Só faltou bostejar, como Brizola, ao ser perguntado sobre o que achava da doutrina da Escola Superior de Guerra: “... - Não vi e não gostei!”
Fica, assim, ratificado, diante de tão extremada teimosia, o velho adágio português do cabeçalho.
O curioso é que as candidaturas em jogo, agora às portas das urnas, já estavam postas antes de Zelaya ser defenestrado oficialmente do poder, pressupondo nada haver de ilegítimo quanto aos postulantes à liderança suprema de Honduras. Com isso, caminha a passos largos a óbvia conclusão: Para a tróica de ‘filósofos democratas’, qualquer um poderia ser eleito presidente de Honduras, desde que das cédulas eleitorais constasse, apenas, um único e exclusivo nome: Manuel Zelaya.
E isso ocorre mesmo após o apoio explícito conferido pelos Estados Unidos, o verdadeiro dono do quintal, e por outros tantos pesos pesados da diplomacia planetária, às eleições do próximo domingo, fruto de um amplo acordo entre as partes, firmado, inclusive, pelo próprio Zelaya.
Segundo o consenso, seria a única solução possível e viável para o tremendo impasse gerado, pouco antes, pela esquerdofilia continental, à frente dela, batendo o bumbo, o agora retraído, desenxabido, Chávez. Eleições ou o caos, quem sabe, até, uma guerra civil sangrenta.
E a Suprema Corte de Honduras acaba de referendar seu próprio parecer anterior, o mesmo que levou o ex-presidente à deposição, negando a Zelaya o direito de reassumir o cargo, no que foi seguida pela Procuradoria da República e pelo Conselho de Direitos Humanos, todos recomendando ao Congresso que vote contra a recondução. Diante disso, como se falar, ainda, em golpe?
E o Brasil (o deles, não o meu) está-se contrapondo, visceralmente, à única solução pacífica viável, acordada e consagrada. Fora dela, como insistir na entronização de um ex-presidente deposto e com o prazo de validade prestes a vencer? O que pretenderiam, além disso, os membros da tróica e seus inspiradores externos, extremados defensores do ‘perdão humanitário’ para o assassino comunista Cesare Battisti?
O sangue dos hondurenhos correndo pelas calçadas e a concessão de um cetro de “Presidente Vitalício”, ou de “Pai da Pátria e Protetor Perpétuo de Honduras”, para Zelaya?
E no Brasil, o que viria logo em seguida?
Segundo o ideólogo maior da tróica, o bestial Marco Aurélio Garcia, o suposto ‘golpe’ em Honduras teria produzido “... Um outro efeito. Pode animar outros golpistas na região...”
Depois dessa idéia tão esclarecedora, nada mais precisará ser dito, explicado ou acrescentado...
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