deputado Fernando:
Quais as áreas onde o senhor atuou na guerrilha?
- Tenente Vargas:
Bom Jesus, Caçador, Chega com Jeito, Peixinho, São Domingos das Latas, Brejo Grande, Metade, etc. As áreas eram divididas, os pára-quedistas atuaram na área de Xambioá e nós os guerreiros de selva em Bacaba.
- Deputado Fernando:
Qual a recomendação a respeito dos corpos dos guerrilheiros?
- Tenente Vargas:
Não havia recomendação. Aqueles que foram mortos ficaram na selva e foram comidos por animais selvagens. Ninguém os enterrou, porém os nossos sim.
- Deputado Fernando:
Aqueles guerrilheiros que vocês não identificavam, eram cortadas suas cabeças e mãos? E quem dava as ordens para isso?
- Tenente Vargas:
Sim, foram três exceções, por não terem sido identificados, se levava as mãos para tirar as impressões digitais e as cabeças para identificação, pois não se pode carregar um corpo no meio da selva, é muito difícil. As ordens vinham dos nossos superiores para esse procedimento.
- Deputado Fernando:
Quem fez isso e quem era responsável por Bacaba e Xambioá?
- Tenente Vargas:
Eu não sei.
- Platéia: Vaias ..UUUUHH!
- Deputado Fernando:
Porque seu apelido de Chico Dólar?
- Tenente Vargas:
Meus comandados, dez homens foram os que me colocaram esse apelido. Nós não atuávamos fardados, atuávamos à paisana, barbudos, cabeludos, descaracterizados, iguais aos guerrilheiros. Ninguém sabia quem era sargento, tenente, capitão, major e coronel. Todos tinham um codinome.
Por atuarmos descaracterizados as nossas baixas (mortos), no período em que atuei na guerrilha, foram feitos por "fogo amigo", nós atirávamos em nós mesmos, pois nós confundíamos com guerrilheiros.
- Deputado Claudio Cajado (DEM/BA):
O senhor acha que estava fazendo uma coisa legal quando estava na guerrilha?
- Tenente Vargas:
Quando entrei no Exército fiz um juramento em defender a Pátria. Então eu tive que defender a Pátria dos Comunistas. Eu fiz isso.
- Deputado Claudio:
Qual o seu grau de escolaridade na época da guerrilha?
- Tenente Vargas:
Eu não tinha nem a 7ª série, hoje sou bacharel em direito.
- Deputado Claudio:
O senhor sabe que juridicamente uma ordem que não é legal o senhor não tinha obrigação de cumpri-la. O senhor tem conhecimento disso, hoje em dia como bacharel em direito?
- Tenente Vargas:
Lá eu era Sargento e cumpria ordens. Hoje como advogado sei que existem leis que tem que ser cumpridas.
- Deputado Claudio:
Na época, para matar, o senhor sabia que não se podia cumprir essa ordem?
- Tenente Vargas:
Não, tanto é que eu tenho minha formação familiar e religiosa e que eu poderia ter matado os guerrilheiros PIAUI e ZEZINHO. Não o fiz, capturei-os vivos. A ordem era para matar: "Atira primeiro e pergunta depois". Mas, eu não fiz isso.
- Deputado Claudio:
Onde seu grupo atuou, houve mortos?
- Tenente Vargas:
Não, só captura.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
O senhor matou cumprindo as ordens "Atira primeiro e pergunta depois". O senhor cumpriu isso à risca?
- Tenente Vargas:
Claro que não, se assim tivesse feito, não teria capturado vivo dois guerrilheiros. Os teria matado, cumprindo essas ordens teria matado PIAUI e ZEZINHO.
- Deputado Arnaldo:
O senhor não tem medo de ser justiçado, assassinado?
- Tenente Vargas:
Não, os senhores podem fazer o que quiserem comigo, estão no poder mesmo.
- Deputado Claudio Cajado:
Qual sua motivação para o senhor vir a publico contar tudo isso, sendo fotografado, filmado, gravado publicamente, relatando esses fatos?
- Tenente Vargas:
Inicialmente lancei meu livro para contar a verdadeira história da guerrilha do Araguaia. Quando comecei a escrever o livro que foi feito em dois anos. Todos falavam assim: "Você é louco, maluco, o Exército vai te prender, você vai ser morto pelos familiares dos guerrilheiros que foram mortos, etc., etc."
Depois que lancei o livro à conversa mudou: "Você é herói. Você é valente, corajoso, etc." Até aí eu estava tranqüilo.
Aí eu comecei a ouvir e ler na mídia comentários que esses Ministros Comunistas querem acabar com a Lei a Anistia e os nossos representantes, As Forças Armadas, estão quietos, omissos, surdos. Não fazem nenhuma nota contestando ou pelo menos explicando ao povo sobre esses assuntos. Lei da Anistia e distorção dos fatos sobre a verdadeira história da guerrilha do Araguaia, onde eles, os comunistas dizem que lutaram contra o regime militar (Ditadura) para impor o regime Democrático no Brasil, o que é uma grande mentira. Isso me deixou irritado, eu sou militar, eu estive na guerrilha do Araguaia, eu combati esses terroristas comunistas, arrisquei a minha vida para ter esta democracia e não pedi nenhuma indenização nem dinheiro para ninguém. Tive problemas depois que sai da guerrilha, fiquei neurótico de guerra, pois quando você sai de uma guerra, fica neur ótico, até você se readaptar novamente à sociedade, quer dizer eu não pedi nenhuma indenização. O que eu achei e acho que fizemos a coisa certa. Tanto é que depois, que os grupos comunistas de esquerda foram derrotados. O governo militar entregou as rédeas da Nação à população brasileira onde houve eleições diretas. É a Democracia. Tanto é que hoje o regime é Democrático e os partidos políticos de esquerda estão oficialmente registrados na justiça eleitoral, como o PCB, PC do B, PT, etc.
Eu lutei pra isso, eu arrisquei a minha vida pra isso. Então, me deixam irritado quando dizem que nós do regime militar somos os bandidos, vilões e nossos chefes militares não se pronunciam em nada. Como eu estou na mídia com credibilidade, estou aproveitando para fazer este desabafo e contestar essas mentiras: "Que os terroristas Comunistas lutaram para impor a democracia no Brasil".
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
Você é Herói?
- Tenente Vargas:
Por que não? Eu sou herói do Araguaia.
- Platéia: Uh! Uh! Uh!
- Deputado Arnaldo:
Você não tem medo de ser torturado?
- Tenente Vargas:
Não, nem de ser morto.
-Deputado Claudio Cajado:

O senhor participou de tortura e morte?
- Tenente Vargas:
Eu não dei entrevista sobre isso e nem confirmei.
- Deputado Claudio:
E a motivação do livro? É por dinheiro?
- Tenente Vargas:
Dinheiro! Todo mundo pensa nisso e me perguntam se eu cobrei a entrevista que dei a Revista Isto é. Não cobrei nem ganhei nada com o livro até agora, pois ninguém me patrocinou. Eu fiz o livro sozinho.
- Deputado Claudio:
O senhor sabe de que tortura é crime imprescritível?
- Tenente Vargas:
Terrorismo também é crime imprescritível.
- Deputado Claudio:
Em que dia o senhor prendeu e enterrou os guerrilheiros Piauí e Zezinho?
- Tenente Vargas:
No dia 24 de Janeiro de 1974, foram entregues em Bacaba e dalí foram mandados para a Casa Azul em Marabá.
- Deputado Cláudio
O Sr reconhece então que o Exército Brasileiro matou, assassinou, torturou e escondeu os corpos desses guerrilheiros?
- Tenente Vargas:
Não sei. O senhor é quem esta falando. Podem ser que alguns estejam vivos com nova identidade com medo de serem justiçados pelos seus camaradas comunistas.
- Deputado Claudio:
O senhor é aposentado?
- Tenente Vargas:
Não, estou na reserva do exercito e posso ser convocado a qualquer momento.
- Deputado Fernando Ferro (PT/PE):
Vossa senhoria se sente abandonado pelas Forças Armadas e pelos seus comandantes da época?
- Tenente Vargas:
Não é que eu me sinta abandonado, sinto sim que quando surgem boatos denegrindo as Forças Armadas, nossos chefes não se manifestam.. Então, parecem que todas as mentiras que falam sobre as instituições Exército, Marinha e Aeronáutica, são verdades, eles ficam calados e como um ditado diz: "Quem cala, consente". Mas, apesar de todo o esforço que os revanchistas fazem para denegrir as Forças Armadas, não conseguem, pois nas pesquisas feitas junto a população brasileira a credibilidade das Forças Armadas está sempre em primeiro lugar, o que não acontece com a dos políticos.
- Deputado Fernando Ferro:
Essa afirmação sua, dá a impressão de que as Forças Armadas são uma espécie de Deus, o que não é. Elas como quaisquer outras instituições cometem erros. Esta comissão de anistia foi criada para corrigir erros e contribuir com a Democracia.
- Deputado Tarcisio Zimmermann (PT/RS):
Quem é José Vargas hoje?
- Tenente Vargas:
Sou militar da reserva e recebo meu salário como 1º tenente, que é a minha única fonte de renda.
- Deputado Tarciso:
O senhor poderia repassar esses documentos secretos para esta comissão?
- Tenente Vargas:
Vou pensar. - Platéia: (vaias) Põe ele no pau de arara! UUUHHH!
- Deputado Tarciso:
A ministra Dilma Russef, o senhor acha que ela deveria ter sido assassinada como as demais?
- Tenente Vargas:
Se ela estivesse na guerrilha do Araguaia, não estaria viva.
- Deputado Tarciso:
Como o senhor pode estar tranqüilo diante de tantas atrocidades. Não está com medo?
- Tenente Vargas
Se estivesse com medo não estaria aqui.
- Deputado Tarcisio
Na revista Isto é, o senhor diz que tortura numa guerra é normal para obter informações. O senhor confirma isso?
- Tenente Vargas:
Na época era normal. Fiz o que fiz. Se coloque no meu lugar, se eu tivesse sido capturado pelos terroristas comunistas, eu estaria vivo aqui? Guerra é guerra!
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
Com todo o respeito senhor presidente, eu estou enojado. Porque Genoino está vivo?
- Tenente Vargas:
Porque ele entregou seus companheiros.
- Platéia: (Vaias) Porque foi torturado! UUUHHH!
- Tenente Vargas:
Senhor presidente, eu vou embora que falta de respeito da platéia.
- Deputado Arnaldo Faria De Sá:
O senhor conhece alguém que poderia passar mais informações sobre a guerrilha?
- Tenente Vargas:
Qual o homem que teria a coragem de falar como eu. Eu estou aqui levando farpadas. Vejam como os senhores me trataram aqui, acham que outros iriam querer vir aqui para passar pelo que eu estou passando. Quem iria colaborar com os senhores. "Cego é aquele que não quer ver". Não sou leigo.
- Deputado Daniel Almeida:
O senhor Vargas pode dizer suas palavras finais.
- Tenente Vargas:
Senhor presidente, finalizando, quando desgravarem o que aconteceu nesta audiência, ouvirão e verão de que o senhor foi o único a falar decentemente comigo, os outros me destrataram e afrontaram.
Já fiz meu desabafo e fui pressionado sem ninguém me apoiando. Esse problema que querem acabar com a lei da anistia e nossos chefes das Forças Armadas não falam nada, eles deveriam se pronunciar a respeito. Sou militar que defendeu a Pátria contra o regime comunista, tanto é que deixei um documento provando que o PC do B queria impor o regime comunista no Brasil. Fui para a guerra. Guerra é guerra, afeta dois lados, tanto a parte vencida como a dos vencedores.. Sei que tem muita gente sofrendo até hoje, de nosso lado também tem gente sofrendo.
Já pedi perdão a Deus, mas eu estava numa guerra e tinha que cumprir ordens. Eu estava defendendo a Pátria, o regime militar, um ideal democrático contra um ideal comunista. Eram ideais de cada lado, cada combatente guerrilheiro pelo seu livre arbítrio defendia o que achavam certo. Mas, com certeza agora os senhores tem um relato verdadeiro, de quem realmente esteve lá dentro da guerrilha do Araguaia combatendo os teroristas/comunistas.
Antes de encerrar, vou fazer uma pergunta à Comissão Especial de Anistia, que é a quem libera grandes verbas de indenizações aos comunistas derrotados e suas famílias. Se eu posso entrar também com um pedido de indenização por ter combatido os comunistas na guerrilha do Araguaia para ter esta Democracia que temos hoje no Brasil?.
- Platéia: Vaias, gritos de revolta! UUUHHH!
- Deputado Tarciso:
O senhor não lutava pela democracia, lutavam pela ditadura militar, o senhor não é merecedor de anistia e nem de indenização. O senhor não tem direito, nenhum torturador tem direito a anistia nem indenização. O senhor cometeu atos de ilegabilidade
- Deputado Arnaldo Faria de Sá: Obs:Chantagem e ameaça do Deputado
Senhor Presidente, eu queria dizer ao depoente da minha parte o seguinte: "se vossa senhoria entregar esses documentos secretos a esta Comissão Especial de Anistia, eu abro mão, como relator de entrar com uma representação no Ministério Publico Federal, para que o senhor seja processado e preso por crime de tortura na Guerrilha doAraguaia."
- Tenente Vargas
Eu não vou entregar..
- Platéia: Vaias UUUHHH!
-Deputado Daniel Almeida:
O senhor José Vargas não foi tratado de forma grosseira não ouve qualquer tipo de pressão, foi um debate civilizado.
Todos nós consideramos fundamental o papel das Forças Armadas, aquilo que está previsto na lei.
Sou do PCdoB, considero que tudo o que fizemos foi para resgatar a Democracia e a sociedade Brasileira alcançou esse objetivo.
Não me considero nem mais nem menos patriota por qualquer outro segmento da Sociedade Brasileira, porém os integrantes e guerrilheiros do PC do B são patriotas.
Agora, defender a Pátria não é impor suas convicções e não é suprimir a Democracia.

Está encerrada a audiência.

OBSERVAÇÃO:
Ao término da audiência, os jornalistas vieram para me entrevistar e junto com eles veio uma senhora que disse ser filha de um dos comunistas que morreram no regime militar. Ela chegou perto de mim e apontando-me o dedo no meu rosto disse:
"Se eu não fosse uma pessoa educada lhe dava um tapa na cara, porém se eu tivesse seu endereço mandaria matá-lo"
O segurança da Câmara dos Deputados a retirou do local e também me retirou pelos fundos da sala da audiência, pois as famílias dos Terroristas/Comunistas estavam me esperando na porta da entrada.
TENHO TODA A AUDIÊNCIA PÚBLICA GRAVADA, NA ÍNTRGRA, SE EU NÃO TIVESSE FEITO ISSO, VALERIAM SOMENTE AS VERDADES DELES, JÁ A REMETÍ PARA O SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO E AGORA ESTOU REMTENDO AOS SENHORES UM RESSUMO DELA.
POR FAVOR, DIVULGUÉM.
Respeitosamente.
Tenente Vargas. SELVA!
"BRASIL ACIMA DE TUDO e também TUDO PELA AMAZÔNIA

Para adquirir o livro Bacaba, solicitar por estes e-mail:vargasjimnezjos46@gmail.com e chicodolar60@yahoo.com.brchico.dolar@hotmail.com ou Tel (67) 3365-6844 begin_of_the_skype_highlighting (67) 3365-6844 end_of_the_skype_highlighting
CARLOS VEDOR
MANAUS - AM

sábado, 13 de novembro de 2010

BANCO PANAMERICANO X CORINTIANS PAULISTA: BOLA DE CRISTAL DO CRAQUE RONALDO TAMBÉM É UM FENÔMENO...

“Ronaldo Fenômeno”, o fabuloso craque da bola, campeão mundial de futebol pela seleção brasileira, anunciou em sete de julho do ano passado (2009), após encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto, em Brasília, que o primeiro mandatário do país, corintiano roxo, teria uma participação fundamental na "nova fase do Corinthians" e conseguiria o patrocínio de uma empreiteira para ajudar o TIMÃO a ser campeão brasileiro no ano do seu centenário (2010) e a obter fundos para a construção de um novo centro de treinamento, ajudando a viabilizar a obra.
Logo em seguida, em entrevista coletiva em L’AQUILA, na Itália, após participar da reunião do "Grupo dos Oito" (G8), Lula desmentiu a previsão do craque, afirmando que não indicara ninguém para construir o estádio do Corinthians a tempo da Copa do Mundo de 2014. "...Eu não indiquei (empreiteira) nenhuma porque tem muitas no Brasil. Se eu indico, (...) vou ficar inimigo de alguma', disse o presidente com a brejeirice de sempre.
Lula, porém, admitiu mais tarde que houve uma reunião com a Presidência do Corinthians. Ele afirmou, entretanto, que o sonho de décadas do Corinthians de construir um estádio dependeria da formação de parcerias e da apresentação de garantias para o financiamento da obra.
“...-Um tempo desse o Corinthians me apresentou um projeto de um estádio para a Copa do Mundo. -Eu disse ao Corinthians que era preciso que eles encontrassem uma empresa para fazer o estádio e que conseguissem financiamento e que tivessem garantia, (...) porque senão não tinha banco para fazer empréstimo para ninguém."
Apesar de todos os desmentidos presidenciais, a CBF, antecipando-se ao futuro, já garantiu que a abertura da Copa do Mundo de 2014 será feita no novo Estádio do Curingão que, apesar de ainda não ter saído do papel, não para de crescer em tamanho, conforto e capacidade de abrigar torcedores.
Para adensar ainda mais essa estória, em 14 de janeiro de 2009, o blog do jornalista Tiago Leifert, anunciava que “...No dia em que comemora nove anos da conquista do Mundial de Clubes, o Corinthians pode dar uma boa notícia ao apaixonado torcedor. Depois de tanto procurar, o Timão deverá ter um senhor patrocínio para a temporada 2009, a Caixa Econômica Federal, que irá pagar R$ 96 milhões por três anos de patrocínio, ... o principal da camisa, ... e o Timão ainda poderia vender as mangas e o calção. Nestas duas partes, Ronaldo teria uma porcentagem no patrocínio”.
Por outro lado, o gerente nacional de esporte da empresa estatal, Gerson Bordignon, mostrando também um acurado grau de clarividência, logo negou essa informação e tomou como definitiva a impossibilidade de patrocinar o Corinthians, já que o marketing esportivo da CEF se limita a esportes olímpicos e paraolímpicos. “O foco de atuação da Caixa no segmento esportivo é o patrocínio ao atletismo, à ginástica olímpica, ao para-desporto e à luta olímpica, por intermédio de suas respectivas confederações e comitês. A estratégia da Caixa em marketing esportivo não envolve futebol”, explicou Bordignon. E seguiu: “O Corinthians deve anunciar oficialmente o nome do seu patrocinador principal e também de outros dois (manga e calção) nos próximos dias. No caso desses dois últimos, 80% do valor de cada um irá para Ronaldo, conforme acordo na assinatura do contrato. Aliás, é a empresa dele, R9, que negocia esses espaços nos uniformes do Timão.”

E não é que o patrocínio tão almejado apareceu mesmo, por incrível que possa parecer, depois de a Caixa Econômica Federal haver adquirido, a preço de mercado, 49 % das ações do banco Panamericano, por mais de R$ 720 milhões?...
Coincidentemente, ou não, o generoso patrocinador do Curingão passou a ser, nada mais nada menos, que o ... banco Panamericano, do grupo Silvio Santos, o mais novo sócio da Caixa. E o conhecido empresário e apresentador de TV, mais sorridente do que nunca, passou, ao menos transitoriamente, a transpirar abastanças pelos poros, ante o generoso aporte de capital que lhe fez a Caixa Econômica, portanto, com recursos públicos, dos pequenos poupadores e dos fundos dos trabalhadores, mesmo a despeito de certos desmentidos oficiais (como é de praxe).
Como se sabe, o fabuloso negócio acaba de dar com os burros n’água por ter o banco de Silvio Santos encalhado num rombo monumental de 2,5 bilhões de reais, que arrasta consigo, de cambulhão, o incrível otimismo da Caixa, um desastre que nem a fantástica bola de cristal de Ronaldo havia previsto, provavelmente por não ter sido consultada.
A demonstrar que a trapalhada poderia não ser tão fria assim, o inefável mega-empresário Eike Batista logo mostrou sua boa vontade usual com as sinucas federais, pretendendo demonstrar certo interesse no encalhe, logo, logo, desconversado...
Agora, diante da nova e dura realidade, não mais se poderá garantir que o patrocínio ao Coríntians paulista continuará fluindo regularmente para os cofres do clube, a ajudá-lo a cobrir novos investimentos e dívidas pretéritas, inclusive com órgãos públicos como o INSS, nem tampouco garantir-lhe a conquista do título brasileiro de 2010, muito menos um novo estádio para a abertura da Copa de 2014.
Nessa complicadíssima história, cercada de interrogações e mistérios, saem arranhados o Planalto, a Fazenda, o Banco Central, a CAIXA, o tamborete Panamericano, a CBF, o Corinthians e sua imensa, apaixonada, torcida. Salva-se apenas o craque Ronaldo por sua cândida franqueza ao relatar pormenores do encontro com o presidente e por ver confirmada na vida real, apesar de tantos desmentidos, a previsão feita através de seu infalível artefato adivinhatório (no dizer do brasileiríssimo personagem Odorico Paraguaçu): a de que o patrocínio sairia mesmo, vindo de amigos do presidente.
Pitonisas, oráculos, pais e mães de santo, babalorixás, jogadores de búzios e adivinhos de toda ordem já fazem fila à porta de Ronaldo, na esperança de adquirir ao craque, por qualquer
 preço, sua fenomenal bola de cristal...
armindo abreu.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL COMPRA BAÚ BICHADO E VIRA SÓCIA EM ROMBO DE 2,5 BILHÕES DE REAIS!

Mais um escândalo ensombrece o Governo Lula, no apagar das suas luzes, ao vir a furo um nebuloso negócio que envolveu o Grupo Silvio Santos (Senor Abravanel) e a Caixa Econômica Federal (CEF), sob o lasso beneplácito da Fazenda e do Banco Central.
O estranhamento começou a surgir, entre especialistas do mercado e analistas político-econômicos, quando Brasília deu sinal verde para que a CEF adquirisse 49% do controle acionário do banco Panamericano, braço financeiro do antigo “Baú da Felicidade”. E esse tipo de negócio, quando ocorre sem uma lógica singular nem os devidos cuidados, logo faz lembrar aos menos ingênuos uma joint-venture entre cachorros e lingüiças.
Isso porque, quem fica com 49% da empreitada, responderá por quase metade dos aumentos de capital e dos eventuais prejuízos (ou dos lucros, se e quando houver) sem poder, entretanto, mover uma palha na administração da empresa e na condução dos seus negócios, que ficam sob controle do acionista majoritário, o detentor dos 51% das ações, fatia que lhe garante o domínio legal e absoluto.
Uma exceção a esse quadro é quando a parte minoritária, ao entrar no negócio, toma a saudável precaução de, mediante um acordo prévio de acionistas, garantir lugar na diretoria da sociedade e adquirir poder de veto decisório em determinadas circunstâncias, o que, inexplicavelmente, nesta sociedade entre uma Instituição pública (CEF) e outra privada (Grupo Senor Abravanel) não ocorreu.
Um negócio desse tipo só costuma ocorrer em duas circunstâncias: Ou quando o sócio adquirente (CEF) vislumbra uma excepcional possibilidade de lucro a curto prazo, em relação ao valor do seu investimento, ou quando, em situação oposta e por motivos ponderáveis, decide socorrer o acionista majoritário e controlador (SS).
As razões pelas quais a CEF foi levada a colocar recursos institucionais e da poupança de seus depositantes no negócio ainda não foi explicada, mas pode, facilmente, ser inferida pela imaginação de qualquer um...
Agora, quando o “panamá” explode, vêm o Governo e a mídia aliada afirmar que o rombo de 2,5 bilhões de reais foi coberto com dinheiro de um fundo privado, sem recursos públicos, com a garantia patrimonial do senhor Abravanel.
Faltou, apenas, ser informado aos distintos contribuintes:
1. Por que fazer da CEF, uma instituição pública de corte ultra-conservador, por lidar com recursos de pequenos depositantes, sócia de um negócio tão arriscado e que veio, logo em seguida, a dar com os burros n”água?
2. Quem analisou os balanços do Banco Panamericano e deu luz verde, autorizando o negócio com a CEF ?
3. Quem embolsou os 2,5 bilhões que desapareceram das contas do Panamericano?
4. Onde estava o Banco Central que não fiscalizou as contas e impediu o desastre?
5. Como se pode afirmar que não entrou dinheiro público na quebradeira se, justamente, foi a CEF, uma instituição pública, quem liberou fundos para capitalizar o Panamericano?
6. Quais serão os resultados do investimentos acionário e financeiro feitos pela Caixa nesse negócio gelado?
7. Como apontar o senhor Abravanel como único responsável pelo pagamento da dívida ora contraída, se a CEF ainda é, legalmente, dona de quase metade do banco, devendo responder legal e solidariamente pelo empreendimento, na bonança e na desgraça?
Caberá, finalmente, ao probo Ministério Público apontar não só os responsáveis pelo nebuloso negócio como descobrir quem embolsou tamanha bolada, sem que ninguém percebesse: Se pessoas físicas, jurídicas ou, eventualmente, partidos políticos...
Afinal, nunca se sabe o que se passa nos bastidores dessas estranhas negociatas, especialmente quando fadadas ao fracasso...
armindo abreu.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

É VERDADE, CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE: MAS TIRIRICA É QUEM NOS ENSINA COMO ESSA MÁXIMA SE TORNA REALIDADE...

Enviado por: Victor Leonardo [widukind@widukind.net]
Tiririca nos ensina como a legislação eleitoral foi concebida para fazer o povão eleger, sem disso ter a menor noção, quem jamais desejaríamos ver no Congresso Nacional...

Clique no link para ver a animação
http://charges.uol.com.br/fl/player.swf?charge=charges/20100928som

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DILMA, ELEITA PRESIDENTE COM APENAS 55 MILHÕES DE VOTOS, ESTENDE A MÃO DIREITA PELO APOIO DOS 76 MILHÕES* QUE SE RECUSARAM A VOTAR NELA...

Dilma Rousseff, candidata de feitio comuno-petista, foi eleita presidente da República do Brasil, em segundo turno, com o apoio de apenas 55 milhões de eleitores, supostamente o limite de simpatizantes das teses esquerdistas.
Em inferioridade ante os cerca de 76 milhões de eleitores que se negaram a dar-lhe o voto, Dilma teve que lhes estender a mão direita, pedindo por apoio e concórdia.
Que o gesto lhe sirva para fazê-la lembrar-se, todos os dias de seu mandato, que governará para uma larga maioria conservadora e não apenas para o “progressismo” petista.

· 43,7 MILHÕES VOTARAM EM SERRA;
· 2,5 MILHÕES VOTARAM EM BRANCO;
· 4,7 MILHÕES VOTARAM NULO;
· 25,1 MILHÕES NÃO VOTARAM.

76  MILHÕES DE ELEITORES NÃO SUFRAGARAM DILMA