RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

DIFERENÇAS, QUASE SEMÂNTICAS, ENTRE... “POLÊMICA” e “DEBATE”!!!

Velho e matreiro amigo deste blogueiro, impressionado com a enorme quantidade de vezes em que, ultimamente, tem lido e ouvido a palavra POLÊMICA na mídia, desde as primeiras páginas dos jornais às reportagens esportivas, e muito pouco a palavra DEBATE, me pergunta:
-Armindo, qual é a diferença que você vê entre as intenções ocultas dos jornalistas e articulistas, escondidas atrás das palavras POLÊMICA e DEBATE ?
Há, mesmo, alguma?

Respondo-lhe, na bucha:
Independente do significado histórico de cada uma dessas palavras, o termo “POLÊMICO” é usado, hoje em dia, para caracterizar qualquer projeto ou idéia desagradável ao establishment e que, por isso mesmo, será preciso ridicularizar e condenar, sistematicamente, no papel ou pelo éter, através da opinião de ‘famosos’ ou ‘eruditos’, visando a que o público, de forma supostamente ‘livre e democrática’, venha a repudiá-lo in limine.
Já o vocábulo “DEBATE”, tem servido para abrigar as teses interessantes ou essenciais ao “esquemão” de poder, para que, à força da persuasão metódica e do encorajamento por defensores ‘famosos ou populares’ sejam aceitas, sem maiores resistências, pelo povão.
Veja, como exemplos, o que vai abaixo:

A idéia de se mudar o sistema de exploração da camada geológica do Pré-Sal, do regime de ‘concessão’ (em vigor) para o de ‘partilha’ (garantindo a posse de maior quantidade de óleo produzido em benefício do estado brasileiro), tem sido considerada “POLÊMICA” por defensores do ‘concessionismo’ em favor do mercado internacional e das multinacionais. E isso ficou claro com os depoimentos de Zilbersztain, Minc, Goldemberg e Feldman, em chamada de primeira página de “O GLOBO”.

DROGAS LIVRES:
O
DEBATE sobre a questão das drogas ganha status no país. Ontem, no programa ‘Conexão Roberto D’Ávila’, na TV Brasil, Márcio Thomaz Bastos radicalizou. Defendeu, como criminalista e ex-ministro, a descriminalização de todas as drogas no Brasil e no mundo... Já..., como se sabe, FHC, em artigo ontem no jornalão britânico ‘The Observer’, escreveu que a guerra contra as drogas fracassou. O ex-presidente acrescentou que deveria haver um esforço internacional para promover a descriminalização dos usuários da maconha...”

Ancelmo Góis, em “O GLOBO”, de 07 de Setembro de 2009.

Será que já deu para entender?
Armindo Abreu.

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