quinta-feira, 11 de novembro de 2010
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL COMPRA BAÚ BICHADO E VIRA SÓCIA EM ROMBO DE 2,5 BILHÕES DE REAIS!
Mais um escândalo ensombrece o Governo Lula, no apagar das suas luzes, ao vir a furo um nebuloso negócio que envolveu o Grupo Silvio Santos (Senor Abravanel) e a Caixa Econômica Federal (CEF), sob o lasso beneplácito da Fazenda e do Banco Central.
O estranhamento começou a surgir, entre especialistas do mercado e analistas político-econômicos, quando Brasília deu sinal verde para que a CEF adquirisse 49% do controle acionário do banco Panamericano, braço financeiro do antigo “Baú da Felicidade”. E esse tipo de negócio, quando ocorre sem uma lógica singular nem os devidos cuidados, logo faz lembrar aos menos ingênuos uma joint-venture entre cachorros e lingüiças.
Isso porque, quem fica com 49% da empreitada, responderá por quase metade dos aumentos de capital e dos eventuais prejuízos (ou dos lucros, se e quando houver) sem poder, entretanto, mover uma palha na administração da empresa e na condução dos seus negócios, que ficam sob controle do acionista majoritário, o detentor dos 51% das ações, fatia que lhe garante o domínio legal e absoluto.
Uma exceção a esse quadro é quando a parte minoritária, ao entrar no negócio, toma a saudável precaução de, mediante um acordo prévio de acionistas, garantir lugar na diretoria da sociedade e adquirir poder de veto decisório em determinadas circunstâncias, o que, inexplicavelmente, nesta sociedade entre uma Instituição pública (CEF) e outra privada (Grupo Senor Abravanel) não ocorreu.
Um negócio desse tipo só costuma ocorrer em duas circunstâncias: Ou quando o sócio adquirente (CEF) vislumbra uma excepcional possibilidade de lucro a curto prazo, em relação ao valor do seu investimento, ou quando, em situação oposta e por motivos ponderáveis, decide socorrer o acionista majoritário e controlador (SS).
As razões pelas quais a CEF foi levada a colocar recursos institucionais e da poupança de seus depositantes no negócio ainda não foi explicada, mas pode, facilmente, ser inferida pela imaginação de qualquer um...
Agora, quando o “panamá” explode, vêm o Governo e a mídia aliada afirmar que o rombo de 2,5 bilhões de reais foi coberto com dinheiro de um fundo privado, sem recursos públicos, com a garantia patrimonial do senhor Abravanel.
Faltou, apenas, ser informado aos distintos contribuintes:
1. Por que fazer da CEF, uma instituição pública de corte ultra-conservador, por lidar com recursos de pequenos depositantes, sócia de um negócio tão arriscado e que veio, logo em seguida, a dar com os burros n”água?
2. Quem analisou os balanços do Banco Panamericano e deu luz verde, autorizando o negócio com a CEF ?
3. Quem embolsou os 2,5 bilhões que desapareceram das contas do Panamericano?
4. Onde estava o Banco Central que não fiscalizou as contas e impediu o desastre?
5. Como se pode afirmar que não entrou dinheiro público na quebradeira se, justamente, foi a CEF, uma instituição pública, quem liberou fundos para capitalizar o Panamericano?
6. Quais serão os resultados do investimentos acionário e financeiro feitos pela Caixa nesse negócio gelado?
7. Como apontar o senhor Abravanel como único responsável pelo pagamento da dívida ora contraída, se a CEF ainda é, legalmente, dona de quase metade do banco, devendo responder legal e solidariamente pelo empreendimento, na bonança e na desgraça?
Caberá, finalmente, ao probo Ministério Público apontar não só os responsáveis pelo nebuloso negócio como descobrir quem embolsou tamanha bolada, sem que ninguém percebesse: Se pessoas físicas, jurídicas ou, eventualmente, partidos políticos...
Afinal, nunca se sabe o que se passa nos bastidores dessas estranhas negociatas, especialmente quando fadadas ao fracasso...
armindo abreu.
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silvio santos
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