RECADO ATERRADOR SOBRE A TUA LIBERDADE

“ ... Digamos que tudo aquilo que sabes não seja apenas errado, mas uma mentira cuidadosamente engendrada. Digamos que tua mente esteja entupida de falsidades: sobre ti mesmo, sobre a história, sobre o mundo a tua volta, plantadas nela por forças poderosas visando a conquistar, pacificamente, tua complacência. A liberdade, nessas circunstâncias, não passa de uma ilusão, pois és, na verdade, apenas um peão num grande enredo e o teu papel o de um crédulo indiferente. Isso, se tiveres sorte. Se, em qualquer tempo, convier aos interesses de terceiros o teu papel vai mudar: tua vida será destruída, serás levado à fome e à miséria. Pode ser, até, que tenhas de morrer. Quanto a isso, nada poderá ser feito. Ah! Se acontecer de conseguires descobrir um fiapo da verdade até poderás tentar alertar as pessoas; demolir, pela exposição, as bases dos que tramam nos bastidores. Mas, mesmo nesse caso, também não terás muito mais a fazer. Eles são poderosos demais, invulneráveis demais, invisíveis demais, espertos demais. Da mesma forma que aconteceu com outros, antes de ti, também vais perder!" Charles P. Freund, Editorialista do “The Washington Post”. T.A.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

POEMA MARANHENSE

Prezado José Sarney
Entendi o seu recado
Que a crise não é sua
É somente do Senado
Mas me diga senador
Como você empregou
Tanta gente do seu lado

Essa crise é sua, sim,
Pois foi você quem gerou
Ao empregar a família
E nomear diretor
Olhando o caso com lupa
Só divido a sua culpa
Com quem foi seu eleitor

Vi atento o seu discurso
Achei até brincadeira
Mas é comum com a idade
A gente dizer besteira
Eu só não achei correto
Você empregar o seu neto
E culpar o Cafeteira

Você não é qualquer um
Como disse o presidente
Mas isso não quer dizer
Que você seja inocente
Nem que o nobre senador
Com seu discurso enganou
A mim e a muita gente

Aproveitando o ensejo
Permita-me indagar
Como o senhor conseguiu
Tanta gente empregar
E também ensine a gente
Como ajudar os parentes
Que não querem estudar

Por fim, nobre senador
Desculpe se fui direto
É que também sou avô
Mas nunca empreguei um neto
Coloquei-o pra estudar
Pra num concurso passar
Sem precisar ser secreto.

Edmar Melo - (São Luís - MA)

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