RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

“ERRAR É HUMANO. PERSISTIR NO ERRO É BURRICE.”

Numa chocante interpretação do que venha a ser o conceito de “democracia à brasileira”, segundo a doutrina política dos renomados filósofos LULA, GARCIA e AMORIM, o ultraleve chanceler do Itamarati e porta-voz oficial da nossa (deles) política externa, afirma, cheio de si: “ ...O Brasil não legitimará o vencedor das eleições em Honduras, neste fim de semana, qualquer que venha a ser o seu resultado...”
Só faltou bostejar, como Brizola, ao ser perguntado sobre o que achava da doutrina da Escola Superior de Guerra: “... - Não vi e não gostei!”
Fica, assim, ratificado, diante de tão extremada teimosia, o velho adágio português do cabeçalho.
O curioso é que as candidaturas em jogo, agora às portas das urnas, já estavam postas antes de Zelaya ser defenestrado oficialmente do poder, pressupondo nada haver de ilegítimo quanto aos postulantes à liderança suprema de Honduras. Com isso, caminha a passos largos a óbvia conclusão: Para a tróica de ‘filósofos democratas’, qualquer um poderia ser eleito presidente de Honduras, desde que das cédulas eleitorais constasse, apenas, um único e exclusivo nome: Manuel Zelaya.
E isso ocorre mesmo após o apoio explícito conferido pelos Estados Unidos, o verdadeiro dono do quintal, e por outros tantos pesos pesados da diplomacia planetária, às eleições do próximo domingo, fruto de um amplo acordo entre as partes, firmado, inclusive, pelo próprio Zelaya.
Segundo o consenso, seria a única solução possível e viável para o tremendo impasse gerado, pouco antes, pela esquerdofilia continental, à frente dela, batendo o bumbo, o agora retraído, desenxabido, Chávez. Eleições ou o caos, quem sabe, até, uma guerra civil sangrenta.
E a Suprema Corte de Honduras acaba de referendar seu próprio parecer anterior, o mesmo que levou o ex-presidente à deposição, negando a Zelaya o direito de reassumir o cargo, no que foi seguida pela Procuradoria da República e pelo Conselho de Direitos Humanos, todos recomendando ao Congresso que vote contra a recondução. Diante disso, como se falar, ainda, em golpe?
E o Brasil (o deles, não o meu) está-se contrapondo, visceralmente, à única solução pacífica viável, acordada e consagrada. Fora dela, como insistir na entronização de um ex-presidente deposto e com o prazo de validade prestes a vencer?  O que pretenderiam, além disso, os membros da tróica e seus inspiradores externos, extremados defensores do ‘perdão humanitário’ para o assassino comunista Cesare Battisti?
O sangue dos hondurenhos correndo pelas calçadas e a concessão de um cetro de “Presidente Vitalício”, ou de “Pai da Pátria e Protetor Perpétuo de Honduras”, para Zelaya?
E no Brasil, o que viria logo em seguida?
Segundo o ideólogo maior da tróica, o bestial Marco Aurélio Garcia, o suposto ‘golpe’ em Honduras teria produzido “... Um outro efeito. Pode animar outros golpistas na região...”
Depois dessa idéia tão esclarecedora, nada mais precisará ser dito, explicado ou acrescentado... 

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